Só no 1º semestre 46,6 mil toneladas de pães industrializados atingiram o mundo; os dados apontam quais os principais destinos e perspectivas de mercado
16 de outubro é o Dia Mundial do Pão. A categoria de pães industrializados (pão de forma, pão de hambúguer; hot dog, bisnaguinha, torradas, entre outros alimentos), está presente em 89,4% dos lares brasileiros e ganhou popularidade devido aos atributos de praticidade, saudabilidade e conveniência.
Não é só no Brasil que o pão é bem consumido, a categoria alcançou o número de USD 39,5 milhões em exportações no 1º semestre de 2021. No total, houve 34% de crescimento em valor frente a 2020, representando um aumento em volume de 50% no mesmo período, somando pouco mais de 46 mil toneladas de produtos vendidos ao exterior, na comparação com o comercializado em igual período do ano passado (janeiro a junho).
O resultado é consequência do trabalho desenvolvido pelos empresários do setor em conjunto ao projeto setorial de fomento às exportações Brazilian Biscuits, Pasta and Industrialized Breads & Cakes, mantido pela Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI), em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), que há 20 anos busca oportunidades que aproximem as empresas do segmento de seus clientes e potenciais parceiros no exterior.
A categoria registra seu melhor desempenho comparado aos últimos cinco anos. O resultado se deve pincipalmente ao aumento das exportações das misturas para pães e bolos, que representam mais de 70% das vendas ao exterior. Entre os 10 principais destinos, destaca-se 6 países que registraram aumento em suas importações de produtos brasileiros tanto em valor quanto em volume. Os mais expressivos sendo a Venezuela (acima de 50%) e Chile (acima de 190%).
De acordo com Claudio Zanão, presidente-executivo da ABIMAPI, apesar do cenário de instabilidade, com a pandemia e a atual situação econômica do país, além dos fortes impactos da crise no transporte marítimo global e a alta do preço da farinha, a desvalorização do real refletiu favoravelmente nas exportações da categoria de pães.
“Nossa indústria é bastante competitiva no mercado internacional, favorecida pelo forte mercado doméstico posicionado como o 10º maior do mundo. Temos volume que garante abastecimento constante aos compradores em mais de 100 destinos anualmente. Os estrangeiros sabem que os pães brasileiros têm marcas que variedade de oferta, o que propicia o alcance de nossas empresas nos mais diferentes mercados, desde os países do Mercosul, nossos principais parceiros na categoria, até países do Oriente Médio como Iêmen, Omã, Líbia e Arábia Saudita”, ressalta Claudio Zanão.
Até o final deste ano, a ABIMAPI espera um crescimento médio de 15% e 10%, respectivamente em valor e volume, a depender da estabilidade tanto cambial, quanto da logística com regularização de embarques e redução dos custos de frete internacional especialmente no transporte marítimo.
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Imprensa ABIMAPI