Projeto desenvolvido no Polo Regional de Presidente Prudente da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, permite aumentar a produtividade de batata-doce.

Alguns produtores chegam a produzir 17 toneladas por hectare. Na Agrishow 2017, pesquisadores da Apta apresentarão tecnologia de limpeza fitossanitária da planta, que resulta no aumento de produção e renda ao produtor e na oferta de produto ao consumidor. A tecnologia será exposta no espaço Vitrine Tecnológica para Pequenas Propriedades, no estande da Secretaria de Agricultura.

Projeto de pesquisa desenvolvido pela Apta em Presidente Prudente, maior região produtora de batata-doce do Estado, identificou que os maiores entraves na produção eram os problemas fitossanitários, com reflexos negativos na produtividade da cultura. Para ajudar a solucionar os problemas, pesquisadores da Agência começaram a multiplicar ramas de batata-doce a partir de matrizes livres de vírus.

De acordo com a pesquisadora da Apta Sônia Maria Nalesso Marangoni Montes, dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) refletem o ganho de produtividade obtido pelos produtores de batata-doce. Houve incremento de 22% na produtividade da batata-doce em Presidente Prudente, Araçatuba e Sorocaba nos últimos três anos. “Temos observado em alguns produtores selecionados produtividade média de 15 a 17 toneladas por hectare”, afirmou.

No início do projeto, poucos produtores aceitaram testar o material livre do vírus, porém, com os bons resultados, outros se mostraram interessados em também montar um viveiro com matrizes de qualidade fitossanitária. Atualmente, o uso de matrizes livres de vírus está consolidado na região, responsável por 25% da produção paulista de batata-doce.

A Apta mostrará ao público as mudas livres de vírus das cultivares canadense e uruguajana, materiais mais cultivados em Presidente Prudente. A ideia é mostrar ao público a importância de se utilizar plantas com qualidade fitossanitária. Isso resultará em aumento na produção e, consequentemente, melhora na renda.

Como foi feita a pesquisa? –  Para disponibilizar matrizes livres de vírus aos produtores, os pesquisadores da Apta coletaram ramas de variedades de batata-doce plantadas na região de Presidente Prudente e realizaram a cultura de meristema – processo utilizado para a obtenção de plantas livres de vírus. As plantas obtidas em laboratório, denominadas plantas matrizes, foram aclimatadas e cultivadas em viveiros. “As plantas matrizes fornecem ramas que podem ser multiplicadas de maneira rápida em bandejas e são, posteriormente, plantadas no campo para que ocorra a multiplicação”, explicou a pesquisadora.

Antes da pesquisa desenvolvida pela Apta, os produtores adquiriam as ramas a partir de plantas de lavouras comerciais, já em época de colheita, sem considerar as condições de nutrição e sanidade. “Trabalhos como esse mostram a importância da pesquisa científica para o agricultor e a necessidade de a pesquisa estar próxima dos produtores, uma das recomendações do governador Geraldo Alckmin”, afirmou Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.


Por Fernanda Domiciano
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo