De acordo com pesquisa exclusiva encomendada à Kynetec Brasil pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg), que reúne as principais empresas de defensivos agrícolas no Brasil, a praga conhecida como Cigarrinha-do-milho cresceu 177% nos últimos dois anos. Ela foi responsável por perdas significativas de safras anteriores, prejudicando o desenvolvimento das espigas, resultando na doença conhecida como Complexo dos Enfezamentos.

Para Júlio Borges Garcia, presidente do Sindiveg, mesmo neste cenário tão desafiador as tecnologias de proteção de cultivos foram fundamentais para que os produtores agrícolas pudessem manter o alto nível de produtividade. “Os defensivos agrícolas permitem que as plantas cresçam e deem frutos, ao protegê-las do ataque e da proliferação de fungos, bactérias, ácaros, vírus, plantas daninhas, nematóides e insetos considerados pragas ou causadoras de doenças, garantindo alimento saudável à mesa da população”, explica.

O combate a pragas é um dos maiores desafios da agricultura no Brasil, por ser um país tropical (quente e úmido) e um dos únicos a ter mais de uma safra anual. “Além de controlar plantas invasoras, protegem os cultivos e contribuem para o aumento da produtividade com eficiência e segurança dentro de todos os padrões científicos avaliados”, completa Garcia.

No ano passado houve um aumento de 7,3% na área tratada com defensivos agrícolas, que passou de 1,879 milhões de hectares (2021) para 2,016 milhões (2022). Vale lembrar que o conceito de área tratada total (PAT) é o resultado da multiplicação da área cultivada em hectares pelo número de aplicações de defensivos e, ainda, pelo número de produtos formulados em cada uma das aplicações.

“Além da cigarrinha-do-milho, a ferrugem e percevejo (soja), mosca-branca e bicudo (algodão), e mofo branco (feijão) também destacaram-se como os principais inimigos da produtividade na agricultura”, aponta Garcia.

 

Educação rural – Na qualidade de representante da indústria, o Sindiveg desenvolveu uma plataforma de ensino à distância que oferece treinamentos sobre o uso correto e seguro de defensivos agrícolas, totalmente gratuito e em conformidade com o escopo do Programa Aplicador Legal, programa do Ministério da Agricultura que tornará obrigatória da qualificação dos trabalhadores rurais que aplicam defensivos. Foram mais de 30 mil certificados emitidos, contabilizando os produtores treinados por meio da plataforma do Sindiveg e do Senar, parceiro da entidade nesta jornada. “Temos investido na educação do setor, do agricultor, na transmissão de conhecimento.

É desta forma que cooperamos para o crescimento socioeconômico do Brasil, com olhos para a geração de empregos e qualidade de vida das pessoas”, analisa Garcia.

O presidente do Sindiveg destaca que as empresas associadas à entidade também têm desenvolvido atividades importantes voltadas para a convivência harmoniosa entre a apicultura e agricultura, oferecendo assistência técnica, visitas a campo e treinamento específico, por meio do projeto Colmeia Viva. A participação é gratuita e gera certificado de capacitação. Como uma categoria considerada essencial à produção de alimentos, a atuação do Sindiveg tem por propósito oferecer à população, produtos de qualidade e seguros à saúde humana e ao meio ambiente.

Há mais de 80 anos, o Sindiveg, Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal, atua no Brasil representando cerca de 40% do mercado de defensivos agrícolas no país, com suas 27 associadas, e dando voz legalmente à indústria de produtos de defesa vegetal em todo o território nacional. Tendo como propósito a promoção da produção agrícola de forma consciente, com o uso correto dos defensivos, o Sindiveg tem como objetivo apoiar o setor no desenvolvimento de pesquisas e estudos científicos, na promoção do uso consciente de defensivos agrícolas, sempre respeitando as leis, a sociedade e ao meio ambiente.


Máindi