Empresa comemora o Dia Nacional do Café como início da colheita, nova torrefadora e ingresso no mercado de cafés especiais

24 de maio é o Dia Nacional do Café, data que marca o início da colheita nas plantações cafeeiras e homenageia uma das grandes paixões do brasileiro. Maior produtor e exportador de café do mundo, o Brasil recentemente passou os Estados Unidos e também se tornou o maior consumidor da bebida, conforme levantamento da Euromonitor Internacional.

Em média, cada brasileiro toma 839 xícaras de café por ano e, segundo dados da ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café, aproximadamente 9 em cada 10 brasileiros com mais de 15 anos consomem café, seja ele carioca, expresso, americano, capuccino ou servido como base de várias bebidas geladas.

Há um movimento grande no mercado de consumidores que, não adquirem só o café torrado e moído, mas também cápsulas, cafés em grãos torrados e microlotes.

O café não só soube se rejuvenescer como também se tornou um produto sofisticado. Hoje há vários tipos e origens da bebida e formas de se preparar e beber.

Acompanhando esse movimento do mercado, o Café Gourmet Santa Monica está dando prosseguimento aos investimentos previstos para este ano para expansão, aumento da produção e lançamento de seu primeiro microlote.

Com o Santa Monica 86 Pontos, a empresa marca seu ingresso no segmento de cafés especiais com um produto premium, resultado da seleção dos melhores lotes da Fazenda Santa Monica, localizada no Sul de Minas, região considerada a maior produtora de café gourmet do mundo, com o terroir ideal para a produção de cafés finos.

Para aumentar sua presença no mercado de café gourmet a empresa também está investindo R$ 1,4 milhão na ampliação das instalações de sua torrefadora em São Paulo e em um novo torrador que permite multiplicar sua produção em até 20 vezes. Com esse aporte, a Santa Monica irá produzir café torrado com marca própria para uma rede de supermercados e abastecer grandes varejistas como o Makro, onde está presente em 24 lojas.

Além de investir no mercado interno, a empresa também está buscando novos parceiros para incrementar a exportação de seu café torrado para países do Leste Europeu, Espanha, Itália, Estados Unidos e China, onde a linha de produtos da marca já está sendo comercializada.

Pioneiro na produção de café gourmet no País e em exportar café torrado com uma marca brasileira, o Café Santa Monica também vem utilizando tecnologia de ponta para aumentar a produção e melhorar a qualidade dos grãos. Além do sistema israelense de fertirrigação por gotejamento que cobre toda a propriedade, a Fazenda Santa Monica também conta com os avanços da biotecnologia para ter 60% da sua produção de grãos gourmet, um percentual superior ao de outras da região que colhem, em média, de 10% e 20% desse tipo de café.

“Para evitar o uso de defensivos químicos e a degradação da Fazenda, aproveitamos os recursos que a própria natureza nos dá. Usamos produtos biológicos e processos naturais, apostando na inovação como a melhor arma para combater pragas e aumentar a produção”, explica Marcelo Moscofian, CEO do Café Santa Monica.

Um dos exemplos dessa inovação é o uso de adubagem organo mineral que combina rochas de Fósforo e Potássio com bactérias para retirar o Nitrogênio do ar e introduzi-lo nos grãos de café. “Não usamos adubos orgânicos como estrume de vaca ou galinha, pois, como parte do café é exportada, esses adubos não são aceitos em muitos países”, justifica o executivo.

Na propriedade também são empregados produtos biotecnológicos para fazer o controle biológico de pragas e feito o tratamento da água de chuva que é usada para a irrigação.

Outro diferencial que garante maior produtividade é o sistema Safra Zero, onde a Fazenda é dividida em três partes e, a cada ano, os pés de café de uma dessas áreas são decotados e esqueletados. Isso faz com que aumente o número de internódios, a quantidade de ramos e, consequentemente, o volume de grãos. Durante esse ano, os pés que foram submetidos a esse processo não darão frutos, mas no ano seguinte conseguem ter uma produção até 50% superior. Com esse sistema, a propriedade produz de 80 a 120 sacas por hectare sem ter prejuízo, pois não tem as mesmas despesas com produção e colheita na área que foi podada.

Para manter o mesmo padrão de café, a empresa adquiriu uma máquina à laser que seleciona os grãos por cor e tamanho, separando os frutos vermelhos dos verdes e pretos. Depois de selecionados, eles vão para um secador estático onde a secagem é feita em uma caixa através da ação do vento e calor durante 3 dias. Após esse processo, o café é transferido para a outra caixa onde permanece por mais 6 dias e, em seguida, segue para o secador para a retirada de toda a umidade antes de ser armazenado em greenbags.

A maior parte do café produzido na Fazenda Santa Monica é considerado gourmet por ter mais de 80 pontos na escala da BSCA (Brazilian Specialty Coffee Association). Para ser classificado como café especial, um café precisa atingir o mínimo de 80 pontos, de acordo com a metodologia SCAA que definiu uma escala de 0 – 100 pontos para avaliar a qualidade dos grãos.

Para estender o mesmo padrão de qualidade usado na Fazenda para a bebida, os grãos do Café Santa Monica são armazenados durante um ano para concentrar suas propriedades e óleos essenciais e só depois vão para uma torrefadora própria que torra lotes pequenos, de 30kg, para destacar as características gourmet dos grãos e garantir o dulçor e aroma da bebida.

