Empresas que desejam participar do lucrativo mercado precisam verificar seu relatório de emissões de gases de efeito estufa (GEE)
O Projeto de Lei nº 412/2022 que cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) foi aprovado pelo Senado Federal. Sua regulamentação pode render até US$ 100 bilhões ao Brasil, segundo a Câmara de Comércio Internacional (ICC Brasil), e as expectativas governamentais são que até 2050, as emissões brasileiras sejam neutralizadas.
Empresas que conseguem reduzir suas emissões abaixo das permissões alocadas podem vender os créditos de carbono excedentes. A cada tonelada de gás não emitido, é gerado um crédito de carbono, que pode ser vendido para empresas ou governos de países que necessitam atingir metas de redução de GEE, mas que não conseguem por problemas econômicos ou dependência de combustíveis poluentes, por exemplo.
Para participar do mercado de carbono é necessário calcular, primeiramente, a pegada de carbono da organização. A partir dela é possível traçar estratégias para reduzir as emissões, resultando em créditos de carbono para comercialização. O relatório e projeto de redução de emissões de GEE devem ser verificados por organismos certificadores independentes, garantindo a veracidade da mensuração dos gases.
“Com um mercado regulamentado, o país ou empresa que desejam adquirir crédito de carbono sentem maior confiança no fechamento do negócio. Participar desse bilionário mercado, sem dúvida, é um grande incentivo para que as empresas reduzam suas emissões e, consequentemente, avancem na pauta de proteção ao meio ambiente”, pontuou Paulo Bertolini, diretor-geral da APCER Brasil, certificadora de origem portuguesa com atuação global.
O mercado voluntário seguirá existindo, com projetos de redução de emissões em setores de energia renovável, reflorestamento, eficiência energética, entre outros, gerando créditos que podem ser comercializados por pessoas físicas ou empresas que não necessariamente se encaixam nos padrões do SBCE.
“A necessidade de um organismo certificador verificar o relatório de emissões e reduções de GEE é uma questão ética, para que números fraudulentos não sejam comercializados e o mercado mantenha-se legítimo e ajudando efetivamente o planeta”, conclui Bertolini.
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Assessoria de Comunicação da APCER Brasil