Proliferação do inseto causa prejuízo e afeta a qualidade da produção na região

O Vale do São Francisco é uma das mais importantes regiões agrícolas do Brasil, especialmente no cultivo de frutas. No entanto, o surgimento e a proliferação da mosca-das-frutas, principalmente do gênero Ceratitis e Anastrepha têm se mostrado uma grande ameaça para a produção frutífera local. Esse inseto é responsável por grandes prejuízos econômicos, afetando a qualidade e o rendimento das culturas.

A engenheira agrônoma Chris Nazário, coordenadora regional da Satis, relata que a luta contra a mosca-das-frutas na região é contínua e o sucesso no controle dessa praga depende da combinação de diferentes métodos, com foco na sustentabilidade e na segurança alimentar. A integração de práticas culturais, biológicas e, em menor escala, químicas, tende a garantir melhores resultados a longo prazo. Além disso, programas de capacitação e conscientização dos produtores são essenciais para que as medidas sejam implementadas de maneira eficaz e coordenada.

A presença da mosca-das-frutas no Vale do São Francisco tem impactos significativos na agricultura local, afetando diretamente a produção e exportação de frutas, como manga, uva, goiaba, acerola e citros.

 

Os principais impactos incluem:

  • Redução da qualidade das frutas: As moscas-das-frutas depositam seus ovos nas frutas, e as larvas se desenvolvem no interior do fruto, causando a sua deterioração. Isso reduz a qualidade do produto e o torna impróprio para consumo ou para exportação, mercados que demandam alta qualidade.
  • Perdas econômicas: O ataque resulta em perdas diretas nas lavouras, o que pode alcançar até 30% da produção dependendo da intensidade da infestação. Essas perdas afetam diretamente a renda dos produtores locais.
  • Dificuldades na exportação: Mercados internacionais são bastante rigorosos com relação à presença de pragas nas frutas, o que impede a exportação. A infestação pode gerar barreiras comerciais, como a rejeição de cargas inteiras de frutas destinadas à exportação, o que representa um grande prejuízo para os produtores do Vale do São Francisco.
  • Aumento nos custos de produção: Para tentar controlar a praga, os agricultores precisam investir em defensivos agrícolas e outras formas de controle, aumentando os custos de produção. Em muitos casos, essas medidas não são totalmente eficazes, exigindo repetição e monitoramento constante.

 

O controle da mosca-das-frutas no Vale do São Francisco é uma tarefa complexa, pois envolve a adoção de práticas integradas para reduzir a população da praga de maneira eficaz e sustentável.

As principais formas de controle são:

  • Controle Cultural: Um método simples e eficaz é a coleta dos frutos que apresentam sinais de ataque da mosca-das-frutas. Isso impede que as larvas completem seu ciclo de vida e se tornem adultas, reduzindo a população da praga.
  • Controle Físico e Mecânico:  Uso de armadilhas como as feitas com atrativos alimentares ou feromônios ajudam a capturar adultos, permitindo o monitoramento e, em alguns casos, a redução da população. Também é importante evitar que os frutos caídos fiquem no solo, ou utilizar coberturas pode reduzir a probabilidade de desenvolvimento das larvas.
  • Controle Químico: O uso de inseticidas é uma medida comum para o controle, no entanto, deve ser realizado de maneira criteriosa, considerando o impacto ambiental e o registro de uso, evitando resíduos nas frutas. Também é possível aplicar iscas com substâncias atrativas misturadas a inseticidas em locais estratégicos reduz a necessidade de pulverização em toda a área.
  • Controle Biológico:  Introdução de parasitoides que atacam ovos e larvas de moscas-das-frutas tem se mostrado uma solução sustentável.
  • Técnica do Inseto Estéril (TIE): Uma das estratégias mais modernas e eficazes para o controle da mosca-das-frutas é a técnica do inseto estéril (TIE). Consiste na criação em laboratório de grandes quantidades de machos da espécie alvo, que são esterilizados e liberados na natureza como controle populacional.

Especialista em desenvolver soluções em nutrifisiologia e adjuvantes para o campo, a Satis com 25 anos de atuação no mercado brasileiro volta seu olhar ao futuro para, cada vez mais, entender e se antecipar às necessidades dos produtores com soluções adequadas para o agronegócio sustentável. Seu conceito “Lavoura saudável. Negócio sustentável” traduz e reforça a conexão da empresa com o campo e a importância de uma produtividade mais inteligente, alcançada com tecnologias e manejos adequados para garantir maior rentabilidade sem prejuízos ao meio ambiente. A cultura da inovação, fomentada por meio de pesquisas em seu Campo Experimental em Araxá (MG), sua cidade-sede, conhecimento técnico e parcerias, é fundamental nessa jornada. Como resultado, a Satis oferece um amplo portfólio que contribui para o fortalecimento da raiz às folhas e melhor absorção de nutrientes, especialmente das lavouras de milho, café, soja, feijão, trigo, arroz, algodão e HF. E sem descuidar, também, de tecnologias de aplicação que auxiliam as pulverizações agrícolas, reduzindo perdas e potencializando a ação dos produtos. A saúde das plantas é o primeiro passo para o bom desempenho das safras e a perenidade dos negócios.das plantas é o primeiro passo para o bom desempenho das safras e a perenidade dos negócios.

 


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