Análise e perspectivas do mercado de grãos para os próximos dias na análise dos especialistas da Grão Direto
SOJA – Como o mercado se comportou?
- Plantio safra 2023/24. O plantio seguiu evoluindo, chegando próximo dos 30%, de acordo com a Conab, com avanços consideráveis no Mato Grosso, São Paulo e Paraná.
- Alta no farelo de soja. A expectativa de demanda aquecida nos EUA pela China resultou em fortes valorizações nas cotações, impactando as cotações da soja em grãos.
- Colheita nos EUA. O clima seco favoreceu a evolução da colheita da soja, ultrapassando os níveis de 75%, ficando acima da média dos últimos 5 anos.
- Dólar com leve queda. Semana volátil devido a notícias mistas. A inflação nos EUA se manteve conforme o previsto, porém desafios fiscais no Brasil geraram preocupações. Isso resultou em uma queda de 0,40%, encerrando a semana com o real cotado a R$ 5,01.
- Em Chicago, o contrato de soja para novembro de 2023 encerrou a U$ 12,95 o bushel (-0,54%), enquanto o contrato de março de 2024 fechou estável, a U$ 13,31 (+0,00%). No entanto, no mercado físico brasileiro, as cotações da soja tiveram leves oscilações positivas em várias regiões.
O que esperar do mercado?
- Evolução do plantio. Com a melhora do clima em algumas regiões na semana anterior e boas expectativas para essa semana, o ritmo de plantio da soja deve se aquecer. Caso isso se confirme, poderá chegar mais próxima do número do ano passado (47,6%), e da média dos últimos 3 anos, que está em torno de 45,7%, conforme dados da Conab.
- Exportações norte-americanas. De acordo com o USDA, as vendas líquidas para 2023/24 tiveram uma semana com números recordes, e devem continuar aquecidas nesta semana, chegando mais próximo das 47,76 milhões de toneladas projetadas para a safra 2023/24.
- Exportações brasileiras. Apesar da revisão para baixo da expectativa da Anec para outubro, que agora é de 6,1 milhões de toneladas, o mês ainda encerraria com um acréscimo de 60% em relação ao mesmo período do ano passado, quando atingiu 3,8 milhões de toneladas, de acordo com informações da Secex.
- Decisão de taxa de juros e Payroll. Nesta semana, serão divulgados dados econômicos importantes. Na quarta-feira (01/11), haverá anúncios sobre as taxas de juros nos EUA e no Brasil, prevendo-se estabilidade nos EUA e redução no Brasil. Na sexta-feira (02/11), será divulgado o relatório de empregos norte-americanos, com expectativa de uma redução na geração de empregos.
- Dólar. Diante dos importantes dados econômicos, a semana promete ter muita volatilidade. Com a probabilidade do Banco Central dos EUA manter as taxas de juros inalteradas na próxima reunião, a economia já está demonstrando sinais (por mais que aos poucos) de desaquecimento, confirmados pela inflação em linha com as expectativas. Com isso há possibilidade de uma semana de continuidade de desvalorização para o dólar ante ao real.
- Considerando os eventos mencionados, é possível que a soja em Chicago tenha uma semana positiva, com leves valorizações para o mercado físico brasileiro.
MILHO
Como o mercado se comportou na última semana?
- Plantio Safra 2023/24. Com base na Conab, o plantio superou os 30% da área estimada, abaixo da média dos últimos 3 anos (37,6%), com avanços nas regiões Sul/Sudeste.
Exportações brasileiras. A Anec diminuiu a previsão de exportações de outubro para 8,2 milhões de toneladas, representando uma queda de 2,3% em relação à estimativa anterior divulgada sete dias antes.
Rússia suspende o acordo. A suspensão do corredor humanitário pela Rússia trouxe uma dose extra de volatilidade para o mercado de trigo, que acabou impactando as cotações de milho em Chicago.
- As cotações de Chicago finalizaram a semana cotadas a U$ 4,81 o bushel (-2,83%) para o contrato com vencimento em dezembro/23. O mercado físico brasileiro não teve uma semana positiva, acompanhando o movimento de Chicago.
O que esperar do mercado?
