Durante o simpósio de tecnologias em Goiás, agricultores conhecem em primeira mão os mais novos lançamentos da Harvest Agro, o Xiflon e tecnologia Asgard Impact. A novidade, que ajuda na translocação dos nutrientes dentro das plantas contribui também para um aumento geral na produtividade das culturas de até seis sacas a mais por hectare
Que nutrir a planta traz maior produtividade não é novidade para nenhum produtor. Mas, a nutrição e sua eficiência vão além do ato de simplesmente adubar. É preciso escolher a tecnologia ou solução mais adequada e que proporcione mais benefícios. Hoje o mais comum, por exemplo, é realizar a nutrição foliar principalmente de micronutrientes com quelatos sintéticos, e que tem muito menos a oferecer que os complexos orgânicos.
É importante entender primeiro a importância da quelatização, que segundo o doutor e pesquisador da consultoria Integração Agrícola, Tarcísio Cobucci, é fundamental porque evita que os elementos aplicados reajam com outros elementos. “Esta é uma forma de proteger os nutrientes para quando entrarem em contato com a planta a fim de não perderem o seu efeito”, explica. Essa proteção pode ser feita com quelato sintético ou com aquele dotado de complexo orgânico, que é o que propõem a tecnologia recém lançada pela Harvest Agro, a Xiflon e ainda o fertilizante foliar Argard Impact.
Basicamente são quatro as principais diferenças entre as duas tecnologias apontadas por Cobucci. A primeira delas diz respeito à estabilidade, já que a proteção sintética consegue quelatizar até um índice 6 de pH na planta. “Acima disso seu efeito de proteger o nutriente é comprometido. O ponto importante é que a planta normalmente tem o PH entre 6 e 7 e é aí que esses nutrientes alcançam pouquíssima eficiência, com alta perda dos mesmos”, ressalta. Isso já não acontece com o complexo orgânico.
O segundo ponto é o tamanho da molécula do quelato sintético, que grande, gera dificuldade na absorção pelas culturas, diferentemente do complexo orgânico, que é menor. “A terceira desvantagem do quelato sintético é que ele não consegue se distribuir de forma igualitária, somente pelo xilema que sobe, e não pelo floema que desce”, diz o doutor.
O quarto problema não atinge diretamente o Brasil, mas sim a Europa e os Estados Unidos, e por isso também precisa ser levado em consideração, segundo o especialista. Lá fora esses quelatos sintéticos são proibidos porque essas moléculas não são tão biodegradáveis e acabam contaminando o meio ambiente.
“Estamos realizando diversas pesquisas com a tecnologia Xiflon e é possível verificar um aumento geral na produtividade das culturas com até seis sacas a mais por hectare quando comparado ao sintético. Isso reforça tudo que mencionei acima”, completa Cobucci.
Simpósio esclarece dúvidas – Estas e outras informações pautaram o “Simpósio de Nutrição de Alta Eficiência” realizado pela empresa nesta semana em Jataí-GO com mais de 90 produtores da região. O intuito foi apresentar estratégias modernas para alcançar altos patamares em produtividade. Durante o evento, Cássio Borges da MPB Agro falou sobre a “Eficiência dos produtos indutores de resistência na cultura da soja”.
Já o pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, Adriano Nascente, abordou “Nutrição e mobilidade de nutrientes de 4ª geração”. Após as palestras houve uma mesa-redonda para debater os temas com Borges, Nascente e Cobucci, moderada pelo doutor e sócio da Harvest Agro, Dr Roberto Reis.
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