Cuidados no período pré e pós-parto da vaca e no bezerreiro são destaques das campanhas
De acordo com informações do Anuário-Leite 2023 da Embrapa, mesmo frente aos desafios da atual conjuntura global, com duas guerras em andamento no mundo, desempenho fraco das grandes economias globais e juros elevados do cenário internacional, o Brasil se mantém na posição do terceiro maior produtor mundial de leite, com soma total de 35 bilhões de litros/ano, uma expansão de 397% entre 1974 e 2021 contra 94% no mundo, no mesmo período. Segundo o relatório, embora o número de potenciais consumidores de leite e derivados no país seja grande, a população segue cada vez mais exigente e vigilante a respeito da qualidade do produto que chega às prateleiras. “Essa exigência do consumidor, mais atento aos processos produtivos, impacta e impulsiona o trabalho do produtor que quer se manter competitivo”, diz Fernanda Paparotti (foto), coordenadora de marketing de Ruminantes para a Cadeia Leiteira da Elanco Brasil. O relatório da Embrapa afirma que o mais fiel consumidor de leite no Brasil é justamente o que melhor conhece a produção.
Por isso, no Dia do Leite, celebrado em 1º de junho, a Elanco Saúde Animal alerta para a gestão de desafios da cadeia leiteira, destacados nas campanhas 90 Dias Vitais e Legado Leiteiro, esta última lançada este ano para assegurar não somente a qualidade do produto no varejo mas também o bem-estar do rebanho no campo. A estratégia é repassar informação qualificada ao produtor.
As ações chamam a atenção para o manejo estratégico já no preparo gestacional da vaca e nos bezerreiros. A campanha Legado Leiteiro, para comunicar os principais cuidados com as bezerras leiteiras traz placas com informações e ilustrações sobre sinais característicos de doenças frequentemente diagnosticadas em animais jovens, como a coccidiose, quase sempre causada por protozoários do gênero Eimeria, e a colibacilose, provocada por cepas da bactéria Escherichia coli. “As placas são afixadas nas fazendas, facilitando o reconhecimento de sintomas importantes destes males, além da melhor forma de conduta para o tratamento. Isso agiliza processos terapêuticos, quando necessários”, diz Fernanda.
Segundo ela, o número total de novilhas de primeira cria produzido por ano, no rebanho de reposição, tem grande influência na rentabilidade das fazendas de leite, pois elas serão as futuras produtoras. “Por isso, produtores e técnicos devem ter em mente o objetivo de obter novilhas de melhor produção que suas mães. Mas para que isso ocorra, o manejo correto ao longo de todo o ciclo produtivo e a adoção de boas práticas de criação e bem-estar nos bezerreiros são fundamentais”, diz Fernanda.
Na vaca – 90 Dias Vitais – Os 60 dias antes do parto e os 30 dias após o nascimento do bezerro, os chamados 90 dias vitais, compreendem um intervalo crítico da produção leiteira porque é quando grandes alterações físicas e metabólicas na vaca, naturais à transição entre o período seco e a lactação, se não acompanhadas com rigor, têm chances de acarretar problemas de saúde no animal e na qualidade do leite.
“Formular uma dieta adequada, com uso de aditivos alimentares de eficácia cientificamente comprovada, maximizar o conforto térmico e ambiental, minimizar as interações sociais negativas e garantir espaço adequado para alimentação e descanso são algumas das práticas de gestão utilizadas durante o período dos 90 dias vitais para mitigar riscos ao animal. Os programas de controle e prevenção da mastite também são procedimentos indispensáveis”, explica Matheus Lopes, técnico de leite da Elanco Brasil.
Além da consultoria no campo, a Elanco possui em seu portfólio soluções específicas ao período, como o Calfon™ Oral, suplementação preventiva para a hipocalcemia; o Catosal™ B12, que otimiza a função metabólica do animal e previne a cetose; e o Rumensin™ 200, aditivo nutricional que minimiza os impactos do balanço energético negativo da vaca durante a transição.
No bezerreiro – Legado Leiteiro – Assegurar a integridade intestinal das bezerras é outra medida primordial para a qualidade da produção leiteira. O foco é proteger os animais da incidência das diarreias causadas por protozoários ou bactérias, além de prevenir e tratar pneumonias e a tristeza parasitária bovina (TPB), transmitida pelo carrapato e muito comum nos bezerreiros.
O primeiro passo para a prevenção de doenças infecciosas está no cuidado diário com o ambiente no qual os animais são criados. “As bezerras confinadas precisam de cama profunda, seca e limpa para estarem aquecidas e distantes do esterco e da urina. Os utensílios de alimentação precisam ser bem higienizados e o bezerreiro deve possuir boa ventilação para evitar o acúmulo de amônia no ar, um fator de risco para pneumonias. Para animais em alojamento em grupo é preciso cuidado redobrado com a limpeza do ambiente. Fezes e restos de comida podem se acumular, por isso é preciso separar espaço adequado por bezerra para minimizar a exposição a agentes infecciosos como bactérias e protozoários”, diz Matheus Lopes.
Lopes explica que os sinais clínicos da coccidiose, que geralmente ocorre após 3 semanas do nascimento do animal, incluem quadros de diarreia escura e com presença de sangue, absorção reduzida de nutrientes e danos duradouros ao intestino. Já na colibacilose, que pode atingir as bezerras já nos primeiros dias de vida, os sinais incluem fezes de consistência profusa, pastosa ou líquida, e de coloração amarelada à brancacenta. Para o controle da coccidiose, além de manter o ambiente limpo e seco, o ideal é utilizar produtos para um protocolo de metafilaxia adequado, como a solução Baycox™ 5%, que é oral e de dose única, facilitando o manejo e garantindo mais bem-estar ao animal. “Já para o controle das diarreias e pneumonias, a vacinação das mães no pré-parto, visando enriquecer a qualidade do colostro, também é uma ferramenta indicada”, diz.
Para o controle e tratamento da tristeza parasitária bovina, a Elanco recomenda um protocolo estratégico para o controle do carrapato, com a solução Acatak™, além da ação combinada dos produtos Kinetomax™ e Ganaseg™ 7% contra os casos clínicos.
“Todas estas informações sobre prevenção, diagnóstico e sobre o melhor protocolo terapêutico fazem parte da nossa campanha Legado Leiteiro, que já impactou centenas de produtores em diversas regiões do país, alinhada ao propósito da Elanco de contribuir para a sustentabilidade do negócio de todos os produtores com os quais trabalhamos”, conclui Fernanda.
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