Os prejuízos de R$ 31 milhões dos associados da Apas (Associação Paulista de Supermercados) e de R$ 24 milhões dos permissionários do Entreposto Terminal de São Paulo (ETSP) da Ceagesp, na Vila Leopoldina, devido à inundação de suas instalações esta semana, expõem os riscos para a segurança alimentar e a urgência de um novo centro de abastecimento para São Paulo que já está nascendo em Perus

Mais de sete toneladas de alimentos desperdiçados. Supermercados, feirantes, peixarias, sacolões e pequenos varejistas sem produtos para vender. Oferta menor e pressão sobre os preços de hortifrutigranjeiros. Esta é a síntese dos danos causados pela soma de dois fatores: as fortes chuvas e a infraestrutura antiquada do ETSP. A primeira causa é incontrolável, mas a segunda tem solução, que é a construção de um novo entreposto para a maior cidade brasileira.

Esta é avaliação de permissionários da própria Ceagesp, que ficaram sem condições de trabalhar a partir de segunda-feira, 10 de fevereiro, até as 14 horas da quarta-feira (12). Sua precariedade, além de comprometer o fornecimento de hortifrutigranjeiros e pescados e causar a perda de mercadorias, bloqueia o trânsito e impede a entrada e saída de veículos e cargas.

A rotina do local, mesmo sem chuvas, é marcada por congestionamento de caminhões e das vias adjacentes, demora nas operações de carga e descarga, estrutura precária para a comercialização e desperdício diário de alimentos.

O ETSP é fundamental para o abastecimento dos 12 milhões de habitantes da capital, ou dos mais de 20 milhões da Região Metropolitana, mas não tem mais conseguido atender de maneira adequada à demanda. Inaugurado em 1966, completa 54 anos em 2020. Porém, espremido em área densamente ocupada e sem investimentos, não tem mais capacidade, tecnologia, infraestrutura e instalações compatíveis com o volume comercializado.

São 9,43 mil toneladas de alimentos por dia ou 3,4 milhões por ano. Para comercializar e dar vazão a essa imensa quantidade de mercadorias, 50 mil pessoas e 12 mil caminhões passam diariamente pelo ETSP, terceiro maior do mundo em volume. Porém, as instalações obsoletas, deficiência de logística e infraestrutura defasada oneram os custos e provocam lentidão das operações, congestionamento do trânsito dentro e no entorno e desperdício de alimentos. As chuvas estão expondo a total inviabilidade do entreposto, cuja precariedade ameaça o abastecimento e coloca em risco a segurança alimentar.

 

NESP – Novo entreposto de São Paulo © nesp.com.br

Solução já tem endereço – O Novo Entreposto de São Paulo (NESP), será localizado no bairro de Perus, Zona Noroeste da capital, com acesso direto pela Rodovia dos Bandeirantes e próximo ao Rodoanel Mário Covas. Também será atendido pela linha 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Está em fase avançada, incluindo os projetos e documentação para a obtenção do licenciamento ambiental. Obras de terraplenagem deverão ser iniciadas no segundo semestre deste ano.

Após emissão da licença ambiental, várias etapas da construção poderão ser iniciadas. Paralelamente à terraplenagem, espera-se poder implantar canteiro de obra com usina de concretagem e fábrica de pré-moldado. E, concomitantemente à adequação do terreno, serão iniciadas as obras de infraestrutura e o acesso rodoviário. Este será construído assim que decreto do governo do Estado regulamente a alça de ligação com a Rodovia dos Bandeirantes. A expectativa é de que as primeiras unidades do NESP comecem a ser entregues em 30 ou 36 meses.

O NESP, projeto da iniciativa privada, está sendo implantado em área de 1,6 milhão de metros quadrados, para atender com eficácia ao movimento diário da comercialização de hortifrutigranjeiros e pescados. Sua primeira grande vantagem é a eficiência logística e agilização dos fretes, pois se localiza em ponto estratégico da malha rodoviária.

A posição privilegiada e suas modernas e amplas instalações permitem que receba caminhões maiores. Hoje, o chamado bitrem não consegue entrar no velho entreposto da Vila Leopoldina. Além disso, a logística de distribuição será reorganizada, com grande ganho de eficiência, de modo que caminhões menores façam as entregas nas áreas urbanas, diminuindo muito as rotas que atravessam a cidade. Número expressivo de caminhões será retirado das ruas, com melhoria do trânsito e atenuação das emissões de poluentes. Ademais, os custos da movimentação de mercadorias deverão ser reduzidos.

O NESP será um dos mais modernos entrepostos do mundo, a começar pelo Sistema de Logística Integrada. Todos os boxes estarão conectados a uma central, que gerenciará a entrada e saída de produtos, de maneira ágil, prática e eficiente. Outros avanços são referentes aos Sistemas Integrados de Identificação e a Central de Caixas (rastreabilidade, higienização, padronização). O Big Data também estará presente. Com o cruzamento dos dados, será possível encontrar diversas soluções e alternativas logísticas. No tocante à infraestrutura, o novo entreposto intensificará o uso de energias renováveis e contará com estações próprias para tratamento de água e esgotos.

As instalações serão amplas, funcionais e confortáveis para todos os que lá trabalharão. Oferecerão totais condições de higiene e infraestrutura ao trabalho dos produtores e comerciantes e o atendimento a feirantes, varejistas, restaurantes, bares, hotéis, quitandas, sacolões, supermercados e todos os que compram alimentos no entreposto para fazê-los chegar à mesa das famílias.

O NESP proporcionará todos esses avanços e ainda oferecerá melhor condição de fiscalização sanitária, de higiene e condições dos alimentos, responsabilidade que continua sendo do Poder Público, pois é intransferível. No tocante aos preços das mercadorias, nos quais não há intervenção do Estado, a expectativa é de redução dos custos operacionais, em decorrência de todos os aspectos anteriormente abordados.

O Novo Entreposto de São Paulo (NESP) foi criado por um grupo de empresários do setor de abastecimento como uma alternativa moderna e segura para o comércio de produtos hortifrutigranjeiros na cidade de São Paulo. O empreendimento será localizado no bairro de Perus, zona noroeste, e possui fácil acesso pelo Rodoanel Mário Covas, Rodovia dos Bandeirantes e Anhanguera, assim como pela linha 7- Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

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