Segundo a Fundecitrus, a doença está presente em 17,26% das árvores do cinturão citrícola, correspondendo a 34 milhões de plantas – índice 15% superior ao registrado em 2019
Com as previsões climáticas adversas, devido à seca e às altas temperaturas no cinturão citrícola do Brasil – São Paulo e Triângulo Mineiro – a última estimativa do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) já indica uma quebra da safra de laranja 2020/2021, prevendo uma redução de 30% na produção, comparada à temporada passada, que totalizou 269,36 milhões de caixas de 40,8 kg. Diante deste cenário, os citricultores precisam estar atentos ao manejo de pragas e doenças nas lavouras para evitar ainda mais perdas de produtividade, como a incidência do cancro cítrico (Xanthomonas citri), que tem ganhado relevância nas últimas safras.
De acordo com a Fundecitrus, a doença está presente em 17,26% das árvores do cinturão, correspondendo a 34 milhões de plantas – índice 15% superior ao registrado em 2019. Para o Gerente de Ativação de Experiência ao Cliente da divisão agrícola da Bayer, Ricardo Baldassari, o momento de clima instável pode contextualizar um cenário de maior dificuldade de controle da doença, que pode causar perdas de até 1/3 da produção. “Os danos ocorrem no início do desenvolvimento dos frutos, depreciando a sua qualidade e o prejuízo é contabilizado na colheita”.
Os sintomas são visíveis também nas folhas das árvores entre duas e cinco semanas após a infecção pela bactéria, com lesões características. As principais consequências da doença são: desfolha e queda prematura de fruto – podendo atingir até 80% dos pomares, em casos mais severos. “Isso tudo compromete o desenvolvimento do cultivo, pois a perda de folhas afeta a área fotossintética da planta, reduzindo a produção de compostos orgânicos importantes para a produtividade adequada com a qualidade desejada. Ou seja, sem o manejo adequado, a doença acaba influenciando a colheita e depreciando as frutas na hora da comercialização”, completa Baldassari.
Para o controle é importante a aquisição de mudas sadias, certificadas e livres do patógeno. A inspeção dos pomares deve ser constante, para que possam ser tomadas medidas de controle o mais breve possível. “O objetivo principal do manejo é a proteção dos frutos, para isso, um conjunto de ações devem ser adotadas a fim de evitar o impacto da doença, como: o uso combinado de fungicidas a base de cobre e biológicos, que tem se mostrado uma excelente opção, além da implantação de quebra-ventos (barreira fixa para evitar a disseminação da bactéria), controle de insetos que facilitem a transmissão e o plantio de variedades menos suscetíveis”, reforça o especialista.
Opção de controle do cancro cítrico – Para ajudar o citricultor a lidar com este problema, a Bayer oferece soluções que permitem fazer um manejo inteligente do cancro cítrico, como fungicida bactericida microbiologico Serenade®.
A solução biológica possui múltiplos modos de ação. De maneira que, com a aplicação de Serenade®, os lipopeptídeos produzidos pelo Bacillus subtilis QST713 passam a atuar na membrana celular das estruturas reprodutivas da bactéria, provocando sua deformação e produzindo rupturas. O Bacillus subtilis também age por competição de espaço e nutrientes na superfície vegetal da planta e no solo junto ao sistema radicular.
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