Adepta às inovações que aumentam a produtividade e tornam a gestão mais eficiente, Luciane Rheinheimer comanda produções de soja, milho, trigo e aveia em Carazinho (RS)

Uma das vencedoras do Prêmio Mulheres do Agro, na categoria média propriedade, em 2019, a engenheira agrônoma, Luciane Rheinheimer, realiza a gestão da fazenda de sua família desde 2001, quando assumiu os negócios ao lado de sua mãe e duas irmãs. Produtora de soja, milho, trigo e aveia, além de manter uma área destinada à pecuária bovina, no município gaúcho de Carazinho, a agricultora é apaixonada pelo setor desde pequena “Sempre segui os passos dos meus pais na lavoura. Tanto que, em 1996, eu já estava me formando em agronomia e começava a carreira como assistente-técnica de campo em uma cooperativa agroindustrial”, comenta.

Anos mais tarde, com a repentina morte de seu pai, Luciane teve que assumir a propriedade da família. Com esse novo desafio em vista veio a oportunidade de colocar em prática as análises herdadas do período de trabalho no mercado. “Conheci muitos produtores, profissionais da área e diferentes métodos de trabalho, por isso fui levando os aprendizados para dentro da minha fazenda. Com este conhecimento, percebi que, em muitas ocasiões, eu poderia olhar de uma maneira diferente para o planejamento, a organização e a administração da produção”, completa Luciane.

Adepta às novas tecnologias que aumentam a produtividade e que tornam a gestão mais eficiente, desde 2009, ela adotou os recursos e as ferramentas da agricultura de precisão em sua fazenda. “Hoje, a tomada de decisão no campo está muito mais fácil – com diagnósticos que nos ajudam nas estratégias de correções de solo, fertilização, plantio, escolha de cultivar e manejos fitossanitários por área. Eu acredito que a maior questão, agora, é trabalhar com uma margem de lucro mais ajustada, fazer com que o negócio cresça, com rentabilidade”, ressalta Rheinheimer.

 

Ser uma mulher do agro – Atualmente, o grande diferencial da agricultora é capacitação de sua equipe, por meio de treinamentos e investimento em inovação. Para Luciane, pessoalmente, o maior desafio foi conquistar respeito e bons resultados, como uma jovem mulher à frente de uma fazenda, com uma visão própria de gestão. “Você precisa erguer a cabeça e ir em frente. Com informação, conhecimento e segurança do que se está fazendo, você faz”, reforça Luciane.

Segundo a produtora, hoje, o espaço das mulheres no agro está aumentando “Eu acredito que a dedicação, aliada a técnica, faz a diferença. Sem dúvida, trabalhamos de igual para igual”. Mãe de duas meninas, Luciane ainda completa “sinto que minhas filhas ficam orgulhosas e felizes em ver a mãe fazendo o que gosta. Elas ainda são muito jovens e vão seguir as profissões de suas preferências, mas elas sempre me acompanham em tudo”.

Este ano, Rheinheimer também tem um papel fundamental no Prêmio Mulheres do Agro 2020, por ser uma das embaixadoras da premiação: estimular a participação de outras produtoras rurais na premiação, dando voz aos trabalhos sustentáveis que as gestoras de fazendas estão desenvolvendo no campo. A terceira edição da iniciativa está com inscrições abertas até o dia 15 de setembro no site www.premiomulheresdoagro.com.br.

O Prêmio Mulheres do Agro é uma iniciativa idealizada, em 2018, pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e pela Bayer, para valorizar a importância do trabalho realizado pelas produtoras rurais, incentivando cada vez mais a gestão inovadora de mulheres no setor. O prêmio tem como tema Gestão Inovadora e reconhece empreendedoras rurais de pequenas, médias e grandes propriedades que seguem boas práticas agropecuárias e gestão sustentável com foco nos pilares econômico, social e ambiental como: uso racional de recursos naturais, aumento da eficiência da produção com gestão inovadora, projetos que permitam o desenvolvimento social da comunidade ou colaboradores da propriedade, bem-estar animal e valorização do capital humano.


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