O projeto da empresa completa 17 anos e coleciona histórias de sucesso, com melhoria de renda e qualidade de vida das famílias envolvidas. Em 2019, o programa está sendo expandido, com mais de 208 hectares nas comunidades do Arauaí e Vila Soledade (PA), com previsão de mais 300 hectares até 2020
“Mais do que qualidade de vida, mudança de vida.” É assim que as famílias do programa Agricultura Familiar, da Agropalma, exemplificam suas experiências com o projeto de plantio de palma, que completou 17 anos no interior do Pará. “Tínhamos uma roça, quando eu era menina, e a família toda trabalhava lá. Hoje levamos uma vida de patrão, graças ao dendê e ao projeto da Agropalma”, diz a pedagoga Débora Patrícia Almeida do Nascimento, 32 anos. A família de Débora integra o programa desde sua formação, em 2002.
Atualmente, ela, a mãe e o irmão têm 10 hectares de plantação de palma cada e mais 50 hectares compartilhados entre eles. “Fiz faculdade e pós-graduação, atuei na área, mas queria ser minha própria chefe, trabalhando com agricultura. Fiz curso técnico na área agrícola”, conta Débora. “Minha vida e a vida da minha família mudaram radicalmente: viemos de uma casinha humilde e hoje tenho uma casa na fazenda e outra na cidade, carro, trator e roçadeira. Meu filho, de 17 anos, nunca teve que trabalhar como eu, na idade dele. Tenho orgulho de tudo o que conquistamos.”
Hoje, a família da agricultora não trabalha diretamente na terra. “Há cinco anos, formamos o Consórcio Simplificado de Agricultores, com o apoio do Sebrae. Por meio do consórcio, contratamos mão-de-obra para as atividades no campo”, explica a produtora. Segundo ela, a parceria e o apoio técnico da Agropalma são fundamentais para a gestão bem-sucedida do plantio. “Mas fizemos nossa parte, aplicando corretamente o dinheiro conseguido com o dendê, inclusive diversificando nossos investimentos. Hoje, além da palma, criamos gado e galinhas.”
A agricultora Maria Gorete Bezerra Gomes, 47 anos, e há dez anos participando do programa Agricultura Familiar da Agropalma, assina embaixo quando o assunto é mudança de vida. “Eu e meu marido éramos servidores públicos, contratados para serviços gerais. Mas, minha sogra doou suas terras e decidimos entrar no programa. A princípio, plantamos dois seis hectares e hoje já temos dez”, diz Gorete. “Colocamos a mão na massa, mas temos satisfação em trabalhar no nosso próprio negócio. Somos nossos patrões e a vida financeira e pessoal melhoraram muito.”
Entenda o programa – Garantia de que a produção será adquirida a um preço justo e de assistência técnica atuante em todas as atividades referentes ao manejo da cultura da palma. Para a Agropalma, esses dois pontos são a chave para o sucesso do programa Agricultura Familiar.
Em parceria com o Banco da Amazônia, o Governo do Estado (por meio da SAGRI, SEMA, EMATER, ITERPA) e o Governo Federal (MDA e INCRA), o projeto começou em 2002, com 500 hectares de área doada para a Associação de Desenvolvimento Comunitário do Ramal Arauaí, em Moju (PA). Nesta primeira fase, 50 famílias receberam dez hectares cada, sendo aproximadamente nove hectares destinados ao plantio da palma e o restante para outras culturas.
Para formalizar a parceria, a Agropalma celebrou um contrato de compra e venda do Cacho de Fruto Fresco (CFF) com a Associação de Desenvolvimento Comunitário do Ramal Arauaí (PA), para garantir a produção e a aquisição do CFF e também para oferecer assistência técnica integral. “Nosso objetivo foi alavancar e prover as condições (técnicas, econômicas e ambientais) para que os produtores atingissem o máximo de produção, além de viabilizar a aquisição de insumos, orientar sobre o uso adequado de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e ferramentas durante a vida útil da palma, ou seja, por pelo menos 25 anos”, afirma Ana Caroline Nogueira, coordenadora de Área Agrícola da Agropalma.
O programa de Agricultura Familiar da empresa contou inicialmente com o acesso dos agricultores ao crédito Pro-Rural que, na época, viabilizou os recursos para a implantação e os insumos dos primeiros anos da palma. Hoje, existe uma linha de crédito exclusiva para a implantação da palma, chamado Pronaf Ecodende, sendo que o principal agente fomentador na região tem sido o Banco da Amazônia. Com o acesso ao crédito rural, o produtor possui melhores condições de garantir a manutenção do plantio durante os primeiros anos até o início da produção.
De acordo com a Agropalma, o valor pago aos agricultores pela produção de cacho de dendê é estabelecido no contrato de parceria, com um percentual que pode variar de 12% a 15% do valor da tonelada do óleo bruto, conforme a cotação do preço no mercado internacional, seguindo a Bolsa de Valores de Rotterdam (Holanda), preço esse historicamente acima dos 10% estipulados em contrato. Todas as informações e tabelas de preço são divulgadas mensalmente aos produtores e ficam disponíveis no site da empresa.
Certificação e resultados – Em 2014, após dois anos de atividades orientativas, buscando melhorias para a produção e agregando mais valor ao CFF, a Agropalma, junto aos agricultores familiares, conseguiu a certificação RSPO (Mesa Redonda sobre Óleo de Palma) graças à regularização ambiental do projeto, mão-de-obra formal, erradicação do trabalho infantil, implantação do Programa de Saúde e Segurança no trabalho e ao cumprimento da legislação vigente no país. “Com a certificação, os agricultores passaram a receber um bônus a cada tonelada de CFF vendida, que gira em torno de US$ 3”, diz Ana Caroline.
Em 2018, os agricultores familiares foram responsáveis por 5% de toda a produção de palma da empresa, resultando em um rendimento médio de 21 toneladas/ha. Neste ano, o programa está sendo expandido, com mais de 208 hectares nas comunidades do Arauaí e Vila Soledade (PA), com previsão de mais 300 hectares até 2020.
Hoje, a empresa possui 192 famílias parceiras no Agricultura Familiar, nas comunidades paraenses de Arauaí, São Vicente e Assentamento PA Calmaria, totalizando 1.746,86ha de plantio de palma.
“A parceria tem possibilitado uma importante fonte de desenvolvimento às comunidades e uma atividade que agrega papel social e ambiental para todos, pois evita a utilização do fogo para manejo, permite a recuperação de áreas desmatadas e evita o desmatamento”, explica Marcello Brito, CEO da Agropalma. “Além disso, promove a melhoria da qualidade de vida dos envolvidos no projeto. A palma também fixa o homem no campo e possibilita a sucessão familiar ao longo do ciclo produtivo da cultura. Com isso, as famílias têm condições de se manterem em suas propriedades e de investir em outras atividades para agregação de renda”, completa o executivo.
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