Objetivo da empresa é triar até 2.500 mil variedades ao ano em São Paulo

É na cidade de Santo Antônio de Posse, interior de São Paulo, que está localizada a estação experimental da Agristar, uma das maiores empresas do país na produção e comercialização de sementes de hortaliças e frutas, onde hoje são triados aproximadamente 1.500 materiais genéticos por ano.

Uma nova área, com cerca de 240 mil metros quadrados, acaba de ser anexada à matriz e possibilitará maior rotatividade de culturas e ainda o implemento de mais triagens anuais. A meta é que, em 2020, só nesta estação sejam feitas em torno de 150 triagens, além de mais cerca de 100 ensaios nas outras unidades, localizadas estrategicamente nas regiões produtoras de Mossoró (RN), Guimarânia (MG) e Ituporanga (SC).

A área vem sendo preparada desde julho de 2019 sob a orientação do coordenador da estação experimental, Everton Ichikawa e, atualmente, o solo já está apto a ser utilizado para o plantio dos ensaios. Os grupos de culturas testados na matriz pela equipe de especialistas da Agristar são: tomate e pimentão, cucurbitáceas, bulbos e raízes, brássicas e folhosas, cinturão verde e a linha industrial.

André Mattedi, doutor em Genética e Melhoramento de Plantas © Agristar do Brasil

As variedades testadas são oriundas de diversos programas de melhoramento da Agristar e de empresas parceiras. Por meio da sua equipe de Desenvolvimento de Produtos são selecionados os melhores materiais para cada região e época de cultivo. “A ampliação da nossa estação experimental possibilitará testar mais materiais nas condições reais desta localidade para que possamos levar ao produtor rural variedades cada vez mais produtivas, de alta qualidade genética e resistentes às pragas e doenças comuns às culturas”, detalha Maurício Coutinho, diretor do setor.

 

Tropicalização das culturas – A Agristar tem investido nos últimos anos em seus programas de melhoramento genético para culturas tropicais, buscando o desenvolvimento de materiais adaptados às diferentes regiões do Brasil, com o objetivo de introduzir no mercado produtos que atendam às exigências tanto dos produtores quanto dos consumidores.

Carolina Franco, pesquisadora à frente do programa de melhoramento de alfaces © Agristar do Brasil

Em Guimarânia (MG), o doutor em Genética e Melhoramento, André Mattedi, direciona as pesquisas principalmente para novos cultivares híbridos de cenoura, quiabo e tomate do grupo Santa Cruz . “A unidade nos permite desenvolver variedades de alta tecnologia, exclusivas e direcionadas para o mercado brasileiro, atendendo assim às necessidades específicas do produtor. Os cruzamentos são realizados entre as diferentes linhagens existentes nos programas de melhoramento, a fim de se desenvolver híbridos que comportem todas as qualidades que o mercado exige, como produtividade, resistências, entre outras características. Este é um trabalho complexo que leva anos até chegarmos a um produto com as especificações desejadas”, detalha Mattedi.

Mais recentemente, em 2019, na estação de Santo Antônio de Posse (SP), foi criado um programa de melhoramento genético com foco em alfaces, sob a tutela da pesquisadora Carolina Franco. Ela explica que o programa foi criado com a finalidade de desenvolver cultivares adaptadas ao clima e, principalmente, com resistência às raças de míldio identificadas no Brasil. “Os primeiros trabalhos serão voltados para o desenvolvimento de cultivares do tipo crespa e americana por serem os principais tipos de alface comercializados no país. O trabalho é árduo e requer tempo, mas com toda a infraestrutura que a empresa oferece, com certeza serão obtidos bons resultados”, detalha Carolina.

Fundada em 1958, a Agristar é uma das maiores empresas do país na produção e comercialização de sementes de hortaliças e frutas. Atua no mercado profissional de horticultura com as linhas Topseed Premium, Topseed e Superseed, além da Topseed Garden voltada para o segmento de jardinagem, hobby e lazer.

 


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