Dr. Aldir Alves Teixeira, CEO da Experimental Agrícola/illycaffè, fala sobre o manejo na lavoura de café
As lavouras mais prejudicadas pela doença da mancha aureolada são as em formação, com até três e quatro anos de idade, além das culturas que sofreram podas drásticas, especialmente as situadas em locais altos e nas faces sul e sudeste de áreas montanhosas, sujeitas a ventos frios constantes.
A adoção da colheita mecanizada de café provoca a abertura de ferimentos que favorecem a penetração e disseminação da bactéria nas plantas, o que pode ter agravado a doença nos cafezais. As condições climáticas que favorecem a mancha aureolada são temperaturas amenas, especialmente à noite, chuvas e elevada umidade relativa.
As lesões nas folhas são de coloração parda, acompanhadas por um halo amarelado. Nos ramos, as lesões são escuras e atingem o pecíolo das folhas, causando desfolha. Também são encontradas lesões nas inflorescências (rosetas) e em frutos novos, que podem comprometer parte da produção.
“O manejo da mancha aureolada se inicia pela utilização de mudas sadias; caso a doença seja detectada em viveiros, as mudas precisam ser destruídas e o restante deve ser protegido, com aplicações de fungicidas cúpricos e/ou de antibiótico (casugamicina), a cada 15 dias”, explica o engenheiro agrônomo e CEO da Experimental Agrícola/illycaffè, Dr. Aldir Alves Teixeira.
O manejo no campo é difícil, por se tratar de uma doença bacteriana. Em locais sujeitos a ventos frios, instalam-se quebra-ventos temporários, como o girassol, a crotalária, o feijão guandu, a crotalaria e outras; se possível, ainda antes do plantio das mudas de café. Também são sugeridos os quebra- -ventos permanentes, como grevíleas, bananeiras, abacate, cedrinho, eucalipto e outras. Lavouras em que foi constatada a doença devem ser protegidas com aplicações de fungicidas cúpricos, logo após a colheita e no início do ciclo reprodutivo da planta – com aplicações a cada 20 ou 30 dias.
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