Tecnologias exclusivas auxiliam produtores e agrônomos na condução da lavoura, pensando em cada estágio fenológico e na aplicação correta do MIP
O Manejo Integrado de Pragas (MIP), em seu conceito, consiste em um conjunto de tecnologias que, quando utilizadas harmonicamente, permitem a condução dos cultivos por meio de táticas sustentáveis e econômicas no controle dos inimigos naturais das lavouras. Esse processo inclui o uso racional, principalmente, de defensivos, que são aplicados apenas quando necessários, de forma estratégica, bem como a utilização de biológicos.
Atualmente, o MIP destaca-se principalmente entre os produtores que buscam alcançar maiores níveis de produtividade, ampliando o volume colhido por hectare. Porém, sua condução deve ser feita sempre pensando na saúde preventiva das plantas. “Assim como é recomendado ao ser humano, prevenir é o melhor remédio, pois, à medida que a lavoura vai crescendo, cada etapa está sujeita a novas doenças, insetos, plantas daninhas, e a todo tempo diversos fatores podem comprometer a sua saúde. Dessa maneira, a prevenção deve ser pensada em cada estágio fenológico”, destacou o engenheiro agrônomo, Felipe de Carvalho, coordenador da Sima no Brasil.
Ao ter em mente a importância do manejo preventivo, o segundo passo para tornar eficiente o MIP é a organização, ou seja, poder agir rapidamente diante de qualquer adversidade. Esse planejamento passa obrigatoriamente pelo correto monitoramento das lavouras. Segundo Carvalho, nos últimos anos, o fator clima tem impactado cada vez mais no ciclo de plantio, e, se o produtor ou seu agrônomo não tiverem todas as informações muito bem catalogadas, o controle de aplicações torna-se difícil. “Fazer uma intervenção no tempo adequado é fundamental para qualquer controle de praga ou doença”, reforçou o especialista.
O grande problema atualmente é que muitas fazendas não fazem esse monitoramento corretamente. Afinal, há uma grande diferença entre olhar a lavoura e monitorá-la. “É possível ver, por exemplo, a presença de uma mariposa voando entre as culturas, porém somente com monitoramento minucioso se saberá quantos ovos ou qual a quantidade de mariposas que estão afetando aquela região e o nível estrago que causaram”, citou o coordenador.
Por isso, ferramentas como as da Sima tornam-se importantes aliadas. Atualmente, presente em mais de oito milhões de hectares, o principal uso de sua tecnologia por parte dos produtores é no monitoramento das lavouras, pois a plataforma conta com algoritmos específicos que auxiliam neste objetivo.
De acordo com Carvalho, um dos grandes diferenciais da plataforma da agtech é que ela funciona de forma simples, objetiva e necessita de poucos cliques. Assim, é possível fazer o registro em tempo real no campo de qualquer cultura. “Com esses dados e o histórico de informações, há ainda os benefícios de ter o georreferenciamento detalhado por talhão, possibilitando quando necessário, a rápida intervenção de qualquer anormalidade sinalizada pela equipe de campo”, detalhou.
Ao ter este histórico de aplicações, o produtor passa a ter inúmeros benefícios. Por exemplo, ele conseguirá saber o que foi aplicado nas áreas das safras anteriores, o que deu certo e pode ser replicado, ou o que precisa ser mudado. Com essas informações em mãos, a estratégia torna-se mais precisa, sustentável e econômica. “Hoje, o portfólio de produtos para lavoura é gigantesco e, diante de tantas opções, o produtor tem que ser criterioso na hora de escolher. Quando ele guarda os dados do que foi testado, ele terá embasamento do que funcionou e do que não vale a pena investir mais no ano seguinte”, finalizou o engenheiro agrônomo.
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