Com o aumento das chuvas, doenças fúngicas proliferam nas culturas; especialista oferece dicas de manejo

Caracterizado pela queda de mais de 0,5 °C na temperatura e pela alta incidência de chuvas nas regiões Norte e Nordeste, o fenômeno La Niña impacta diretamente as plantações de hortifruti. Localizadas principalmente nos estados da Bahia, Pernambuco, Sergipe e Ceará, as culturas de tomate, uva e melão sofrem perdas de produtividade e de qualidade de frutos pela alta umidade, o que gera o aumento de doenças.

“Na região do Vale do São Francisco, por exemplo, os meses de junho e julho não costumam ser chuvosos. No entanto, neste ano, já registramos algumas chuvas e, por isso, os produtores devem se atentar desde já ao controle fitossanitário preventivo contra fungos e bactérias”, explica Luís Grandeza, gerente de culturas e portfólio da FMC.

Dentre as doenças mais relevantes do período, a requeima (Phytophthora infestans) no tomate e na batata e o míldio (Plasmopara vitícola) na uva, por exemplo, são muito destrutivas, podendo dizimar áreas inteiras em poucos dias. As doenças são favorecidas por condições de temperatura noturna amena (11°C a 23°C) e alta umidade (acima de 90%). “Diferentemente das pragas, os fungos não são visíveis na fase inicial de esporos, por isso, quando os sintomas aparecem, a lesão já está formada na folha, com indícios característicos de bolor branco. Por isso, o manejo preventivo é o mais indicado”, diz o gerente. Ele ainda comenta que “sempre que houver previsão de chuva, o agricultor deve fazer a pulverização no dia anterior, a fim de baixar a população de esporos e, assim, evitar a propagação das doenças. Nesse momento, a utilização integrada de soluções biológicas e químicas permite aumentar a eficiência de manejo de forma sustentável.”

O manejo integrado é uma estratégia para potencializar os resultados, pois minimiza a resistência às soluções de controle, prepara a planta para condições adversas de estresse hídrico ou climático e o efeito fisiológico na planta auxilia a produção de defesas vegetais e o aumento da produtividade.

Com a tendência do aumento dos índices pluviométricos, o La Niña também acarreta outra doença relevante: o mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum). Capaz de infectar a parte aérea das plantas, a doença causa a morte e redução média de produtividade de 20% a 30%, podendo chegar a 70% em situações de falha de controle e de condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento da doença, conforme dados do Mais Soja.

Para o manejo dessas doenças, Luís Grandeza indica o biofungicida Provilar® e o fungicida sistêmico Galben®-M, ambos da FMC, empresa de ciências para agricultura. A solução biológica que possui triplo modo de ação – antibiose, competição e indução sistêmica de resistência – conta com uma tecnologia de formulação em que os Bacillus estão na forma endósporos, o que permite o uso em associação com outros produtos químicos. O Provilar® é indicado para a prevenção do mofo-branco nos estágios iniciais e permite um manejo foliar da doença de maneira preventiva e prolongada.

O Galben®-M é fungicida sistêmico de alta performance, com combinação de dois ativos, que atua com seletividade e segurança sem causar fitotoxicidade nas culturas de tomate, uva e batata. Além disso, o produto é capaz de promover um manejo mais eficiente mesmo em condições favoráveis ao desenvolvimento da requeima no tomate ou do míldio na uva pelo seu longo período residual, sistemicidade, que protege de perdas por chuva ou irrigação, e versatilidade, podendo ser usado como prevenção ou em condições mais críticas.

“A interação de defensivos químicos e biológicos agrega à sustentabilidade, segurança alimentar e ao manejo eficiente, pois pode controlar pragas e doenças simultaneamente sem gerar impactos ambientais. Com o manejo integrado ainda é possível fazer a rastreabilidade dos defensivos agrícolas, ponto que determinará o sucesso produtivo e que pode ajudar o agricultor a ter uma economia em seus custos operacionais e mais entrada das frutas e hortaliças de qualidade em grandes redes varejistas”, destaca Luís.

A FMC Corporation é uma empresa global de ciências para a agricultura, dedicada a ajudar os agricultores a produzir alimentos, fibras e biocombustíveis para uma população mundial em expansão ao mesmo tempo em que se adapta a um ambiente de constantes mudanças. As soluções inovadoras da FMC para proteção e nutrição de cultivos, como biológicos, agricultura de precisão e digital, permitem que os agricultores, consultores agrícolas e profissionais enfrentam seus maiores desafios no manejo de pragas e doenças, ao mesmo tempo em que protegem o meio ambiente. Com cerca de 6.400 funcionários  em mais de 100 unidades ao redor do mundo, a FMC está comprometida com a descoberta de novos ingredientes ativos para herbicidas, inseticidas, fungicidas, novas formulações de produtos químicos e biológicos e tecnologias pioneiras que são melhores para o planeta.


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