Simpósio celebra resultados do projeto da Enel, lança Relato de Impacto e discute a importância das hortas para as cidades e comunidades

O projeto Hortas em Rede, criado pela Enel Distribuição São Paulo, em 2018, tem transformado terrenos subutilizados sob as linhas de transmissão da companhia em espaços produtivos dedicados à agricultura urbana. A iniciativa já beneficia dezenas de agricultores, proporcionando geração de renda, acesso a alimentos saudáveis e integração comunitária em áreas de alta vulnerabilidade social. Com hortas em plena atividade, espalhadas na área de concessão da distribuidora, o projeto é um exemplo de como unir sustentabilidade e impacto social na prática.

No último dia 26 de novembro, a Enel São Paulo promoveu o Simpósio Hortas em Rede, que reuniu representantes de ministérios, além de organizações da sociedade civil, especialistas do Sampa + Rural e agricultores para debater o futuro da agricultura urbana e periurbana como ferramenta de transformação social.

 

Relato de Impacto – O simpósio marcou o lançamento do Relato de Impacto do projeto Hortas em Rede. O estudo realizado em conjunto pelo Pé de Feijão, Baanko e Enel, revelou resultados expressivos alcançados por meio das 50 hortas ativas e dos 75 agricultores atualmente cadastrados:

  • 100% dos participantes relataram melhora na disposição física;
  • 93,6% notaram benefícios diretos à saúde pelo acesso a alimentos frescos e nutritivos;
  • 85,2% destacaram maior integração comunitária;
  • 74,1% registraram economia doméstica;
  • 66,7% notaram um aumento na diversidade da fauna local.

Esses dados reforçam o potencial do projeto em unir impacto social, ambiental e econômico, consolidando-o como um modelo de agricultura eficiente e sustentável.

“O Hortas em Rede é mais do que um projeto de agricultura urbana. É uma transformação social que impacta a vida de milhares de pessoas”, comenta Guilherme Lencastre, presidente da Enel Distribuição São Paulo. “Estamos orgulhosos dos resultados alcançados e queremos expandir essa iniciativa para outras regiões do país”, finaliza o executivo.

Para Carolina Afonso, coordenadora do projeto, não basta apenas selecionar uma área e iniciar o cultivo. “Precisamos avaliar questões como descarte irregular de resíduos, depredação, viabilidade econômica e, principalmente, o impacto socioambiental que essa horta trará para os agricultores e a comunidade. Nosso foco é sempre a inclusão social e a inovação”, pontuou.

 

Do campo para a mesa – Durante o evento, agricultores compartilharam suas experiências e destacaram como o projeto mudou suas vidas. Rafael Maroni, agricultor de São Mateus e um dos beneficiados pelo Hortas em Rede, conta que o cultivo de hortaliças se tornou sua principal fonte de renda e proporcionou uma nova perspectiva de vida. “Troquei a música pela terra, algo que sempre esteve na minha família. Hoje, o cultivo de alface, além de ser o nosso sustento, também impacta positivamente a comunidade”, relata.

 

Parceria público-privada para um futuro mais verde – O sucesso do projeto chamou a atenção de diversos setores da sociedade. Representantes dos ministérios de Minas e Energia, Desenvolvimento Agrário e Desenvolvimento Social participaram do evento e destacaram a importância de políticas públicas que incentivem a agricultura urbana e periurbana.

“A agricultura urbana é uma ferramenta poderosa para gerar emprego e renda, e políticas públicas devem ser adaptadas para apoiar projetos como este”, afirmou Raquel Pereira de Souza, do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Já Elisa Carvalho, pesquisadora do Ministério do Desenvolvimento Social, ressaltou a urgência de combater a insegurança alimentar diante das mudanças climáticas: “É essencial ocupar áreas urbanas e periurbanas com projetos que integrem serviços ambientais e sociais. A agricultura pode e deve acontecer em qualquer espaço disponível”.

Já Andréa Naritza Silva Marquim de Araújo, do Ministério de Minas e Energia, reforçou a importância de abordar o setor energético de forma transversal. “O ‘Hortas em Rede’ chamou a atenção por unir eficiência energética e impacto social. Esse tipo de projeto quebra barreiras e traz benefícios diretos às comunidades, pois a agricultura urbana é uma ferramenta poderosa para gerar emprego e renda, e políticas”, explica Andréa.

 

E o futuro? – O futuro da agricultura urbana no Brasil é promissor. O projeto Hortas em Rede já é referência e possui potencial para ser replicado em outras regiões do Brasil. Para Luíza Haddad, fundadora do Pé de Feijão, “o projeto abre um debate urgente sobre o papel da agricultura urbana na construção de um futuro mais sustentável e inclusivo.”

No dia seguinte ao evento, em 27 de novembro, os participantes do simpósio visitaram algumas hortas em São Mateus, na Zona Leste da capital. Durante a visita, foi possível conhecer de perto a experiência dos agricultores, que utilizam os espaços para produzir hortaliças, frutas e verduras.

O projeto Hortas em Rede reafirma que a produção agrícola em áreas urbanas e periurbanas é uma poderosa ferramenta de transformação social e ambiental, mostrando que, com parcerias estratégicas e ações integradas, é possível construir comunidades mais sustentáveis, inclusivas e resilientes.


FSB Comunicação