A macaúba é a nova aposta para alavancar a economia no Brasil
No último dia 13, representantes do Instituto Fraunhofer estiveram na Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, para uma reunião com o secretário executivo Edson Fernandes, com o coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Carlos Nabil Ghobril, com a diretora Eloísa Garcia do Instituto de Tecnologia de Alimentos, e Luis Madi, da diretoria do ITAL, para apresentar novos projetos de parceria em pesquisa com a APTA.
Peter Eisner, chefe de Engenharia de Processos do Instituto Fraunhfer – IVV, acompanhado dos pesquisadores Magdalena Spicher e Alexandre Martins, mostraram resultados da longa parceria e cooperação técnico-científica que tem com o ITAL e, desde 2012, possui um Centro de Projetos para Inovação em Alimentos e Biorecursos e de futuros trabalhos com foco no uso de recursos naturais de forma sustentável.
Na reunião, foi mostrado um estudo realizado com a macaúba, palmeira nativa brasileira, que entre várias utilidades, chamou a atenção do Instituto para a produção de ingredientes para alimentos, como proteínas e fibras solúveis, simultaneamente à extração do óleo, o qual tem grande potencial para produção de querosene para aviação, substituindo a soja e o dendê, pelo rendimento em menor espaço plantado, entre 4 e 5 toneladas de óleo por hectare.
Não é novidade para os brasileiros que dessa planta se aproveita praticamente tudo. Do caule é extraído o palmito; as folhas são usadas como forrageio para animais; das fibras são fabricadas redes, cordas, linhas, balaios e chapéus. O tronco é usado na construção de casas, calhas, mourões e o óleo, extraído da polpa, é empregado na alimentação e na indústria química para produzir cosméticos e ceras.
Para o secretário executivo, que cresceu numa fazenda de macaúba e conhece o potencial da palmeira, a assinatura de um novo acordo de cooperação com a instituição alemã é muito importante. “A troca de experiências entre os pesquisadores, utilizando a matéria-prima brasileira, é um grande potencial econômico e que interessa ao agronegócio do país, pois agindo localmente pensamos no global”, comenta.
Integrar a produtividade com a conservação ambiental é papel dos institutos da APTA. “Há 10 anos quando iniciamos a parceria com a Fraunhofer sabíamos que a colaboração mútua ia gerar resultados que ultrapassam as fronteiras do Estado. Estamos falando em melhoria de condições das pessoas e do planeta”, afirma Carlos Nabil.
A assinatura do acordo será realizada brevemente, assim que o processo for analisado pelo secretário da Pasta, Guilherme Piai, um grande entusiasta da cooperação internacional e do desenvolvimento do agro paulista com destaque no cenário mundial.
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Por Caroline Caram | Assessoria de Comunicação APTA