Durante encontro com investidores, executivos anteciparam estratégia para 2024 e reforçaram aposta em projetos como o BioVittia.

A segunda edição do VitDay, encontro com investidores promovido pela Vittia (VITT3), reuniu os executivos e membros do conselho de administração da companhia com especialistas do mercado financeiro e jornalistas nesta segunda, 18 de dezembro, para fazer uma retrospectiva de 2023 e falar das estratégias de negócios para o ano de 2024.

Historicamente tratados como complemento na busca pela sanidade da lavoura, os produtos biológicos já são protagonistas nos tratos em diferentes culturas. E, mesmo em um ano desafiador para o agronegócio, os primeiros nove meses de 2023 registraram crescimento de 11,6% na receita líquida da linha de produtos biológicos da Vittia. Avanço importante que, segundo os gestores da Vittia, esbarra ainda em muito desconhecimento e desconfiança sobre a eficácia desses produtos por parte do produtor.

Para contribuir na mudança dessa percepção, este ano a empresa lançou o Projeto BioVittia, que tem como objetivo validar e demonstrar a eficiência dos defensivos biológicos por meio de substituição parcial ou total de parte da lavoura com manejo convencional (defensivos químicos) para um cultivo 100% baseado em tecnologias Vittia de controle biológico.

Apesar de recente, os resultados têm sido muito animadores: em uma lavoura de tomates, em Fervedouro (MG), foi possível reduzir 70% do uso de químicos, aumentar em 37% a produtividade e ter um produto de maior qualidade após a implantação do projeto. “Qualidade de pele no tomate significa mais tempo de prateleira”, afirma o Diretor Comercial da Vittia, Edgar Zanotto. “E aplicação com menos resíduo e mais qualidade é responsabilidade ambiental, sem aumentar o custo para o produtor”, completa. Em 2024, com efeitos ainda mais evidentes do uso de biológicos nas plantações, o BioVittia deve ganhar ainda mais força e acelerar o conhecimento e adoção dos insumos no campo.

Durante o encontro, os executivos reforçaram também que a proposta de valor da companhia é ter tecnologia para entregar resultados para o produtor: “O que faz vender não é queda de preço, é dar assistência, estar ao lado do produtor”, afirma o CEO, Wilson Romanini (na foto acima). “Trabalhamos para que ele produza mais, com segurança, sabendo que ele vai aplicar nossos produtos e a doença vai acabar”, completa Edgar. Por isso, em 2024 a Vittia segue com foco no fortalecimento dos relacionamentos comerciais com revendas, cooperativas e também produtores rurais, e mesmo em um cenário incerto, não deve alterar seus fundamentos de médio/longo prazos. Um deles, é dar continuidade ao plano de investimentos, estruturação da plataforma comercial e P&DI.

Questionados sobre a representatividade de outras culturas na receita dos produtos biológicos da companhia, já que a soja e o milho deverão sofrer impacto na produtividade por conta do El Niño, os executivos reforçaram acreditar na mudança de mix, com ênfase para os segmentos de cana-de-açúcar, hortifruti e café.

 

Conhecimento como diferencial competitivo – Com um portfólio completo, que atende diferentes culturas, a Vittia está constantemente em busca de novas cepas e microrganismos não convencionais que possam trazer ainda mais eficiência para o campo. Nesse sentido, a empresa anunciou que irá lançar, já nos primeiros meses de 2024, um bioinseticida de rápida ação de controle e formulação inovadora.

A área de P&DI da Vittia é uma das forças da companhia, e que a coloca em posição de destaque no mercado de defensivos biológicos. Com 85 profissionais, possui capacidade de desenvolver novos e mais eficientes processos industriais em relação aos demais atores de mercado. Atualmente, a companhia possui um banco com cerca de 6 mil fungos e bactérias divididos em mais de 320 espécies diferentes. Além disso, a Vittia mantém parcerias estratégicas com mais de 150 instituições e 175 pesquisadores, e tem 63 alvos biológicos regulamentados – o maior portfólio do mercado.

Tudo isso é parte da credibilidade que a Vittia construiu em 52 anos de história, e que mostra o seu compromisso e competência no desenvolvimento de solução efetivas para o campo.

 

Estratégia 2024 – Com uma demanda aquém do previsto em 2023, a Vittia espera receita estável, sem o crescimento almejado para o ano. De todo modo, a companhia acredita no mercado de longo prazo. “Entendemos que o agro tem ciclos, com anos melhores e outros mais desafiadores, e este é um ano de ajustes. No entanto, estamos bem estruturados e podemos manter nossa estratégia de longo prazo, com importantes investimentos”, afirma o CFO e Diretor de RI da Vittia, Alexandre Del Nero Frizzo.

A Vittia, empresa brasileira de biotecnologia e nutrição especial de plantas com soluções para diversas culturas agrícolas, está presente há 52 anos no país com a missão de permitir aos produtores ganhos de rentabilidade por área e melhoria do balanço socioambiental, entregando excelência em produtos e serviços para a agricultura.

Sempre expandindo sua atuação a favor do agronegócio por meio de pesquisa, tecnologia e desenvolvimento, a empresa, dedicada à produção de insumos de alta tecnologia para a agricultura, conta com diversos produtos nas linhas de adjuvantes, inoculantes (fertilizantes biológicos), acaricidas, controle biológico, fertilizantes foliares, fertilizantes organominerais, condicionadores de solo, micronutrientes granulados para solo e sais para a agricultura e pecuária.

A Vittia possui três unidades industriais localizadas em São Joaquim da Barra, além de unidades em Serrana, Ituverava e Artur Nogueira, no estado de São Paulo, e em Paraopeba e Patos de Minas, no estado de Minas Gerais. Atualmente, conta com cerca de 1.200 colaboradores entre equipes administrativas, de produção e especialistas de campo. Comprometida com os princípios da sustentabilidade, a empresa visa criar valor por meio da inovação e ampliação de negócios com aquisições estratégicas no mercado. Em 2022, a receita líquida da empresa foi de R$ 851 milhões.

Além disso, a Vittia recebeu do MAPA o Selo Agro+ Integridade, que se destina a premiar empresas do agronegócio que, reconhecidamente, desenvolvem boas práticas de gestão de integridade, ética e sustentabilidade.


Weber Shandwick