Exemplo é o avançado monitoramento de infestação de plantas daninhas em canaviais, onde a Inteligência Artificial se une à expertise agronômica para aprimorar os processos, proporcionando eficiência, tranquilidade e segurança nas operações agrícolas
Ao contrário do conceito de que a IA substituiria a mão de obra humana, tecnologias como a de monitoramento da matocompetição dos canaviais demonstram a capacidade da Inteligência artificial em colaborar com os profissionais do setor. Através do uso de ferramentas deste tipo, os processos podem ser aperfeiçoados e otimizados, proporcionado mais tranquilidade e segurança às operações no campo.
Tradicionalmente realizados por equipes técnicas, o monitoramento tem o objetivo, de tempos em tempos, percorrer parte dos talhões para verificar como a infestação de plantas daninhas evoluiu, como os tratamentos funcionaram além de constatar a saúde geral da cultura. Segundo o engenheiro agrônomo e diretor de marketing da Taranis, Lucas Geraldini, é aí que entra a adoção de ferramentas digitais, com o objetivo de auxiliar nesta etapa tão importante do cultivo da cana-de-açúcar e que demanda tempo e conhecimento para seu sucesso.
“Soluções como a que a Taranis oferece, não substituem a experiência que a equipe técnica da fazenda já possui. Na verdade, ela permite que o profissional possa focar em seu maior diferencial, o intelecto humano, a capacidade analítica de estudar cenários imprevisíveis, de entender as múltiplas variáveis envolvidas e de tomar uma decisão que nenhuma tecnologia ainda é capaz de mimetizar. O foco é a utilização da tecnologia para coleta de dados e informações de forma mais precisa, rápida, automática, poupando tempo e para que ele faça escolhas melhores”, diz o especialista.
O engenheiro agrônomo traça um paralelo desta abordagem com uma situação habitual já presente em nosso dia a dia. “Muitas vezes já conhecemos um determinado trajeto ao dirigir. Porém, ao sair de casa, ainda assim ligamos um aplicativo que emite alertas sobre as condições da estrada, como um acidente ou um veículo parado no acostamento. Assim, podemos mudar a rota, ou nos preparar para essas situações adversas. Isso demonstra que quanto mais informações temos, mais seguro é, consequentemente conseguimos nos antever aos problemas”, explica. Também é assim quando falamos de algumas atividades no agro, que com informações mais precisas e em tempo real sobre as condições do campo possibilitam uma resposta proativa a problemas e uma gestão mais informada e segura das operações agrícolas.
Fator humano beneficiado – Com os dados em mãos gerados por ferramentas de IA e outras tecnologias, o produtor consegue otimizar seus recursos e potencializar os resultados. “aa soluções de monitoramento não apenas otimizam o uso de recursos e melhoram a produção de cana-de-açúcar, mas também asseguram a continuidade das informações mesmo em caso de mudanças de equipe. Dados previamente catalogados e informatizados estão sempre acessíveis, evitando interrupções no fluxo de informações essenciais para a gestão agrícola.”, reforça Geraldini.
Outro ponto em questão é que o uso da tecnologia pode elevar ainda mais a qualidade e eficácia do trabalho dos profissionais agrícolas. “Mesmo aqueles que já obtêm bons resultados podem alcançar níveis mais elevados de controle e eficiência, concentrando-se nas decisões mais estratégicas”, frisa Geraldini.
Mínima Interferência – Outro apontamento do especialista é com relação a mínima interferência de algumas soluções para implantação e também de funcionamento. “No nosso caso, o monitoramento será realizado sem precisar entrar na usina ou fazenda, sem tocar o solo, tudo é feito a mais de 60 metros de altura, por aviões. A interferência é mínima e o cliente recebe todos os dados e relatórios em até 72 horas, ou seja, de maneira muito rápida e eficiente”, relata Geraldini.
Como funciona – A plataforma da Taranis entrega um diagnóstico completo do canavial utilizando aviões e satélites. Dessa forma, a empresa assegura maior escalabilidade no monitoramento, identificando, em um voo rápido, mais de 70 espécies de plantas daninhas fornecendo aos agricultores informações detalhadas para tomadas de decisão informadas e eficazes.
–