Aditivos naturais melhoram absorção de nutrientes, digestibilidade, velocidade de crescimento, imunidade e produtividade do peixe mais produzido no Brasil
O uso de aditivos naturais vem contribuindo para a expansão do mercado de tilápia no Brasil. Segundo dados do Anuário 2023 da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), a produção da espécie somou 550.060 toneladas em 2022, o que representou 63,93% do total de peixes cultivados no País. O crescimento foi de 3% ante 2021, acima da média nacional do setor (2,3%). Um dos fatores responsáveis por esse aumento é a biotecnologia à disposição dos produtores, que contam com rações específicas para as diferentes etapas da criação. Essas soluções nutricionais melhoram a conversão alimentar dos peixes, reduzem perdas e aumentam ganhos. “Para os piscicultores potencializarem os resultados, é fundamental a nutrição correta em cada fase do cultivo”, orienta o engenheiro de pesca Lisandro Bauer, coordenador de assistência técnica de aquacultura da Guabi Nutrição e Saúde Animal.
Historicamente, o período que antecede a Páscoa costuma ser um dos mais aquecidos do ano para todo o setor de pescados no Brasil. Mas, para que os peixes atinjam seu desempenho máximo para comercialização na Semana Santa, os produtores investem em melhorias no desempenho do plantel. “Aditivos naturais, como enzimas, potencializam a velocidade de crescimento dos peixes, melhoram a absorção de nutrientes, aumentam a imunidade e ampliam a produtividade”, aponta Bauer. O especialista destaca a importância do fornecimento da ração certa, com formulação e quantidade adequadas para cada etapa, além do tamanho correto da partícula de alimento.
Para os piscicultores que estão no início do ciclo, o coordenador de aquicultura da Guabi recomenda o uso das rações iniciais Guabitech, que contêm formulação ideal para as fases iniciais e contam com alta inclusão de aditivos para garantir a máxima absorção dos nutrientes. Nas fases de recria e terminação, ele indica as linhas Pirá e Pirá Evolution, também com altos níveis de aditivos, elevados níveis de vitaminas e com ótima relação proteína-energia. “A ração extrusada Pirá Evolution melhora muito a absorção de nutrientes e a velocidade de crescimento dos peixes. Isso aumenta a produtividade, pois produz mais carne com a mesma quantidade de ração”, detalha o coordenador. Em vez de gastar 1,5 tonelada de ração para ter 1 tonelada de peixe, é possível produzir 1,1 tonelada de peixe com a mesma 1,5 tonelada de ração, exemplifica.
Em condições ideais, a tilápia leva em torno de 30 semanas para atingir o peso para o abate – ao redor de 1 kg. Para maximizar os resultados, Bauer ressalta que a nutrição correta precisa ser acompanhada do frequente monitoramento da qualidade da água e da temperatura adequada para o desenvolvimento das tilápias. “O peixe é um animal pecilotérmico, cuja temperatura varia de acordo com o meio. A zona de conforto para a tilápia é entre 25 e 30 graus, por isso, em períodos mais quentes, é preciso se atentar para não fornecer muita ração, o que impede o peixe de absorver todos os nutrientes que necessita”, observa. No Sul e Sudeste, devido às questões climáticas, o período de crescimento costuma ser “esticado” além das 30 semanas.
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