Auditoria teve o objetivo de garantir e manter o status fitossanitário do produto até o mercado consumidor.

Uma equipe de auditores fiscais do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizou, de 3 a 7 de abril, auditoria no Sistema de Mitigação de Risco (SMR) para a doença da sigatoka negra da bananeira no Vale do Ribeira com o objetivo de garantir e manter o status fitossanitário do produto até o mercado consumidor.

Além de verificar o cumprimento das práticas de manejo descritas na Instrução Normativa n° 17, de 31 de maio de 2005, foram observadas as medidas de tratos culturais, principalmente no monitoramento das pragas, com a aplicação de fungicida, baseada no resultado do monitoramento.

O Vale do Ribeira tem, atualmente, 100 unidades produtivas cadastradas por adesão voluntária ao SMR e aproximadamente 90 casas de embalagens. As áreas produtivas têm em torno de 15 a 300 ha com cultivo de bananas do grupo Cavendish (nanica e nanicão) e prata.

“Temos observado um processo de renovação gradual dos bananais, principalmente os do grupo prata, por variedades mais tolerantes à sigatoka negra e ao mal do Panamá, assim como uma redução no uso de herbicidas”, disse o engenheiro agrônomo da Secretaria, Gilmar Gilberto Alves, que é profundo conhecedor do SMR adotado na região do Escritório de Defesa Agropecuária (EDA) de Registro, onde ele atua.

Luciano Seidi Chinen, também engenheiro agrônomo do EDA informou que foram inspecionadas, in loco, 12 propriedades escolhidas aleatoriamente, situadas nos municípios de Cajati, Registro e Sete Barras.

Sistema de Mitigação de Risco (SMR) –  O estado de São Paulo é referência na implantação do sistema de mitigação de risco (SMR) para a sigatoka negra visando minimizar a disseminação da praga e viabilizar o comércio interno e a exportação, com resultados positivos.

O SMR, de adesão voluntária, foi implantado no Estado em junho de 2005. É a integração de diferentes medidas de manejo de risco de pragas pelos produtores, normatizadas por legislação específica, para atingir o nível apropriado de segurança fitossanitária medidas de controle do trânsito e do comércio de partes de plantas de bananeira.

Sigatoka Negra –  É uma doença causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis, originária das Ilhas Fiji (no Pacífico) e identificada em 1998 nos municípios amazonenses de Benjamin Constant e Tabatinga, de onde se espalhou para as outras regiões brasileiras. No estado de São Paulo foi constatada nos bananais do município de Miracatu, região do Vale do Ribeira em meados de junho de 2004 e após levantamento foi constatada em todas as regiões do Estado.

O fungo é levado pelo vento, chuva ou transporte da fruta, tem alta capacidade de disseminação. Se não controlada, mata a planta rapidamente trazendo enormes prejuízos econômicos. A doença não contamina o fruto, portanto não é prejudicial à saúde humana.

Por Teresa Paranhos


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