- Clima. Previsão aponta para chuvas significativas e altas temperaturas para a região Sudeste e o Centro-Oeste. No Sul, haverá possibilidade de ocorrência de temporais, já nas regiões Norte e Nordeste, o clima seco e quente deverá prevalecer.
- Evolução do plantio. Com a recente melhora das condições climáticas em algumas regiões na última semana, é esperado um aumento no ritmo de plantio da soja nos próximos dias. Se essa tendência se mantiver, é provável que o índice de plantio se aproxime mais do valor do ano anterior (39,9%) e da média dos últimos três anos, que gira em torno de 44,5%, conforme informações da Conab. Entre os demais, Goiás e Minas Gerais são os estados que apresentam maior atraso.
- Projeções de exportações brasileiras. Apesar da redução da expectativa pela Anec para o mês de outubro para 8,2 milhões de toneladas, ainda assim o mês encerraria a 22% maior que o mesmo período do ano passado, que foi de 6,72 milhões de toneladas.
- Exportações norte-americanas. As vendas líquidas semanais tiveram um aumento de 53% em relação à semana anterior, de acordo com o USDA. Esse ritmo aquecido poderá prevalecer nesta semana, principalmente com a presença do México.
- Plantio na Argentina. De acordo com a Bolsa de Cereales, o plantio de milho alcançou 22% da área projetada, contra 31% da média dos últimos anos. Apesar do atraso em relação ao ano anterior, o que está chamando a atenção é a qualidade das lavouras. Apenas 15% das lavouras estão classificadas como boas ou excelentes, porém, a porcentagem é menor que a safra do ano anterior, que era de 40%.
A demanda internacional pelo milho brasileiro continuará ditando o ritmo das cotações, portanto, poderá ser uma semana de valorização para as cotações.
Perspectivas do mercado de grãos para os próximos dias:
SOJA
- Com a melhora do clima em algumas regiões na semana anterior e boas expectativas para essa semana, o ritmo de plantio da soja deve se aquecer.
- Exportações norte-americanas. De acordo com o USDA, as vendas líquidas para 2023/24 tiveram uma semana com números recordes, e devem continuar aquecidas nesta semana, chegando mais próximo das 47,76 milhões de toneladas projetadas para a safra 2023/24.
- Exportações brasileiras. Apesar da revisão para baixo da expectativa da Anec para outubro, que agora é de 6,1 milhões de toneladas, o mês ainda encerraria com um acréscimo de 60% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Secex.
- Nesta semana, serão divulgados dados econômicos importantes. Na quarta-feira (01/11), haverá anúncios sobre as taxas de juros nos EUA e no Brasil, prevendo-se estabilidade nos EUA e redução no Brasil. Na sexta-feira (02/11), será divulgado o relatório de empregos norte-americanos, com expectativa de uma redução na geração de empregos.
É possível que a soja em Chicago tenha uma semana positiva, com LEVES VALORIZAÇÕES para o mercado físico brasileiro
MILHO
- Previsão aponta para chuvas significativas e altas temperaturas para a região Sudeste e o Centro-Oeste. No Sul, haverá possibilidade de ocorrência de temporais, já nas regiões Norte e Nordeste, o clima seco e quente deverá prevalecer.
- Com a recente melhora das condições climáticas em algumas regiões na última semana, é esperado um aumento no ritmo de plantio da soja nos próximos dias.
- Projeções de exportações brasileiras. Apesar da redução da expectativa pela Anec para o mês de outubro para 8,2 milhões de toneladas, ainda assim o mês encerraria a 22% maior que o mesmo período do ano passado, que foi de 6,72 milhões de toneladas.
- Exportações norte-americanas. As vendas líquidas semanais tiveram um aumento de 53% em relação à semana anterior, de acordo com o USDA. Esse ritmo aquecido poderá prevalecer nesta semana, principalmente com a presença do México nas compras.
- Plantio na Argentina. De acordo com a Bolsa de Cereales, o plantio de milho alcançou 22% da área projetada, contra 31% da média dos últimos anos. Apenas 15% das lavouras estão classificadas como boas ou excelentes.
A demanda internacional pelo milho brasileiro continuará ditando o ritmo das cotações, portanto, poderá ser uma semana de VALORIZAÇÃO DAS COTAÇÕES
–
Comunicação, Conteúdo e Serviços | Grão Direto