O nível de adoção tecnológica de cafeicultores brasileiros foi aferido por meio de pesquisa da safra cafeeira 2019, a qual foi realizada com cafeicultores dos seis principais estados produtores de café, por ordem decrescente: Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rondônia e Paraná. O estudo aplicou questionário presencial e analisou estatisticamente as respostas de 296 cafeicultores sobre o perfil fundiário, desempenho da produção e da qualidade, tecnologia de colheita e pós-colheita e comercialização.
Tendo em vista a proximidade da colheita do café, que deverá se iniciar nas próximas semanas, predominantemente a partir de maio, de acordo com as condições de cada lavoura nas regiões produtoras e a importância dos cuidados nessa etapa da lavoura, vale destacar os resultados da pesquisa sobre os diferentes métodos utilizados pelos cafeicultores participantes. Tais resultados demonstram que 42% dos produtores indicaram que realizam a derriça manual sem equipamento em suas propriedades, 25% realizam a colheita mecanizada, 23% fazem a colheita com equipamentos acoplados ao corpo e 10% dos respondentes fazem a colheita manual seletiva, na qual selecionam frutos cereja.
De acordo com o relatório da pesquisa, os resultados foram condizentes com as condições topográficas e fundiárias das regiões dos participantes entrevistados. Essas informações, além de muitas outras que permitem caracterizar a cafeicultura brasileira, constam do documento ‘Resultados – Pesquisa Cafeeira – Safra de 2019, o qual foi elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA e pelo portal CaféPoint, com base em pesquisa realizada por essas instituições. O documento está disponível na íntegra no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café.
Práticas pós colheita – Assim, com relação às práticas de pós-colheita do café, a referida Pesquisa aponta que o processo de produção de café natural, no qual o café é seco com a casca, é adotado em 85% das propriedades. O processo de produção do café cereja descascado, que inclui o descascamento dos frutos maduros de café logo após a colheita, é adotado por 14% dos respondentes, e, além disso, 1% dos cafeicultores participantes da pesquisa respondeu que, cumulativamente ao processo de produção do café cereja descascado, também executa técnicas de fermentação em tanques.
No que concerne às tecnologias de secagem, os resultados da pesquisa demonstram que os terreiros de cimento ou asfalto são utilizados pelo maior número de cafeicultores, sendo adotados por 42% dos respondentes. Os secadores mecânicos são utilizados por 34% e as camas africanas (terreiro suspenso) são as tecnologias de secagem de 10% dos produtores entrevistados. O terreiro de chão batido (terra) é utilizado por 9% dos cafeicultores e as estufas no chão e suspensas são utilizadas pelo mesmo percentual de respondentes, 2% cada. Por fim, 1% dos participantes declarou que não se responsabiliza pela secagem do café, sendo essa tarefa executada pelo comprador.
Nesse contexto, deve-se esclarecer que a amostra de respondentes que participaram da pesquisa teve 92% de cafeicultores que cultivam café da espécie arábica (Coffea arabica) e 8% de café conilon (Coffea canephora). Com relação aos estados onde estão localizadas suas lavouras, de acordo com as respostas desses cafeicultores, 69% estão em Minas Gerais, 16% no Espírito Santo, 3% em São Paulo, 1% no Paraná, 1% na Bahia, 1% Rondônia e 9% em outros estados.
Em termos de tamanho de suas propriedades, 70% dos produtores possuem propriedades com menos de vinte hectares, sendo que 35% têm propriedades com menos de cinco hectares. Propriedades entre 21 e 50 hectares correspondem a 16% da amostra e apenas 14% correspondem a propriedades com mais de 50 hectares.
–
Em 2015, passou a investir ainda mais em tecnologia e inovação com a instalação do LABS Climatempo no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP). O LABS atua na pesquisa e no desenvolvimento de soluções para tempo severo, energias renováveis (eólica e solar), hidrologia, comercialização e geração de energia, navegação interior, oceanografia e cidades inteligentes. Principal empresa de consultoria meteorológica do país, em 2019 a Climatempo uniu forças com a norueguesa StormGeo, líder global em inteligência meteorológica e soluções para suporte à decisão.
A fusão estratégica dá à Climatempo acesso a novos produtos e sistemas que irão fortalecer ainda mais suas competências e alcance, incluindo soluções focadas nos setores de serviços de energia renovável. O Grupo segue presidido pelo meteorologista Carlos Magno que, com mais de 35 anos de carreira, foi um dos primeiros comunicadores da profissão no país.
–
Assessoria de Comunicação da Climatempo
(11) 3736 4501 | climatempo.com.br