Produzir melancias de alta qualidade e produtividade é um desafio constante para os agricultores. Entre as dificuldades enfrentadas estão o gerenciamento eficiente da água, o combate a pragas e doenças, a variação das condições climáticas e o manejo do solo.
A melancia é a terceira fruta mais apreciada no mercado nacional e uma das culturas mais plantadas pela agricultura familiar, devido à sua praticidade e ciclo curto, que varia de 80 a 110 dias desde a produção até a colheita. Além de ser importante para o agronegócio, a melancia tem se fortalecido e crescido no mercado mundial.
Adaptando-se bem às zonas quentes e semiáridas, com alta luminosidade e temperaturas do ar entre 18 e 30°C, a melhor época para o desenvolvimento da melancia é durante o período seco, pois nos períodos úmidos ela é mais suscetível a doenças. Regiões com clima tropical, subtropical e temperado são ideais para o cultivo.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de melancia no Brasil está em ascensão. O Nordeste se destaca como um importante polo de cultivo, sendo responsável por 37,5% da produção nacional. O país ocupa uma área de 93.630 hectares, com uma produção de 2.141.970 toneladas de melancia.
Mitigando dificuldades – O Grupo Teorita, liderado pelo produtor Pedro Orita, decidiu adotar a tecnologia de irrigação por gotejamento da Netafim. Esta mudança estratégica resultou em um aumento significativo na produtividade das lavouras de melancia, que passaram de uma média de 25 a 30 toneladas por hectare com sistemas tradicionais, como aspersão e canhão, para mais de 40 a 50 toneladas por hectare com o sistema de gotejamento e o uso de tubos flexíveis em substituição dos tubos tradicionais.
Pedro Orita, com quase três décadas de experiência no cultivo de melancia, compartilha: “Nós somos descendentes de produtores de outras regiões e viemos há 29 anos para Teixeira de Freitas – BA. Eu e minha esposa estamos mexendo com melancia há praticamente 27 anos. Hoje, cultivamos melancia, que é a nossa principal cultura, além de café e eucalipto.”
A transição para a utilização do gotejamento, trouxe não apenas um aumento de produtividade, mas também melhorias na qualidade dos frutos. “Antigamente, usávamos aspersão, canhão e rolão, e a produção média da região era de 25 a 30 toneladas por hectare. Hoje, com a irrigação por gotejamento, estamos superando as 50 toneladas por hectare, e têm produtores que atingem até 60 a 70 toneladas por hectare com o gotejamento. Além de melhorar a produção, a qualidade do fruto também não se compara,” conta Orita.
Wellington Propheti, coordenador de produtos da Netafim, destaca os benefícios do tubo flexível da Netafim como solução para quem possui produção de ciclo rápido ou áreas arrendadas: ” O FlexNet é o tubo flexível da Netafim aplicado em substituição ao PVC, que traz mais facilidade no manejo das fazendas. O FlexNet de alta pressão, por exemplo, suporta até 40 mca ou 4 bar e é facilmente instalado”.
A escolha do tipo de material utilizado foi um fator crucial. Enquanto os tubos de PVC rígidos são eficientes e adequados para projetos mais estáticos, eles apresentam desafios na instalação e manutenção quando se trata de culturas itinerantes como melancia e abóbora. “A instalação de tubos de PVC pode ser mais complexa e demorada, exigindo mais mão de obra e equipamentos para escavação e colocação dos tubos,” explica Propheti. “Em contrapartida, os tubos FlexNet, oferecem uma instalação mais rápida e fácil, ideal para culturas que exigem mobilidade.”
Pedro Orita complementa a análise técnica com sua experiência prática: “A facilidade e agilidade de montagem com o FlexNet são bem melhores. Uma área de 50 a 60 hectares levava de 20 a 25 dias para ser montada com bastante gente, enquanto com o FlexNet, isso é feito em três dias. O custo é bem menor do que o da tubulação e, na retirada, a perda com tubulação é muito grande, de 10 a 15% no mínimo, devido à quebra, enquanto com o FlexNet, essa perda é quase zero.”
Perspectivas futuras – Com o aumento da produtividade e a qualidade superior das melancias, o Grupo Teorita se está otimista para o futuro, especialmente diante das condições climáticas desafiadoras previstas pelo El Niño. “A expectativa na nossa região este ano, devido ao clima e à tendência do El Niño, que traz seca, é muito otimista. A produção de melancia no mercado tem crescido muito e as pessoas estão cada dia mais conhecendo e valorizando a melancia,” conclui Orita.
A história do Grupo Teorita é um exemplo claro de como a adoção de tecnologias de ponta pode revolucionar a agricultura, proporcionando maior eficiência, qualidade e sustentabilidade.
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