Por meio da economia circular, a companhia espera atingir 99% de reciclabilidade nas fazendas – índice já alcançado em propriedades que aplicam essa prática
A SLC Agrícola, uma das maiores produtoras de commodities agrícolas do país, iniciou, em 2021, um projeto de economia circular para promover a melhor reciclagem e a reutilização de materiais gerados pelas atividades nas fazendas, zerando os resíduos destinados a aterros sanitários. A iniciativa busca reduzir o desperdício e aumentar a eficiência dos recursos, fortalecendo o compromisso da empresa em promover a sustentabilidade dentro e fora da organização.
O projeto realiza a compostagem de resíduos orgânicos oriundos das atividades agrícolas e das áreas sociais das fazendas, tais como casquinha de algodão oriundas do beneficiamento, restos de alimentos, esterco de animais e resíduos de poda. Após o tratamento, o composto produzido é utilizado como fertilizante orgânico nas lavouras. A Fazenda Pamplona, localizada em Cristalina (GO), foi a primeira propriedade da SLC Agrícola a adotar a prática de economia circular, o que proporcionou um aumento do índice de reciclabilidade da unidade, passando de 29% para 99,8%.
“Em 2023, expressamos nosso compromisso de zerar o volume de resíduos destinados a aterros sanitários até 2028, e acreditamos que a economia circular é o caminho para avançar nessa agenda. Ao realizar a melhor separação dos resíduos dentro das nossas unidades e encaminhando estes para uma destinação mais circular, aumentaremos a vida útil destes materiais, que anteriormente eram apenas resíduos, conseguindo produzir fertilizantes que são utilizados nas nossas fazendas. Conciliar o crescimento econômico dos nossos negócios com a sustentabilidade e o bem-estar da sociedade é o nosso principal objetivo”, destaca Álvaro Dilli, Diretor de Recursos Humanos, Sustentabilidade e TI da SLC Agrícola.
Além da Fazenda Pamplona, outras propriedades da companhia como Parnaguá (PI), Parceiro (BA) e Pioneira (MT), Paladino, Panorama e Piratini, todas na Bahia atuam com o modelo de economia circular. O projeto agora está em fase de implementação nas fazendas Planalto e Pantanal (MS), Palmares (BA) e sede III da Pamplona (MG). A meta da empresa é que, até o final das 2028, as 23 fazendas já tenham a economia circular inclusa nas atividades do dia a dia.
Desde a implementação do projeto, a SLC Agrícola já gerou cerca de 13.300 toneladas de resíduos orgânicos que foram reciclados através da compostagem. Os principais resíduos produzidos pela SLC são resíduos agrícolas provenientes do beneficiamento dos grãos e do algodão, e restos de lonas plásticas, utilizadas na colheita e no beneficiamento do algodão, além de embalagens de insumos e resíduos automotivos oriundos das oficinas de manutenção.
Para implementar o projeto, são necessários três estágios: no primeiro são analisados processos, identificação de oportunidade, engajamento e conscientização da equipe, adequação da operação e desenhado um plano de ação; no segundo, a central de resíduos é reestruturada, e assim inicia a construção da Ecofábrica – espaço que realiza a compostagem de resíduos orgânicos gerados nas fazendas, permitindo o reaproveitamento no processo produtivo – além das capacitações do time; por último, a SLC olha para as soluções técnicas e recursos inovadores.
Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), cerca de 85% das indústrias do país têm adotado alguma prática de economia circular em sua cadeia de produção. Contudo, não há registros que indicam que essa prática já tenha sido utilizada em ambiente de fazenda, trazendo o pioneirismo da SLC Agrícola com Economia Circular na agricultura. Esse modelo proporciona uma série de benefícios não só para o meio ambiente e para a sociedade, mas também para as empresas, que conseguem reduzir o consumo de recursos naturais, minimizar o uso de resíduos com impactos ambientais, aumentar a eficiência e alcançar a redução de custos na produção.
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