Filme apresenta a trajetória de implementação do Programa de Aprendizagem Rural na EFASC, no interior do Rio Grande do Sul, e seus benefícios.

Futuro no campo com aprendizagem rural é o minidocumentário lançado pelo Programa Alcançando a Redução do Trabalho Infantil pelo Suporte à Educação (ARISE) e que já alcançou mais de 55 mil visualizações. O vídeo está disponível na página do ARISE no Facebook e mostra como a oportunidade de uma educação qualificadora e voltada para os desafios no campo tem transformado a vida de jovens, filhos de produtores rurais, e contribuído para a sucessão rural, mostrando que a educação é a melhor escolha, independentemente do meio em que vivem. Clique aqui para assistir.

O Programa de Aprendizagem Rural, foco do documentário, é uma iniciativa pioneira do ARISE, pensada a partir da Lei das Cotas de Aprendizagem (Lei 10.097/2000) – a qual determina que empresas de médio e grande porte ofertem no mínimo 5% e no máximo 15% das suas vagas de trabalho para jovens aprendizes de 14 a 24 anos. Porém, para que essa lei se adequasse à realidade no campo e, assim, atendesse às necessidades dos jovens em busca de formação profissional na agricultura, o ARISE interveio num de seus pilares de atuação: políticas públicas.

O primeiro passo foi possibilitar o cadastramento da Associação Gaúcha Pró-Escolas Famílias Agrícolas (AGEFA) como instituição qualificadora do Processo de Aprendizagem para a ocupação de Técnico Agrícola. Feito isso, iniciou-se um projeto piloto com a Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (EFASC), no Rio Grande do Sul, para a contratação de jovens aprendizes com assistência da Superintendência Regional do Trabalho (SRTE/RS). A iniciativa deu tão certo que em 2020 a Escola Família Agrícola de Vale do Sol (EFASOL), instituição associada à AGEFA, também foi considerada entidade qualificadora do Processo de Aprendizagem para ocupação de Técnico Agrícola.

 

Oportunidades que transformam vidas – Catiucia Luisa Neitzke, 19 anos, é uma das aprendizes contratadas pela EFASC e protagonista do minidocumentário, ao lado do egresso da EFASC, Anderson Müller, 18 anos. Antes de iniciar seus estudos na instituição, Catiucia conta não saber ao certo o que esperava para o seu futuro profissional. No entanto, sua percepção mudou e hoje ela diz ter criado um gosto muito grande pela agricultura, reconhecendo a importância dos trabalhadores rurais que abastecem as cidades com a produção de alimentos.

Por meio do Programa de Aprendizagem Rural, Catiucia recebe meio salário mínimo e demais benefícios concedidos pela empresa contratante. No seu caso, a Japan Tobacco International (JTI), responsável, juntamente com a Winrock International, pelo programa ARISE. O expediente como aprendiz é cumprido dentro do curso técnico, sendo que as horas trabalho são realizadas nas propriedades rurais dos jovens e as horas de formação técnica são cumpridas na EFASC.

Além de mostrar as histórias inspiradoras de Catiucia e Anderson, desmistificando que aqueles que trabalham na agricultura não precisam investir em conhecimento, o minidocumentário também é uma forma de apresentar às empresas uma alternativa para cumprimento da lei das cotas de aprendizagem.

Flavio Goulart, Diretor de Assuntos Corporativos e Comunicação da JTI, fala das vantagens de contribuir para o Programa de Aprendizagem Rural, indo muito além do cumprimento de uma lei. “É recompensador saber que o que a gente faz como negócio impacta positivamente na vida desses jovens”, afirma. Ele explica que a iniciativa é uma das alternativas diretas para o combate ao trabalho infantil no meio rural, pois garante a permanência dos jovens nas escolas enquanto eles têm a oportunidade de relacionar os estudos com a vivência protegida e supervisionada no ambiente socioprofissional, que ocorre na propriedade da família ou na comunidade”.

 

Apoiadores – Para Denise Brambilla Gonzales, Auditora Fiscal do Trabalho na função de Coordenadora Estadual da Aprendizagem, que participa do filme, todo o processo para viabilizar o programa de aprendizagem foi construído com muita colaboração e os resultados têm sido muito positivos.  “O cuidado no projeto começa já no cadastro e na validação das entidades formadoras de cursos de aprendizagens e, depois, vemos que, junto com os outros parceiros e com o empenho dos alunos, construímos uma iniciativa que tem conseguido transformar a realidade no campo”, analisa.

 

Oportunidade para as empresas – A partir da viabilização do Programa de Aprendizagem Rural, qualquer empresa com dificuldades práticas para alocar aprendizes em suas instalações, seja por causa da característica das atividades desenvolvidas ou pelas limitações do local de trabalho, pode se adequar aos termos da Lei da Aprendizagem. Esse é o grande diferencial da iniciativa. O ARISE também auxiliou a EFASC na compra de equipamentos e na melhoria de suas instalações, mudanças necessárias para garantir a qualidade do ensino.

Impactos do Programa de Aprendizagem Rural viabilizado pelo ARISE

    • 49 aprendizes da região em situação de vulnerabilidade social ou baixa renda foram beneficiados desde 2018.
    • 12 jovens aprendizes foram efetivados pelas empresas parceiras do programa.
    • 89,8% dos egressos da escola mantêm vínculo com o campo.
    • 3 Escolas Família Agrícola do Estado do Rio Grande do Sul possuem cadastro ativo junto ao CNAP – Cadastro Nacional de Aprendizagem Profissional para ofertar cursos de Aprendizagem Profissional Rural.
    • 126 vagas ofertadas em 2020 para o Programa de Aprendizagem Rural na EFASC e na Escola Família Agrícola de Vale do Sol (EFASOL).

Bons exemplos e boas histórias merecem ser compartilhados. O minidocumentário “Futuro no Campo com Aprendizagem Rural” mostra apenas o início de uma história que garante muito mais do que finais felizes, mas a oportunidade de começos promissores e recompensadores.

A Japan Tobacco International (JTI) é uma empresa internacional líder em tabaco e vaping, com operações em mais de 130 países. É proprietária global de Winston, segunda marca mais vendida do mundo, e de Camel fora dos EUA. Outras marcas globais incluem Mevius e LD. Também um dos principais players no mercado internacional de vaping e tabaco aquecido com as marcas Logic e Ploom. Com sede em Genebra, na Suíça, emprega mais de 45 mil pessoas e foi premiada com o Global Top Employer por cinco anos consecutivos. A JTI é membro do Japan Tobacco Group of Companies.No Brasil, são mais de mil colaboradores em 10 Estados além do Distrito Federal. A operação contempla a produção de tabaco – por meio de 11 mil produtores integrados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – compra, processamento e exportação de tabaco, fabricação, venda e distribuição de cigarros em 16 Estados do Brasil. As marcas comercializadas são Winston e Camel, essa última também exportada para a Bolívia. Em 2018, 2019 e 2020, a JTI foi reconhecida como Top Employer Brasil.


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