Estratégia une investimentos que promovam impactos socioambientais e econômicos, alinhados aos valores pessoais e objetivos financeiros
A sustentabilidade é uma tendência que domina o mercado financeiro em 2024. Em tempos onde os recursos naturais estão em pauta, o investimento florestal tem ganhado destaque, sendo visto como uma alternativa para minimizar a pressão sobre o ecossistema, contribuindo para a preservação do meio ambiente à medida que também promove o crescimento financeiro.
De acordo com o Mapeamento da Exploração na Amazônia feito pela Rede Simex e divulgado na COP-28, 27% da área de exploração de madeira na Amazônia é ilegal. Essa realidade evidencia a importância de abordagens responsáveis, buscando assegurar a legalidade e sustentabilidade das operações, assim como a necessidade de fortalecer medidas para combater a exploração ilegal de madeira.
Algumas propostas têm se destacado no mercado, como a do Instituto Brasileiro de Florestas (IBF), que traz o conceito Floresta com Propósito, uma estratégia que tem como referência a conscientização de um investimento que vai além do lucro, e está alinhado aos princípios e valores pessoais de uma forma sustentável, não só econômica, mas também ambiental.
Para Higino Aquino, diretor de desenvolvimento do IBF, os malefícios da extração ilegal da madeira evidenciam a necessidade de uma solução mercadologica. “Floresta com Propósito é uma filosofia que desenvolvemos para transformar o futuro e informar sobre como funciona o trabalho no Instituto, que objetiva suprir a demanda por madeira, focando em uma solução sustentável e consciente.”
Entre as principais consequências da extração ilegal da matéria-prima estão: risco de extinção de animais silvestres devido à perda da biodiversidade ocasionada pela derrubada de árvores e danos ecológicos que afetam a manutenção do clima.
Neste contexto entra a proposta do instituto com florestas plantadas de Mogno Africano no Polo Florestal de Minas Gerais. “O Mogno Africano é uma espécie que produz madeira nobre de alto valor comercial, que possibilita rentabilidade a longo prazo”, explica Higino. O plantio é legalizado e não afeta a vida de animais silvestres e da flora presente nas florestas nativas.
De acordo com a projeção do próprio Instituto, 6 hectares de Mogno Africano plantados no Polo Florestal podem gerar um retorno estimado em mais de R$10 milhões ao final do ciclo da floresta, que dura em média 18 anos. A equipe de engenheiros e profissionais especializados em silvicultura são responsáveis pelo preparo de solo, plantio e manejo. “Nós administramos o Polo Florestal de Mogno Afriano em Pompéu, Minas Gerais, com 4,4 mil hectares e mais de 350 investidores”, ressalta.
O retorno é de longo prazo e chama a atenção de profissionais, como: médicos, advogados, engenheiros e empresários que fazem parte desta iniciativa focando na aposentadoria ou herança familiar, um público que planeja os investimentos para construir patrimônio.
–