Com carteira de clientes 100% agro, banco atende segmentos de cana, grãos, eucalipto, laranja e vai investir ainda mais na pecuária de leite para atender pequenos produtores.
O Plantae Agrocrédito, o banco 100% agro, como é conhecido pelo mercado, cresce a passos largos no Brasil. Fundado e presidido por Wolney Arruda Fiho, produtor rural que conhece bem as dores do campo a Instituição tem ampliado, no último ano, sua atuação em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Minas Gerais e Goiás, e mira mais crescimento neste segundo semestre.
Além da forte atuação em segmentos como a cana, laranja, grãos e eucalipto, o Plantae tem ampliado os negócios na pecuária e quer focar, nos próximos meses, nos produtores de leite. “Cerca de 80% dos fornecedores de leite para laticínios são médios, pequenos ou muito pequenos, com pouco acesso a linhas de crédito e grande dependência dos laticínios para a geração de recursos. Para a liberação do crédito, só exigimos do produtor a garantia de fornecimento com o laticínio, que é feito mediante um contrato. Como muitos produtores não possuem contrato, já que é um setor altamente informal, oferecemos também a consultoria nesse sentido, e os laticínios estão aprovando e nos indicando novos clientes”, explica Arruda.
O setor leiteiro vive uma crise diante da grande importação de leite em pó do Uruguai e Argentina. Em muitos casos, o litro do leite está abaixo do custo de produção e muitos produtores pensam em sair da atividade. “Precisamos trazer mais formalidade a este segmento tão fundamental para a nossa economia”, completa o empresário.
Para suportar a estratégia de expansão e ampliar ainda mais a sua carteira de crédito no segundo semestre, foi aprovado pelo Banco Central um aumento de capital. O Plantae Agrocrédito espera fechar o ano com R$ 250 milhões em carteira de crédito e giro total de R$ 400 milhões. Atualmente o banco possui cerca de 400 clientes. No ano passado, o crescimento foi de 382%, com a carteira de crédito fechando em R$ 160 milhões. Já a originação de negócios, que representa o que a instituição emprestou, teve um crescimento ainda maior, de 471%, passando de R$ 56 milhões no começo do ano 2022 para R$ 321 milhões em dezembro do mesmo ano.
“Atendemos principalmente pequenos e médios agricultores que precisam se capitalizar, com um prazo de pagamento entre seis e oito meses, podendo chegar a 18 meses dependendo das operações, e valores em torno de R$ 500 a R$ 800 mil reais, com limite de até R$ 3,5 milhões por CPF”, explica Wolney.
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