Dados de rastreabilidade são compartilhados com o consumidor final via QR Code: FriGol mostra até de qual bioma brasileiro o gado veio, com informações consolidadas pela startup Ecotrace via tecnologia blockchain
Não é prática comum olhar o prato feito e tentar adivinhar de onde a comida veio. Mas, no supermercado, já é possível saber o caminho da carne que está na gôndola, até mesmo de qual bioma o boi veio. Informações da rastreabilidade, que são usadas pelos frigoríficos comprometidos com critérios socioambientais, são compartilhadas com o consumidor final por um QR Code nas embalagens.
Em uma atualização recente, os QR Codes dos produtos FriGol passaram a informar se o gado adquirido pela empresa veio de fazendas de fornecedores diretos localizadas no bioma Amazônia, Cerrado ou Mata Atlântica, que são os três biomas onde a empresa atua.
“Atualmente monitoramos 100% dos nossos fornecedores diretos em todos os biomas onde atuamos e consideramos importante compartilhar essas informações com os consumidores por meio dos QR Codes que estão em todas as nossas linhas de produto tanto no Brasil quanto no exterior e em três idiomas (português, inglês e mandarim)”, diz Carlos Corrêa, diretor Administrativo e Sustentabilidade da FriGol.
Ciente de seu papel em prol da pecuária sustentável, no bioma Amazônia, a FriGol é signatária do TAC da Pecuária Sustentável e, neste ano, pela segunda vez consecutiva, atingiu 100% de conformidade em auditoria supervisionada pelo Ministério Público Federal no Pará. O resultado comprova que todo o gado adquirido de fornecedores diretos no bioma Amazônia respeita critérios socioambientais.
Além disso, a FriGol foi o primeiro frigorífico a implementar, em julho de 2023, o Protocolo de Monitoramento Voluntário de Fornecedores de Gado no Cerrado, coordenado pelas organizações Proforest, Imaflora, e National Wildlife Federation – NWF. O protocolo está na fase piloto, mas, como a FriGol já estava preparada para as demandas que constam da versão preliminar do documento, tomou a iniciativa de implementar de maneira pioneira.
A disponibilidade dessas informações é relevante para o consumidor final, porque, de acordo com o estudo Transparency Trends 2023, feita pela Food Industry Association e divulgada pela NielsenIQ, a proporção de compradores que se importam com a transparência sobre o que tem e como é feita a comida que consome avançou de 69% em 2018 para 72% em 2021, além de ter registrado novo salto para 76% em 2023. O mesmo estudo mostra ainda que 29% dos consumidores preferem os produtos com detalhes que vão além do rótulo.
Rastreabilidade da carne – De uma maneira simples, a rastreabilidade é a capacidade de conhecer o caminho feito por uma determinada matéria-prima. Vários mecanismos, unidos, permitem identificar a origem de um produto agropecuário desde o campo até o consumidor, o que possibilita o controle e monitoramento da movimentação daquele lote até seu destino.
No Brasil, a startup Ecotrace é uma das pioneiras no uso de tecnologia blockchain – a mesma das criptomoedas – para a rastreabilidade da proteína animal. Com ela, as informações de cada etapa formam um elo impossível de ser apagado, que é adicionado aos outros. No final, cada produto tem uma identificação única, que mostra, inclusive, que a carne não vem de abates ilegais, que é fiscalizada e que respeita todos os processos estabelecidos pela legislação.
“Quando conseguimos integrar toda a cadeia, empoderamos tanto o produtor quanto o consumidor final, dando mais visibilidade para as empresas sustentáveis e acelerando a inovação no setor de proteína animal”, diz Flávio Redi, CEO da Ecotrace.
Garantia da preservação dos biomas brasileiros na palma da mão – A FriGol começou a compartilhar dados com clientes e consumidores via QR Codes nas embalagens em 2020 e agora incluiu também as informações sobre os biomas brasileiros dos quais o gado foi adquirido. Essa ação visa dar mais transparência às ações da empresa em busca da sustentabilidade em toda a cadeia produtiva.
“A principal vantagem do QR Code para o consumidor é a certeza de estar adquirindo um produto de origem comprovada e livre de problemas socioambientais, ou seja, seguro de que seu consumo não prejudica o planeta”, afirma Carlos Corrêa.
QR Code: passo a passo – Ao escanear o QR Code da embalagem, o consumidor tem acesso à tela inicial, que traz o tipo de corte da peça, a parte do animal em que ela estava e sugestões de métodos de cozimento. Também é possível ver em qual indústria foi produzida, a data da fabricação e a data de validade.
Ao acessar o botão “Histórico do Produto”, a primeira informação que aparece é sobre a origem, mostrando os biomas de origem daquele lote. Ela pode ser ampliada, dando acesso aos dados das fazendas, sendo possível, inclusive, ver a localização de cada uma no mapa. Cada fazenda também traz o botão “Análise Ambiental”, onde está a garantia de que não ocupa áreas de desmatamento, de invasão de terras indígenas, de invasão de Unidade de Conservação Ambiental ou embargada pelo Ibama, e que também não faz uso de trabalho escravo.
Voltando ao “Histórico do Produto”, após a informação de origem, estão os dados completos da unidade produtora da carne – com CNPJ, SIF (Serviço de Inspeção Federal), lote de produção, dados de contato e localização, e também se é uma planta apta para produzir carnes para exportação – se sim, para quais países. No final, está disponível o chat para que o consumidor possa tirar dúvidas.
Se a busca por transparência é uma tendência global de consumo, o comprador brasileiro está na ponta quando o assunto é conhecer antes de levar. A pesquisa PwC Global Consumer Insights Pulse Survey, de setembro deste ano, mostra que 51% dos brasileiros usam seus smartphones enquanto andam pelos corredores de uma loja para comparar produtos e consultar informações. No mundo, esse número cai para 36%.
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Comunicação FRIGOL