Na pré-venda, já foram comercializados seis mil exemplares da obra, que, dentre outros fatos, desvenda os bastidores da nomeação, trabalho e saída de seu protagonista do Ministério da Agricultura e Pecuária, no primeiro Governo Lula.
O livro “Roberto Rodrigues, o Semeador — Quem planta colhe!” (Editora Disruptalks), do jornalista e escritor Ricardo Viveiros, será lançado em 5 de fevereiro, às 18 horas, no 16º andar da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Avenida Paulista, nº 1.313. O biografado, referência nacional e internacional do agronegócio, e o autor realizarão sessão de autógrafos conjunta.
Engenheiro agrônomo pela respeitadíssima Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), da Universidade de São Paulo, em Piracicaba, Rodrigues promoveu a inovação da Fazenda Santa Izabel, de propriedade de sua família. Foi pioneiro no cultivo de soja na região de Ribeirão Preto e da sua rotação com a cana-de-açúcar.
O desejo de dividir experiências e gerar factíveis avanços e uma legítima preocupação social o levaram a se tornar líder na construção de uma rede cooperativista, inclusive de crédito rural, que alcança diversos setores produtivos, de Norte a Sul do Brasil, conta Ricardo Viveiros na introdução do livro. Como articulador da relevante causa, foi ao coração da Assembleia Nacional Constituinte de 1987. Mobilizou atores, estruturou propostas e colocou o modelo na Carta Magna. Chegou à presidência da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), o mais importante órgão da atividade em nível mundial.
Rodrigues rodara os cinco continentes quando, no final de 2002, recebeu um convite: integrar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente queria um ministro da Agricultura e Pecuária competente, respeitado e com grandes ambições para o País. Aconselhado por gente de todos os cantos e posicionamentos ideológicos, a sugestão foi unânime.
Avesso à política, Rodrigues aceitou a missão, impulsionado pela oportunidade de transformar e de criar programas públicos longevos e, sobretudo, pelo apoio de seus pares e da família. Seu trabalho na pasta, entre 2003 e 2006, deixou um legado inestimável, que duas décadas depois ainda floresce. “Relatamos os bastidores e as lutas daqueles anos”, ressalta Viveiros.
O autor frisa, porém, que o livro não é sobre política ou economia. “O apóstolo Paulo escreveu, em sua primeira carta aos Coríntios, que, se não tenho amor, sou um metal estridente e um címbalo que tine (…); se não tenho amor, não sou nada. Rodrigues trilhou a vida com base nesses princípios. Seus feitos são muitos, tantos que cabe a pergunta: por que ele fez tanto? E a resposta também está nesta sua biografia, que tive a feliz oportunidade de escrever por obra e graça de seus muitos amigos, contra sua vontade, porque é modesto na alma”, enfatiza Viveiros.
O escritor observa que “o amor à terra e ao legado familiar levou Rodrigues a se dedicar intensamente ao trabalho de agrônomo. A paixão pela agricultura abriu seu caminho para o Ministério e o sustentou frente aos desafios. O respeito pela coletividade e o crescimento socialmente sustentável o moveu como líder cooperativista. O apreço ao conhecimento e à liberdade de pensar o levou às salas de aula da Unesp de Jaboticabal, onde lecionou por anos. Por tudo isso, esta é uma história que só faz sentido quando sabemos onde o amor nasceu, foi e é nutrido”, salienta Viveiros.
–