Fernando Carvalho Oliveira, engenheiro agrônomo e responsável técnico da Tera Nutrição Vegetal, salienta que os fertilizantes orgânicos compostos vêm ganhando espaço globalmente como alternativa sustentável e complementar aos adubos minerais, contribuindo para a melhoria da qualidade do solo e a produtividade agrícola. Em 2024, seu mercado global foi avaliado em cerca de US$ 10,19 bilhões. Projeta-se que alcance US$ 15,74 bilhões até 2029, com uma taxa de crescimento anual composta de 9,09%, conforme demonstram dados da Mordor Intelligence.
A Índia, a China e os países da Europa lideram o consumo, impulsionados pela crescente demanda por alimentos sustentáveis e práticas agrícolas regenerativas. “Os fertilizantes orgânicos compostos são a chave para esses avanços. Na Tera, investimos em tecnologia e pesquisa para oferecer soluções que melhorem as propriedades químicas, físicas e biológicas do solo e aumentem a produtividade no campo, além de impulsionar a Economia Circular”, ressalta Oliveira.
No Brasil, o uso de fertilizantes orgânicos ainda é limitado, representando menos de 10% do mercado total de adubos. Entretanto, o País apresenta grande potencial de crescimento nesse setor. Com a crescente geração de lodos do tratamento de esgotos e águas residuárias industriais — estimados em milhares de toneladas por ano — somadas as grandes quantidades de resíduos orgânicos gerados nas atividades agrosilvipastoris e agroindustrial, crescem as oportunidades para transformá-los em insumos agrícolas, promovendo o uso de matéria orgânica e a reciclagem de nutrientes essenciais para o solo.
Os fertilizantes da Tera Nutrição Vegetal, produzidos a partir de resíduos orgânicos urbanos, industriais e agroindustriais, comprovam a pertinência do uso e a eficácia desses insumos, num processo pioneiro nessa abordagem sustentável, case bem-sucedido de economia circular no Brasil. Estudos realizados por instituições acadêmicas e de pesquisa renomadas comprovam o impacto positivo dos produtos da Tera na produtividade de diferentes culturas.
Um exemplo é a pesquisa realizada pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp) – Campus de Ilha Solteira, com a colaboração da empresa Tera Ambiental, que produz os fertilizantes comercializados pela Tera Nutrição Vegetal. O estudo demonstrou que o produto é uma fonte rica em matéria orgânica e nutrientes, melhorando a fertilidade do solo e aumentando a eficiência dos adubos minerais. O experimento, realizado em área localizada em Suzanápolis (SP), avaliou sua aplicação em solo de baixa fertilidade natural cultivado com cana-de-açúcar. Houve aumento significativo da matéria orgânica do solo e aumento na disponibilidade de nutrientes essenciais, como fósforo, cálcio e magnésio, tanto na primeira quanto na segunda soca da cana.
Outra pesquisa, conduzida pela professora Simone da Costa Mello, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), comparou o uso do fertilizante orgânico composto da Tera com práticas de adubação convencional em plantações de tomate no interior de São Paulo. Os resultados indicaram maior produtividade, frutos com menor acidez e melhor equilíbrio de sólidos solúveis, além de benefícios na resistência das plantas contra adversidades climáticas e doenças. Esses efeitos foram atribuídos aos ácidos húmicos e fúlvicos presentes no produto, que promovem melhor absorção de nutrientes e maior desenvolvimento das plantas.
Embora os desafios para expandir o uso de fertilizantes orgânicos compostos no Brasil incluam desafios culturais e logísticos, a Tera Ambiental e a Tera Nutrição Vegetal demonstram que é possível integrar sustentabilidade e maior rentabilidade no agronegócio. Essa transformação é essencial para alavancar o posicionamento do Brasil com destaque em práticas agrícolas sustentáveis. “Temos enorme potencial para avançar no mercado de fertilizantes orgânicos compostos, aproveitando nossos resíduos urbanos, como lodos de esgotos sanitários e agroindustriais. Na Tera, acreditamos que a sustentabilidade e a eficiência econômica possam caminhar juntas, beneficiando a produção de alimentos e o meio ambiente”, conclui Oliveira.
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