Dia de Campo reúne especialistas para traçar cenário do confinamento no Brasil e como o setor sinaliza crescer em 2022

 

Para entender os riscos e as grandes oportunidades na atual conjuntura do sistema intensivo de engorda de bovinos no Brasil, pecuaristas e investidores estarão reunidos em um dia de campo promovido pela MFG Agropecuária, na unidade de Mineiros, no interior do estado de Goiás, no próximo dia 28 de maio. O evento contará com um time de especialistas de peso para trazer luz à questão.

Entre os palestrantes convidados, o analista Alcides de Moura Torres, diretor da Scot Consultoria, destaca que é necessário observar as movimentações da macroeconomia, abalada pela pandemia, câmbio, inflação e guerra entre Rússia e Ucrânia. “Elaborar tendências, nesse momento, deve partir da visão de que pequenas e médias estruturas estarão confinando menos em 2022, assim como já aconteceu no ano passado”, prevê.

Ocorre que uma série de fatores inibem os pequenos e médios confinadores a investir na operação. Uma delas é o alto custo dos insumos, além do dólar “nervoso”, do consumo interno limitado, frente à economia brasileira, com perda de poder aquisitivo dos trabalhadores, e às demandas crescentes do mercado internacional. Na verdade, falamos de uma balança difícil de equilibrar, mas uma grande oportunidade de mercado.

Apesar da situação ser semelhante à de 2021, é importante reforçar que um levantamento realizado recentemente por uma importante indústria de nutrição animal do País, em parceria com o Cepea/USP, apontou um crescimento de 2% no número de cabeças confinadas no período. Trocando em miúdos, mesmo os pequenos e médios pecuaristas conseguirão confinar, principalmente com ajuda dos sistemas de parcerias de engorda.

“Embora seja preciso avaliar caso a caso, predominantemente, os criadores necessitam desovar sua produção e liberar a sequente pressão anual sobre as pastagens no período seco. Logo, esses rebanhos, para continuarem operando na ponta de sua produtividade, serão direcionados para as estruturas mais bem preparadas de confinamento; aquelas com maior poder de negociação sobre uma série de exigências”, avalia Vanderlei Finger, gerente geral de Compra de Gado da MFG Agropecuária, um especialista que percebe um mercado crescente e bom pagador pela boa carne: – “O pecuarista não vai trabalhar seu caixa com um produto desvalorizado”!

Vantagens econômicas na operação são alguns dos benefícios gerados ao se aproveitar da escala dos confinamentos de grande porte. Por este motivo, eles surgem como reflexo da profissionalização do setor e da importância do seu papel na produção eficiente de proteína vermelha. No Brasil, essa tendência vem se confirmando ano a ano.

“De 2019 para 2021, nós quase triplicamos o número de animais confinados e devemos inaugurar pelo menos mais uma unidade em 2022. Com isso, esperamos fechar o ano com 270 mil cabeças confinadas”, estima Finger. Outra boa notícia para o primeiro ciclo de confinamento é o preço do bezerro caindo nos últimos dois meses, facilitando a reposição do rebanho.

 

Programação do dia de campo – Logo na abertura, o anfitrião Arnaldo Eijsink, CEO da MFG e da Agropecuária Jacarezinho, dará boas-vindas. Na sequência, Alcides Torres, entra com sua palestra “Rumo do confinamento e da pecuária brasileira em 2022. Depois será a vez de Kellen Severo, jornalista especializada em agronegócio e apresentadora da Jovem Pan News, tratar da “Economia e agronegócios: o que vem por aí”?

Vanderlei Finger terá a oportunidade de apresentar as “Modalidades de parcerias e condições comerciais”, para os interessados em integrar o sistema exclusivo, proposto pela MFG. Já André Campanini e Júlia Monteiro Cunha, gerente técnico e veterinária da agropecuária, respectivamente, encerrarão a programação técnica com dinâmicas de campo. Uma das grandes atrações do evento será a apresentação da genética selecionada pela Agropecuária Jacarezinho (AJ), trabalhada há quase três décadas com foco em oferecer reprodutores Nelore CEIP de alta performance.

O criatório é o principal provedor de touros do Brasil, com mais de 2 mil cabeças comercializadas em 2021. Os visitantes ainda terão a oportunidade de conhecer os produtos Organics e a própria estrutura da MFG.

 

Crescimento acelerado – Com estruturas instaladas em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e prestes a inaugurar unidade no Rio Grande do Sul, a MFG Agropecuária confinou, em 2019, 78,6 mil bovinos, número que, em 2021, superou os 220 mil. A empresa espera terminar o ano com 270 mil cabeças no cocho e projeta 350 mil para 2023.

Em média, 85% desses animais pertencem a pecuaristas parceiros. O sistema permite aliviar as pastagens, aumentar a taxa de lotação anual das propriedades, incrementar a taxa de desfrute, melhorar o fluxo de caixa, antecipar receitas, produzir mais arrobas por hectare, otimizar a recria, reduzir custo operacional e fugir do efeito “boi sanfona”.

“Estamos propondo ser uma extensão da fazenda dos nossos parceiros, em uma espécie de simbiose virtuosa e produtiva, na qual buscamos melhorar a rentabilidade dos pecuaristas, assumindo a terminação de seus animais”, conclui o gerente geral de Compra de Gado da MFG.


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