Uso de tecnologia é fundamental na hora de cruzar informações e definir o melhor frete de acordo com a necessidade dos embarcadores.
O preço-base do frete subiu cerca de 5,9% em outubro de 2021, segundo anúncio feito pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Segundo a Agência, o reajuste foi diretamente influenciado pelos aumentos constantes do diesel.
Porém, existem muitos outros fatores que influenciam no valor do frete, e cabe ao embarcador ter na “ponta do lápis” todas essas variáveis na hora de fechar um frete, pois um cálculo equivocado pode gerar prejuízos e perdas significativas para a empresa.
Do que é composto o valor do frete? – As variáveis que compõem o valor final do frete estão relacionadas a questões pertinentes à operação de transporte, como: tipos de frete das transportadoras, tipos de carga, taxas e tributos, entre outros. Por envolver tantos fatores, o cálculo do frete pode ser uma tarefa um tanto complexa.
Entre os tipos de frete, existe o Frete direto, é feito entre a empresa contratante e a transportadora e a mercadoria vai do remetente ao destino final. No Frete por subcontratação, a transportadora repassa o frete a outras empresas e gerencia toda a logística da entrega. Já no Frete por redespacho, a retirada do volume é feita na empresa contratante.
Quanto aos tipos de carga, a Carga fechada ou lotação é a carga com um alto volume que ocupa todo o espaço do caminhão. A Carga fracionada, em contrapartida, trata-se do transporte de pequenas quantidades de mercadorias variadas com um número também variável de destinatários.
Fechando as “modalidades de frete”, existe o Frete FOB ou “livre a bordo”, que indica que a responsabilidade do vendedor para com a carga termina no ato do despacho e os riscos da entrega são assumidos pelo comprador, enquanto o Frete CIF, ou Custo, Seguro e Frete, é a modalidade em que os custos operacionais do transporte ficam por conta do fornecedor.
Taxas e tributos – Outro ponto fundamental no cálculo do frete diz respeito às taxas e tributos, que podem variar de acordo com o tipo de carga.
Entre as principais estão o Gerenciamento de Risco e Segurança (GRIS), que cobre os gastos com as medidas de combate ao roubo de carga e varia segundo o que está sendo transportado (normalmente alimentos e eletrônicos têm maior risco) e o local, segundo a periculosidade.
Já o Frete Valor cobre os custos obrigatórios de RCTR (Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga), além das eventuais despesas como extravios, avarias, violações e greves; enquanto o Frete Peso é uma tarifa calculada com base no peso da carga.
Não podemos esquecer dos Pedágios, que são cobrados por eixo utilizado e variam de rodovia para rodovia. Outras variáveis como preço do combustível, manutenção, pneus, documentação também influenciam no preço do frete.
Como descomplicar os cálculos? – Depois de tantas variáveis, realmente parece impossível calcular o preço do frete de maneira precisa e rentável. A ANTT até criou em 2018 uma tabela que visa facilitar esse cálculo, mas a tarefa não é simples.
“Por esta razão, os embarcadores devem investir em tecnologia. Imagina repetir diariamente todos esses cálculos e ainda ter que levar em consideração os constantes aumentos nos preços? É impraticável”, diz Rodrigo Fávero, CEO da Everlog, empresa que desenvolveu um sistema para cotação de fretes que automaticamente cruza todas as informações citadas acima e entrega ao embarcador o melhor preço do frete para determinado cliente.
O sistema permite, inclusive, realizar uma simulação do frete, o que dá ao gestor ampla visão do passo a passo de todo o processo e permite realizar a melhor escolha. Além disso, a etapa de comparar as opções em formato de BID de fretes (prática que consiste em reunir algumas transportadoras em um leilão de operadores logísticos, visando entender qual oferece o melhor custo-benefício), por exemplo, é automática e se baseia nos critérios do embarcador.
Assim, com uma melhor tomada de decisão, é possível reduzir os custos e garantir mais lucro para a empresa no processo de logística. O mercado de logística tem cada vez mais assimilado as inovações tecnológicas e as empresas que não se adequarem certamente ficarão para trás.
–
Engenharia de Comunicação
(41) 3104-7766 | engenhariadecomunicacao.com