Com a automação é possível obter uniformidade no desenvolvimento da lavoura, distribuição efetiva de sementes e adubo, além de distância adequada no plantio
A semeadura das culturas de inverno passa por variações em cada região onde elas acontecem, conforme condições de solo, clima e manejo agrícola. Porém, há algo em comum entre os cultivos, seja de trigo, aveia ou plantas de cobertura, que são os cuidados com a plantabilidade, os quais vão fazer diferença na produtividade final. Um dos desafios do produtor rural está em alcançar a uniformidade ideal na linha de plantio para que a lavoura consiga emergir com qualidade da melhor forma possível.
Em boa parte dos estados, especialmente no Sul do Brasil, os cultivos de inverno começaram no mês de abril e alguns estão por iniciar ainda em maio e seguem até meados de julho. Portanto, neste momento, devem ser feitos os ajustes necessários na semeadora, ou seja, tudo que precisa ser verificado no implemento antes de iniciar os trabalhos. Há alguns fatores que devem receber a atenção, de acordo com Afonso Leonardo Musscopp, analista de desenvolvimento de produto da FertiSystem, empresa gaúcha de tecnologia para plantio e dosadores de fertilizantes.
O primeiro deles é verificar se todas as linhas da semeadora estão na mesma profundidade, garantindo assim a uniformidade na hora do plantio. Outro é verificar o estado das rodas limitadoras que controlam a profundidade para que o estande de plantas não seja prejudicado e elas possam emergir no mesmo momento.
Com relação ao estande ideal, também é imprescindível, conforme o analista, a calibração do dosador de sementes. “Esse ponto é muito importante, pois se depositar menos sementes do que o ideal haverá problema na produção, assim como um número além do necessário também pode gerar competitividade e acamamento”, ressalta. Para se ter como exemplo, na cultura do trigo a média ideal de um arranjo de plantas varia entre 300 a 330 m² e para a semeadura da aveia, o arranjo correto deve ser de 200 a 250 m².
Já com relação à pressão das molas da linha da semeadora, é necessário verificar se estão todas na mesma pressão para que a uniformidade também seja mantida em todas as linhas. “Se tiver uniformidade na linha de plantio, as plantas vão emergir da melhor forma possível. Se a planta nasce mal, não tem mais como melhorar, a partir daí só vai reduzir e a produtividade final cair”, acrescenta o profissional da FertiSystem.
Automação do plantio – Há muito tempo, as máquinas vêm contribuindo para que o produtor rural consiga se manter ativo e com potencial para se sustentar no mercado moderno. A tecnologia possível nos implementos contribui com a agilidade de inúmeras etapas da atividade, entre elas a do plantio. A uniformidade no desenvolvimento da lavoura, a distribuição efetiva de sementes e adubo, através da plantabilidade, a distância adequada entre elas e a sua profundidade estão hoje totalmente relacionadas à automação eletroeletrônica. Isso garante a qualidade final do stand de plantas.
Ferramentas – A FertiSystem possui um portfólio completo de soluções e sistemas de controles eletrônicos, através de motores elétricos agrícolas para o plantio que facilitam a calibração, fazendo com que a quantidade ideal de sementes e fertilizantes seja depositada com controle efetivo do número de sementes por metro linear. Entre os produtos de destaque estão o IsoPlanter64, o controlador VRA PRO, o sistema TXF MB e o FertiSystem Auto-lub AP NG, todos dentro da aplicação eletrônica.
“Hoje temos um grande problema na lavoura que é a dependência do rodado de acionamento, onde os dosadores de fertilizantes e de sementes não conseguem acompanhar a velocidade real de plantio, que pode variar em até 27% a quantidade delas, quando submetidas a diferentes velocidades. Por exemplo, no trigo, ocorre a diminuição expressiva na população final de plantas em relação à velocidade de deslocamento da semeadora, que é realizada por sistemas mecânicos com a utilização de correntes e engrenagens”, pontua Musscopp.
Além disso, os produtos da FertiSystem foram desenvolvidos para resolver esse tipo de dificuldade, através de sistemas eletroeletrônicos com a dosagem precisa, determinando mínimas variações, mantendo constante o número de sementes prescritas por metro quadrado. “Isso tudo, independente das variações de velocidade de deslocamento da semeadora. Atuam com a abertura completa dos rotores helicoidais, determinando a deposição uniforme das sementes por metro linear e permitindo ilimitadas variações de população delas por hectare semeado”, reforça o especialista.
O IsoPlanter64 é indicado para todas as culturas de sementes graúdas e finas e leva em consideração os principais conceitos da Agricultura de Precisão. Possui controle de desligamento linha-a-linha, taxa variável e compensação em curvas. É controlado através do próprio monitor original do trator, desde que a comunicação seja pela norma Isobus (ISO 11783). O sistema é o único do mercado que pode controlar e fazer seções de mais de uma linha de plantio.
Já o TXF MB (Taxa Fixa Mobile) é o sistema de controle de aplicação de fertilizantes por meio de smartphone ou tablet. Através dele, a dosagem e deposição do adubo no solo é mais precisa e há real controle do que acontece com o implemento durante a atividade. A ferramenta é simples de operar, acessível a todos os produtores e desenvolvida para ser utilizada em adubadoras, semeadoras, cultivadores ou sulcadores.
O Auto-Lub é um dosador de adubo que garante e a uniformidade, alta durabilidade, fácil manutenção e precisão na deposição dos fertilizantes ao longo da linha de plantio, além de oferecer a dose certa no local certo. “Quando não se usa o sistema de controle eletrônico através de motores elétricos, não se alcança a taxa desejada, seja de adubo ou de semente, porque as semeadoras ou adubadoras trabalham com engrenagens de regulagem específica onde não se é possível escolher a dosagem pretendida”, finaliza o especialista da FertiSystem.
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