Com seis décadas de atuação ininterruptas na agricultura brasileira, empresa já trabalha no desenvolvimento de mais inovações para o setor com previsão de chegada ao mercado a partir de 2024
Os últimos 60 anos trouxeram mudanças profundas às lavouras brasileiras. Com o advento das tecnologias, o agronegócio foi um dos segmentos que mais evoluiu e levou o país de importador, para o patamar de principal produtor e exportador global de diversos produtos agrícolas. Entre as empresas na vanguarda desse processo, destaque para a Piccin Tecnologia Agrícola, com sede em São Carlos-SP. De origem familiar, a companhia ampliou nesses últimos anos seu horizonte e acompanhando essa nova transformação digital no campo se tornou o Grupo Piccin, com três braços de atuação nas áreas de equipamentos, componentes e inovação.
Com este redesenho comercial muito bem planejado, o Grupo tem planos grandiosos e projeta atingir até 2025 o faturamento de R$ 330 milhões. O início dessa transformação ocorreu em março de 2020, quando o conselho de administração traçou um plano para o início da evolução da empresa. Um time de gestão foi formado e o primeiro passo importante foi a aquisição da Mancal Matão, uma de suas principais fornecedoras de mancais para implementos agrícolas, que virou MNCAL.
Paralelo a essa movimentação em parceria com o Onovolab, um hub de inovação referência nacional, iniciaram-se as ações para disseminação da cultura tech em todas as áreas da empresa. “Todo esse processo aconteceu de forma rápida graças à estrutura que tínhamos e que foi muito bem fundamentada com a gestão familiar. Nosso desafio agora é seguir crescendo, desenvolvendo tecnologias para atender as demandas de um mercado extremamente qualificado e atualizado como é o nosso”, destaca o CEO do Grupo Piccin, Camilo Ramos.
Com o projeto de inovação aberta, pensando em ampliar a atuação desse ecossistema no agronegócio, surgiram outros negócios no grupo. Foi então que em 2021 nasceu a Easyland, primeira startup do grupo e também a sociedade com a Prediza, resultado do seu projeto de incubação e apoio a ideias inovadoras no agro.
Outros projetos – Em 2022 surge a oportunidade de ampliar ainda mais a área de atuação no agro e foi quando se consolidou uma joint venture entre o Grupo Piccin com a Crucianelli, empresa líder na fabricação de plantadeiras na Argentina.
A partir dessa iniciativa, as duas empresas então passaram a trabalhar juntas para estruturar a fabricação de plantadeiras no Brasil e fundaram a ACP – Aliança Crucianelli Piccin. “Com a parceria, nossa expectativa é de poder participar de mais um setor importante do agronegócio nacional e continuar contribuindo com nossas soluções inovadoras. Até o final deste ano sai a primeira plantadeira produzida no Brasil, fruto desse acordo”, confidencia o CEO.
Novidades a caminho – Na Piccin Equipamentos, entre os destaques que estão por vir está o lançamento de novos implementos no segmento de descompactação de solo, e uma outra linha de distribuidores de insumos e fertilizantes com alta tecnologia. Para o ano que vem, entre as novidades está para chegar um distribuidor elétrico, que após ser apresentado como conceito, já foi validado e chegará para revolucionar o mercado.
Ainda segundo o executivo, a Piccin Equipamentos prepara outros lançamentos na sequência. “Estamos trabalhando para disponibilizar muito em breve um veículo autônomo que seja acessível financeiramente para os pequenos e médios produtores. Além disso, planejamos até 2025 lançarmos um sistema próprio para a agricultura de precisão, que até então é terceirizado e passará a ser um componente produzido por nós”, disse.
Além de continuar firme no caminho da inovação, uma das estratégias do Grupo Piccin, nos próximos anos, é consolidar e melhorar os negócios que já tem, integrando todo esse ecossistema para que as empresas cresçam de forma conectadas. “Estamos trabalhando agora no período que a gente chama de estabilização desses negócios, ligando os pontos de sinergia entre as empresas”, complementa Ramos.
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