Num momento em que a segurança dos alimentos ganha ainda mais relevância, a rastreabilidade se fortalece como um processo eficiente para os agricultores cumprirem com a legislação vigente, levando informações precisas aos consumidores, além de otimizar o controle da produção. A constatação é de Giampaolo Buso, diretor da PariPassu, empresa de tecnologia e solução para rastreabilidade e qualidade de alimentos, integrante do GenesisGroup.
Segundo Giampaolo, pesquisas recentes reafirmam que os consumidores mantém o interesse sobre a origem do alimento que levam para casa. “Os produtores que oferecem alimentos com controle e informação da origem têm potencialmente as melhores oportunidades de mercado. Além do mercado apontar nessa direção, até o Ministério Público já exige essa informação de origem na ponta da cadeia produtiva”, explica.
Como base para os registros de controle, 3 informações são fundamentais: data do plantio, data dos manejos realizados nas lavouras e data da colheita.
O hábito de registrar as atividades da propriedade, representa um ganho, no caminho da Gestão da Atividade. Giampaolo Buso relata casos de fornecedores de frutas e verduras que, a partir do melhor controle do passo a passo da produção, reduziram as aplicações de defensivos químicos e aumentaram a utilização de produtos biológicos. “Muitos também relatam melhoria no índice de devolução do varejo após adotarem a rastreabilidade”.
“A rastreabilidade das cadeias produtivas está diretamente ligada à organização e registro de informações. Com os dados da produção em mãos, os agricultores podem definir a área de plantio, o padrão, a época e ter mais clareza sobre uma previsão de receita. É uma coleta de dados simples, que pode ser feita até em um papel. Simples, porém, imprescindível”, reforça o diretor da Paripassu.
De acordo com Giampaolo Buso, existe uma evolução do número de produtores rurais que se conscientizam sobre a relevância da rastreabilidade, por entender que esse processo proporciona um nível de controle mais saudável da produção. “A demanda por alimentos seguros, produzidos em condições de respeito ao ambiente e as pessoas é crescente. A legislação para o setor agrícola também é rígida. Neste contexto, a criação de marcas exigem mais responsabilidade com a entrega. Portanto, existe, ao que tudo indica, um processo evolutivo de qualidade entre produção, distribuição, comercialização e consumo. É uma equação interessante e positiva em um momento de tantos desafios”, finaliza.
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