Renomado especialista em vinhos, Jorge Lucki, faz palestra no Encoffee sobre como agregar valor à bebida, assim como aconteceu com o vinho
A indústria do café tem se inspirado no vinho para se sofisticar. Mas quais os conceitos de qualidade adotados na cadeia do vinho que poderiam ser implantados no café? Para tratar desse assunto, o Encontro de Gestão de Cafeicultores – Encoffee, realizado pelo Grupo Conecta, nos dias 2 e 3 de abril, em Uberlândia, traz Jorge Lucki, um dos maiores especialistas em mercado, qualidade e produção de vinhos do Brasil.
Lucki acredita que para o café alcançar o patamar de um bom vinho o Brasil ainda precisa avançar. “O país é o maior produtor de café do mundo, mas precisa melhorar a sua imagem. A Colômbia, por exemplo, conseguiu que seu café fosse reconhecido como o de mais alta qualidade. O Brasil sempre teve maior preocupação com a produção do que com a qualidade, se esquecendo de promover a construção da imagem do seu produto”, explica.
O especialista exemplifica que há 10 anos o azeite era confundido como óleo de cozinha. Além da teoria de ser bom para a saúde, o produto virou condimento do dia a dia de qualquer casa brasileira, ou seja, houve a ‘gourmetização’ do azeite. “E isso é possível fazer com o café, inclusive porque as pessoas já começaram a dar mais atenção para a bebida”, avalia.
Para conquistar o mercado de cafés especiais, é preciso conhecer as demandas da indústria, as características de cada lote de café e divulgar a qualidade do produto, evidenciando origem e história. No caso do café gourmet, o que o diferencia dos demais é ser 100% arábica, ter 50% menos cafeína que a variedade robusta, feito apenas com grãos selecionados para a obtenção das mais altas avaliações dos especialistas, entre outros. “Precisamos agregar valor ao produto. No mundo da sustentabilidade, o café orgânico é diferencial importante, por exemplo. Minas é elemento diferenciador também com o Café do Cerrado que tem uma característica particular. O que precisamos fazer no Brasil é particularizar e achar elemento diferenciador”, reforça.
Sobre o Encoffee – O evento reunirá cerca de 350 cafeicultores de todo o país, além de 40 cooperativas ligadas ao café e contará com palestrantes como o jornalista William Waack; o presidente da Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), Carlos Alberto Paulino; o diretor executivo da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), Luiz Cornacchioni; o CEO da MPrado Consultoria Empresarial, Marcelo Prado; o professor da Universidade do Café, Samuel Giordano; o colunista de vinho no Valor Econômico e comentarista de Vinhos da Rádio CBN, Jorge Lucki; a diretora da MPrado, Luciana Martins; o CEO da Ipanema Agrícola, Washington Rodrigues, entre outros.
Dentre os assuntos debatidos estão a cadeia produtiva do café e a inovação do segmento produtivo, avaliação de novos conceitos e ferramentas de gestão, análise de novas práticas e soluções que podem impactar positivamente na atividade. Além das palestras, no Encoffee também haverá painéis que, além do mercado internacional, abordarão verticalização como caminho para aceleração do crescimento, sucessão familiar como pilar de garantia da perpetuidade, tecnologias digitais, finanças e gestão de risco no café. O evento também é um oportuno momento para troca de ideias e promoção de networking.
O Encoffee tem parceria com a ABAG, Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cooxupé, Centro do Comércio de Café do Estado de Minas Gerais (CCCMG), Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA), Casul e Conselho Nacional do Café (CNC).
Os interessados em participar podem ligar no (34) 3227-4286 e confirmar a presença ou se inscrever por meio do site www.gpoconecta.com.br, que também conta com a programação e informações gerais do evento.
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