Novo estudo da BASF analisou amostras de solo em todo país; 85% apresentaram ao menos uma espécie de nematoides
Os nematoides, pequenos parasitas dos solos que atacam as raízes da plantas, podem gerar um prejuízo de até R$ 35 bilhões por ano para o agronegócio brasileiro, segundo a Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN). A alta presença desses organismos no Brasil foi confirmado por um estudo encomendado pela BASF e conduzido pela startup ConnectBio: das 161 amostras de talhões analisadas, 85% das áreas continham pelo menos uma espécie de nematoide, sendo que 58% apresentaram duas ou mais.
A espécie Helicotylenchus dihystera foi a mais frequente, detectada em 71% das amostras. O estudo também apontou o Cerrado como a região com maior incidência dos parasitas, reforçando a necessidade de estratégias eficazes de manejo. Ao comprometer a absorção de água e nutrientes, os nematoides causam sintomas como clorose, amarelecimento e crescimento reduzido das plantas. Em casos severos, podem inviabilizar áreas inteiras de produção.
“Sabemos que os nematoides são um desafio crescente para os agricultores, por isso, pesquisas e estudos como este liderado pela BASF, são tão importantes para enfrentá-los. Identificar as áreas de maior infestação é fundamental para embasar estratégias de manejo mais eficazes, e impulsionar avanços em pesquisa e inovação, contribuindo para o desenvolvimento de soluções cada vez mais eficientes no controle dessas pragas”, afirma Nilson Caldas, Gerente Sênior de Tratamento de Sementes da BASF Soluções para Agricultura.
Manejo integrado é chave para o controle de nematoides – No Brasil, a soja é a cultura mais prejudicada pelos parasitas (foto abaixo), o que explica a maior presença dessas pragas no cerrado, como constatado pelo estudo da BASF. As características de clima e solo locais, além do sistema de cultivo extensivo da região, criam um ambiente propício para a rápida proliferação dos parasitas, com destaque para os de cisto e os de galha.
Para Nilson Caldas, é importante que o agricultor adote técnicas de manejo integrado para reduzir a infestação do solo contaminado e proteger o potencial produtivo das lavouras. Confira dicas do especialista da BASF:
- Utilizar plantas de cobertura resistentes ou antagonistas
- Optar por cultivares de soja resistentes ou tolerantes aos nematoides
- Manejar corretamente o solo por meio da adubação (adição de matéria orgânica)
- Não transitar com maquinário contaminado entre talhões
- Utilizar nematicidas (químicos e/ou biológicos) eficientes, com amplo espectro, para incrementar a produtividade no campo
Atenta às necessidades do produtor rural, a BASF carrega uma trajetória de pioneirismo e liderança no tratamento de sementes, consolidada há mais de 10 anos com o Standak® Top, solução que se tornou referência no mercado brasileiro. Desde então, a empresa amplia continuamente seu portfólio com tecnologias inovadoras para o manejo eficiente dos nematoides.
É o caso do Ilevo®, o primeiro nematicida químico para tratamento de sementes com ingrediente ativo do grupo Benzamida Piramida. A solução é recomendada para manejo em áreas com alta infestação de nematoides porque atua desde a eclosão até a fase de reprodução. Já o Votivo® Prime, primeiro bionematicida da BASF, oferece maior produtividade, mesmo em áreas sem pressão de nematoides. Além de formar uma barreira protetora ao longo das raízes, inibindo os danos causados pelos nematoides, auxilia no desenvolvimento das raízes e crescimento sadio das plantas.
Ambas as soluções também podem ser utilizadas nos cultivos de milho e algodão, e fazem parte das novas receitas de tratamento de sementes da BASF. A receita Standak® Prime (Standak® Top + Votivo® Prime, bionematicida) une um tratamento químico com a inovação de um biológico para proteger as sementes em solos com baixa pressão de nematoides. E para as áreas de alta pressão, a recomendação é a receita Standak® Prime + Ilevo®, um nematicida químico aliado ao biológico, potencializando o controle das pragas.
A empresa também disponibiliza as cultivares Credenz® e SoyTech®, marcas de sementes de soja reconhecidas pelo alto potencial produtivo e pela tolerância a nematoides de cisto e de galha. Entre as opções com resistência destacam-se as cultivares SoyTech 711, SoyTech 752 e CZ 37B66 I2X. Já para o cultivo do algodão, a linha de sementes FiberMax® é ideal para áreas de alta fertilidade, proporcionando excelente rendimento de pluma, especialmente a cultivar FM 945 STP.
Próximos lançamentos para soja, milho e algodão – A expectativa da BASF é continuar ampliando seu portfólio com o lançamento de uma nova biotecnologia voltada para o mercado brasileiro. Trata-se de uma espécie de soja resistente a nematoides, conferida por um gene Bt (Bacillus thuringiensis), prevista para chegar até o final desta década. “Essa nova tecnologia será uma importante ferramenta para o manejo de pragas do solo, oferecendo ainda mais eficiência e sustentabilidade aos sojicultores”, adianta o especialista Nilson Caldas.
Atualmente, a BASF Soluções para Agricultura é a unidade de negócios da empresa que recebe os maiores investimentos na área de Pesquisa e Desenvolvimento. Em 2024, foram destinados mais de 915 milhões de euros globalmente para o lançamento de novas soluções que auxiliem os produtores a enfrentarem os desafios diários da agricultura, abrangendo áreas como sementes, proteção de cultivos, biotecnologia e agricultura digital.
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