Banco Mundial avalia que a gestão do projeto teve seu melhor desempenho no primeiro trimestre de 2017
Em missão no Brasil para avaliar os resultados do Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável – Microbacias II – Acesso ao Mercado Banco Mundial, do Governo do Estado de São Paulo, representantes do Banco Mundial avaliaram que a gestão do projeto teve seu melhor desempenho no primeiro trimestre de 2017 em relação a todo o período de desenvolvimento do Projeto, ressaltando que a iniciativa é importante para o órgão internacional por ser um trabalho conjunto entre a agricultura e o meio ambiente.
“O aspecto ambiental é muito importante para o Banco e, neste projeto, está presente não só no apoio ao produtor rural, mas inclusive na reparação de trechos críticos das estradas rurais, porque reduz a erosão do solo”, explicou o representante do Banco, Maurizio Guadagni, em reunião realizada no dia 13 de abril com o secretário Arnaldo Jardim, o titular da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), João Brunelli Junior, executivos e técnicos das Pastas Estaduais.
Os representantes da missão estão em São Paulo para visitar associações e cooperativas beneficiadas pelo Projeto e avaliar o impacto das ações nas organizações. Paralelamente, por meio de sua Unidade de Avaliação de Impacto (Dime), está realizando a análise do impacto econômico, por meio da aplicação de questionários junto aos produtores rurais. O Microbacias II conta com um empréstimo de US$ 78 milhões do Banco, com contrapartida de US$ 52 milhões do governo estadual, totalizando US$ 134 milhões em investimentos e já beneficiou mais de 300 organizações desde 2010.
De acordo com Guadagni, novas iniciativas de apoio ao produtor rural podem ser viabilizadas após a conclusão da sexta chamada, com recursos de doações intermediadas por fundos como o Global Environment Facility (GEF) e Green Climate Fund (GCF). “Buscar essa harmonia é o diferencial do Estado de São Paulo, o que não encontramos em outro lugar”, reforçou Maria Isabel Braga, integrante da missão do Banco Mundial.
O secretário Arnaldo Jardim mostrou satisfação com a avaliação positiva do Banco e enfatizou que a questão ambiental é uma prioridade do governo paulista. “Harmonizar a produção agropecuária com o meio ambiente é uma orientação do governador Geraldo Alckmin”.
Além da avaliação dos resultados, o encontro propiciou a discussão de novas propostas com o horizonte de finalização em setembro contando com o comprometimento dos recursos e da equipe, mas também um pedido de prorrogação do prazo de execução dos projetos. “Em um ambiente em que a economia começa a apresentar sinais de recuperação, este é um estímulo para as associações empreenderem, por isso estamos tomando todas as providências para agilizar o financiamento da contrapartida dos 30% dos produtores junto ao Banco do Brasil, simplificando questões de análise”, explicou Brunelli.
Para o titular da Cati, o desafio é executar os recursos do Estado e do Banco previstos no orçamento deste ano. “A ação será intensificada para formalizar o maior número possível de convênios com os municípios para recuperar as estradas rurais, reformar as Casas da Agricultura e fortalecer infraestrutura de bens e equipamentos de informática, para modernizar o atendimento”, finalizou.
Participaram da reunião, ainda, pela Pasta da Agricultura, o secretário-adjunto Rubens Rizek Jr., o assessor Osvaldo de Carvalho e o gerente técnico do Microbacias II, Vivaldo Viganó; pela Pasta do Meio Ambiente, Antonio Vagner, Ana Lucia Seabra, Luiza Saito, Dulce de Albuquerque e Helena Carroscosa; e pelo Banco Mundial, Katia Medeiros.
- Sobre o Microbacias II
O Programa é do Governo do Estado de São Paulo, executado pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento, por intermédio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), e pela Secretaria do Meio Ambiente, por meio da Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais (CBRN).
Iniciado em 2010 e prorrogado até 2017, o Projeto conta com um empréstimo de US$ 78 milhões assinado com o Banco Mundial, com contrapartida de US$ 52 milhões do governo estadual, totalizando US$ 134 milhões em investimentos. Entre 2011 e 2016, foram realizadas seis chamadas públicas, tendo sido aprovadas 362 propostas de negócio, das quais 300 estão efetivamente implantadas, que beneficiaram 161 associações e 77 cooperativas de produtores rurais.
Entre as propostas, 159 projetos envolvem construção/reforma e há 42 já finalizados, nas mais variadas cadeias produtivas. Também foram aprovados 38 projetos comunitários, sendo 10 projetos de oito comunidades indígenas e 28 projetos de 24 comunidades quilombolas. Além disso, há mais 17 projetos complementares que somam mais R$ 3,6 milhões, dos quais 2,59 milhões são apoiados pelo governo.
Cerca de 10.631 famílias estão sendo beneficiadas.
A principal meta do Microbacias II é tornar as associações e cooperativas rurais, em sua grande maioria compostas de agricultores familiares, proativas e capazes de gerar inúmeros empregos e renda adicional à atividade agropecuária, por meio da inserção no mercado, comercializando diretamente com os consumidores finais produtos com maior valor agregado.
Por: Paloma Minke
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