Na cultura do trigo, o parcelamento das aplicações é essencial para o rendimento e melhor aproveitamento do fertilizante
Nesta semana, praticamente 100% dos triticultores do Paraná e 90% do Rio Grande do Sul devem realizado a semeadura de trigo para a safra 2017/18. Segundo o último relatório do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria Estadual de Agricultura do Paraná, 5% das lavouras de trigo chegaram a fase de germinação, 70% em desenvolvimento vegetativo, 18% em floração e 7% em frutificação. No estado, parte dos produtores paranaenses já realizaram a primeira aplicação de Nitrogênio. Nas lavouras gaúchas, a escassez de chuva deve repercutir na emergência e atrasar um pouco mais as aplicações do Nitrogênio, fertilizante essencial para atingir maiores produtividades e melhor qualidade industrial. A informação foi divulgada no último Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar.
O Gerente Regional Norte da Biotrigo Genética, Fernando Michel Wagner, explica que nesta safra, as regiões Norte e parte da região de transição ao Oeste do Paraná as lavouras já receberam adubação nitrogenada em cobertura. Já nas demais regiões como o Sul e Sudeste, poucas áreas de trigo receberam o fertilizante, pois até o momento, o clima não tem favorecido as aplicações pela falta de umidade no solo e de chuvas. Este cenário se repete também no Rio Grande do Sul. O engenheiro agrônomo da Biotrigo que atende as regiões tritícolas gaúchas, Éverton Garcia, comenta que especialmente na região Noroeste do RS, houve atrasos na semeadura pelo grande volume de chuvas no final de maio até a primeira quinzena de junho. Neste momento, a falta de chuva também está atrapalhando o manejo do fertilizante.
No entanto, o trigo é uma cultura que possui um longo período para formação de componentes de rendimento. “Conforme o ciclo do trigo avança, importantes manejos podem ser realizados, pois a planta precisa ser nutrida durante todo o seu desenvolvimento. Se o clima não permitir realizar a aplicação no início do perfilhamento, como é a indicação, não é preciso desistir do manejo do fertilizante. Nossos resultados mostram que, mesmo em aplicações um pouco mais tardias, há resultado expressivo na manutenção da produtividade, além do aumento da proteína, fator que eleva a qualidade industrial”, explica Fernando.
Café, almoço e jantar – As gramíneas de um modo geral, aproveitam o máximo do N disponível independentemente da fase que se encontra, ou seja, quando fracionamos o N em cobertura em mais de uma aplicação, vamos beneficiar a planta em várias fases importantes na formação do potencial de rendimento e qualidade industrial. Fernando compara as áreas que recebem somente o fertilizante na base a uma pessoa que toma café da manhã e não faz nenhuma outra refeição durante todo o dia. “O rendimento se constrói do início até o final da fase reprodutiva, portanto, é preciso estar atento ao momento e a dose ideal em cada fase da cultura. A dica é buscar as condições ideais de manejo, acompanhando a previsão do tempo e antecipando a aplicação às chuvas previstas”, ressalta.
A cultura do trigo exige adubação nitrogenada na “base” – que é durante a semeadura; a primeira aplicação em cobertura, no início do perfilhamento e, a segunda, no início da elongação. Em períodos de chuvas mais intensas e frequentes, uma terceira aplicação pode ser feita quando a folha bandeira estiver sendo estendida.
O fertilizante colocado na adubação de base ajuda no melhor estabelecimento e na formação inicial do potencial, mas sozinho não consegue suprir a demanda durante todo o ciclo, pois o trigo demanda de grande aporte de Nitrogênio a partir da elongação. “É muito importante fracionar a aplicação em cobertura. O ideal seria aplicar em pelo menos duas etapas, sendo a primeira no início do perfilhamento (fase do duplo anel), quando a planta está iniciando a formação da espiga e número de espigas por m², e outra aplicação no início da elongação (fase da espigueta terminal), quando se define o tamanho da espiga e inicia a diferenciação floral, ou seja, irá determinar número de flores férteis para formação de grãos após o florescimento”, afirma Fernando.
A terceira dose de cobertura é indicada no início do emborrachamento, quando a folha bandeira esta recém visível (cerca de 1 cm), estágio importante na formação do potencial de rendimento. “É nesse estágio que o Nitrogênio gera incrementos sobre o número de espigas por m², viabilizando os perfilhos e, consequentemente, o número de flores férteis por espiga, além de incrementar o teor de proteína dos grãos que serão formados”, complementa Éverton.
As gramíneas de um modo geral, aproveitam o máximo do N disponível independentemente da fase que se encontra, ou seja, quando fracionamos o N em cobertura em mais de uma aplicação, vamos beneficiar a planta em várias fases importantes na formação do potencial de rendimento e qualidade industrial. Fernando compara as áreas que recebem somente o fertilizante na base a uma pessoa que toma café da manhã e não faz nenhuma outra refeição durante todo o dia. “O rendimento se constrói do início até o final da fase reprodutiva, portanto, é preciso estar atento ao momento e a dose ideal em cada fase da cultura. A dica é buscar as condições ideais de manejo, acompanhando a previsão do tempo e antecipando a aplicação às chuvas previstas”, finaliza.
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