A Fazenda Santa Monica está localizada na região de Machado, numa altitude superior a mil metros. Na propriedade de 35 anos e 449 hectares são cultivados 500 mil pés de café arábica das espécies Novo Mundo e Catuaí. Com certificações da Ascafea, UTZ, Emater, Brazil Speciality Coffee Association e da Certifica Minas Café, a Fazenda realiza anualmente o plantio de 100 árvores, principalmente de espécies frutíferas, para alimentar os pássaros e animais e manter o equilíbrio ecológico da região.

Grande parte das 300 toneladas de grãos produzidos a cada ano é utilizada na linha de Cafés Gourmet Santa Monica e o restante comercializado no mercado brasileiro e exportado.

 

Produção e consumo de cafés no Brasil – Em 2019 o consumo mundial de café estimado atingiu 167,90 milhões de sacas de 60kg, das quais 116,88 milhões, que correspondem a 70%, foram consumidos por países importadores e 51,02 milhões por países produtores de café, cujo montante representa 30% do consumo global.

A Europa se destaca em primeiro lugar no consumo mundial com 54,54 milhões de sacas, volume que representa 32% do total. Em segundo lugar, está a Ásia & Oceania, com 37,84 milhões de sacas, responsável por 23%. Em terceiro fica a América do Norte com 30,96 milhões de sacas (18%); em quarto, América do Sul, com 27,14 milhões de sacas (16%); em quinto lugar, África, com 11,94 milhões de sacas (7%). Por fim, América Central & México são responsáveis por consumir 3% do volume global, com 5,57 milhões de sacas.

O Brasil é o maior produtor e exportador. Só nos dez primeiros meses de 2019, as exportações brasileiras de café atingiram 34,05 milhões de sacas, volume superior ao de 2018, cujas exportações no mesmo período atingiram 27,73 milhões de sacas segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé.

Segundo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP, a temporada brasileira 2020/21 poderá ser volumosa, devendo somar pouco mais de 60 milhões de sacas.

De acordo com a Organização Internacional do Café (OIC), o Brasil é o segundo maior consumidor mundial da bebida, logo atrás dos Estados Unidos, que possui 14% da demanda mundial. Nosso país representa 13% dessa demanda, com 21 milhões de sacas ao ano. Entre 2017 e 2018 houve um crescimento de 4,8% no consumo, comparado com período anterior. A projeção é que haja um crescimento de 3,5% ao ano até 2021.

O mercado externo é de extrema importância para o Brasil, pois somos o maior exportador de café do mundo. Na categoria “Café não torrado, não descafeinado”, nossos maiores compradores são a Alemanha (17,71%), Estados Unidos (17,57%) e Itália (10,06%). Já na categoria “Café torrado, não descafeinado”, os maiores mercados são Estados Unidos (31,47%), Argentina (14,16%) e Japão (12,90%).

Segundo estudo feito pela consultoria Euromonitor, o mercado brasileiro de café premium tem crescido de forma acelerada. Apesar disso, a maior parte do consumo doméstico ainda é de café tradicional.

No Brasil, o consumo anual de café premium gira em torno de 70 mil toneladas, o que representa de 5% a 10% do consumo total no setor. Esse consumo cresce 15% ao ano, enquanto o de café tradicional aumenta 3,5% ao ano.

Segundo a associação que reúne as indústrias do setor, o mercado do café no Brasil está na terceira a onda. A primeira trouxe o café para dentro de casa. O tipo instantâneo e a embalagem a vácuo. Na segunda onda, surgiram as cafeterias com bebidas também a base do expresso. E a terceira onda chegou com o surgimento de marcas regionais e com a descoberta do sabor do café. A quarta onda já está chegando, onde além da experiência, o consumidor também quer exclusividade no café.

A tendência no crescimento do mercado de café premium se deve ao aumento do número de consumidores que optam por produtos de maior qualidade. Esse público tem interesse em novos métodos de preparo, além de se preocupar com a origem do produto e a sustentabilidade na hora da produção. Ele está dividido entre os Coffee Lovers, que vão às cafeterias e procuram um bom ambiente, com conceito por trás da entrega final do produto, e os Consumidores, que compram cafés especiais nas grandes redes de mercado e pela internet.

Dos consumidores de café premium, 20% pertencem à classe A, 50% à classe B e 30% à classe C. A maior parte desse público está situado na região sudeste (45%), seguida pelo nordeste (22%) e sul (17%). A maior parte dos consumidores está na faixa etária acima de 40 anos (40%). O restante tem entre 18 e 30 anos (35%) e entre 31 e 40 anos (25%).

Quanto ao gênero, 50% é formado por homens e 50% por mulheres.

Esse crescimento vem sendo impulsionado pela chegada de novas marcas no mercado, popularização de diferentes formas de extração, expansão de redes de cafeterias e por um universo de sabores a ser desvendado com a proliferação de microlotes e produção de receitas com a bebida, entre outros fatores.

A cultura cafeeira é parte da família Moscofian desde a década de 1950 com o cultivo dos grãos em fazendas próprias no sul de Minas Gerais. Após uma jornada de estudos e pesquisas, a empresa desenvolveu um sistema de plantio sustentável com fertirrigação por gotejamento que aumenta a produtividade da área cultivada e garante um percentual de até 60% de grãos 100% arábica com características gourmet.

O café é acompanhado desde a seleção das sementes, ao nascimento do fruto, passando por um processo que envolve plantio, colheita e torra com máquinas e processos exclusivos para garantir a integridade dos grãos e embalagens que preservam o aroma e o sabor por mais tempo.


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