Florestas plantadas são cada vez mais necessárias para estimular a economia
Por Mario Fortunato
O Brasil é destaque mundial quando o assunto é o mercado de florestas plantadas, com uma área total de 7,8 milhões de hectares. Hoje, graças a um sistema de produção sustentável e ao auxílio de tecnologias de alta eficiência, a atividade garante ao país uma receita bruta de R$ 69 bilhões – número que corresponde a 6% do PIB Industrial e ocupa o quarto lugar nas exportações brasileiras.
Mesmo diante de tanta grandiosidade, a tendência é que o país cresça ainda mais nesse segmento. Isso porque, após assinar a ratificação do Acordo do Clima, que sela o compromisso com a baixa emissão de carbonos, o Brasil tem como meta restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares até 2030. O objetivo é incentivar a integração entre culturas, florestas e pecuária em 5 milhões de hectares e cumprir o Código Florestal, garantindo, assim, o desmatamento ilegal zero.
Atualmente, as florestas plantadas são responsáveis por abastecer importantes cadeias produtivas da economia, como construção civil, geração de energia, produção de carvão, papel e celulose e movelaria. Entre eles, o mais estruturado é o setor de papel e celulose, composto por grandes empresas que, na maioria dos casos, possuem condições de fazer a chamada colheita mecanizada, com a utilização de sofisticadas máquinas.
No entanto, mesmo com toda a tecnologia disponível, as motosserras sempre terão um destaque na colheita, especialmente em áreas montanhosas, em propriedades pequenas e em terrenos acidentados, onde as grandes máquinas não conseguem entrar. Nesse sentido, alguns pontos merecem atenção, pois a indústria de equipamentos destinados ao manejo florestal trabalha constantemente para desenvolver ferramentas capazes de garantir a segurança dos operários.
Por conta disso, além dos Equipamentos de Proteção Individual (os EPIs), existem motosserras com sistemas especiais de segurança, que ativam o freio da corrente caso o operador faça um movimento brusco ou uma operação errada. Outra tecnologia disponível é o freio acionado de acordo com a postura – ou seja, se o operador está com punho em uma posição errada, a corrente e o sabre são travados automaticamente.
Os médios e pequenos produtores que atuam nesse segmento também são favorecidos com o avanço das tecnologias. Estão disponíveis no mercado pulverizadores para fazer o controle de pragas, atomizadores para a aplicação de insumos e calcário para a correção de solo e roçadeiras próprias para a desbrota, o que minimiza o esforço físico no trabalho.
Como podemos notar, a atividade está muito bem estruturada no Brasil, trata-se de um setor que gera empregos, garante alta lucratividade e ainda conta com tecnologias de ponta para atender aos diferentes perfis de produtores. Com responsabilidade e respeito às normas ambientais que a atividade exige, certamente o país continuará crescendo e será, cada vez mais, uma referência mundial em produtividade e manejo de florestas plantadas.