Modelo é visto como essencial para uma sociedade mais justa e sustentável e tem importância reforçada durante as crises
Desde 1982, o suinocultor Wilant van den Boogaard faz parte de um modelo de trabalho que está espalhado nos mais variados setores da economia: o cooperativismo. E, na visão do produtor, é nos momentos de crise que o sistema reforça a sua importância. Não foi diferente com a pandemia da Covid-19. “A crise afetou a economia e isso refletiu na cooperativa, mas a nossa produção continua, mesmo com a situação comercial do país. Nós não temos uma perspectiva de redução, e isso é uma vantagem do modelo, que nos dá essa garantia independente do que acontece no mercado”, ressalta.
Com uma média de entrega de 12 mil suínos por ano, Wilant fornece toda a produção para a Alegra, indústria de alimentos de origem suína nos Campos Gerais do Paraná, formada formada pela união das cooperativas de origem holandesa, Castrolanda, Frísia (da qual Wilant faz parte) e Capal. Para ele, o formato traz segurança e garantias para o produtor. “Eu defendo o modelo sempre, pois nele temos uma divisão de valores e tentamos sempre equalizar, para que todos tenham o mesmo rendimento. E isso é uma garantia também, já que todo cooperado tem a possibilidade de entregar o produto e, da mesma forma, tem a segurança para comprar os seus insumos”, explica.
As três cooperativas paranaenses fazem parte da Unium, instituição que segue o modelo de intercooperação no estado do Paraná. Nos investimentos, a cooperativa entra com 60% e o cooperado com 40% e a garantia de participação nos resultados. Iniciado em 2010, o formato já apresentou resultados significativos, como: 5 mil famílias cooperadas; 3,4 milhões de litros de leite processados por dia; 115 mil toneladas de grãos moídos por dia; 3,2 mil suínos abatidos por dia e 1,8 mil toneladas deproduto acabado por mês.
Para a Organização das Nações Unidas, o cooperativismo é uma ferramenta essencial para construir uma sociedade mais justa e sustentável. Para a ONU, uma cooperativa tem o poder de disseminar os valores desse modelo de negócio e o resultado disso é o fortalecimento dos direitos humanos em todos os níveis.
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Em 2017, a marca conquistou o reconhecimento internacional quanto às Práticas de Bem- estar Animal no abate, tornando-se a primeira planta brasileira a receber essa certificação em bem-estar suíno, pela WQS.
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