Diferente da forma sólida, a Fosfina Líquida é mais eficaz, não gera resíduos metálicos, preserva a segurança dos trabalhadores e traz maior produtividade
O volume da produção brasileira de grãos deverá atingir 317,6 milhões de toneladas na safra 2022/2023, um crescimento de 16,5% ou 44,9 milhões de toneladas se comparado ao ciclo anterior. Os dados constam no 10º levantamento de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). E um dos produtos mais utilizados para eliminar pragas na armazenagem de grãos e garantir a segurança dos alimentos é a fosfina.
Seguindo as tendências de países como Austrália, Estados Unidos e Chile, a Ecolab, líder mundial em prevenção de infecções e tecnologias relacionadas a água, higiene e energia, inovou mais uma vez. Agora a companhia oferece a fosfina em sua formulação líquida, recém registrada no Brasil, mais segura, eficaz e ambientalmente correta.
A fosfina é um inseticida a base de brometo de metila, ácido sulfúrico e ácido cianídrico, formando uma substância letal que se decompõe quando em contato com o ar. Utilizado em praticamente todo o sistema de armazenagem de grãos, o produto está disponível na forma de pastilhas ou sachês, que são adicionadas a massa de grãos liberando um gás tóxico, quando em contato com a umidade dos armazéns.
O problema no uso da fosfina em sua versão sólida está associado à exposição dos profissionais que realizam o serviço de expurgo. O contato inadvertido com o gás gerado pela decomposição da pastilha/sachê pode levar à morte. Além disso, após o expurgo, os grãos devem permanecer estocados por tempo suficiente para que haja a decomposição da fosfina, evitando resíduos químicos nos alimentos.
Já em sua forma líquida, o fosfeto de hidrogênio (fosfina) é injetado nos ambientes por um equipamento acoplado a um cilindro externo, que monitora os níveis de concentração no silo, garantindo a letalidade das pragas, sem a necessidade de exposição ao gás.
“Estamos oferecendo uma solução que assegura mais produtividade (com menor tempo de aplicação), eficácia (devido ao controle dos níveis de concentração do gás), segurança (sem exposição dos técnicos) e sustentabilidade (sem a geração de resíduos). Nosso trabalho também consiste em verificar, previamente, a vedação dos silos, para garantir a sua hermeticidade, além da gestão do tempo correto de exposição à dose letal. Nos primeiros testes que fizemos com a fosfina líquida, foi possível economizar 20% do tempo de aplicação (aproximadamente 2 dias de “silo” parado)”, explica Luís Montagner, líder da divisão de Pest Elimination da Ecolab no Brasil.
O protocolo desenvolvido para fosfina líquida faz parte do Programa de Tratamento de Grãos Pós-Colheita da Ecolab e inclui 6 etapas:
- Identificação e monitoramento prévio;
- Verificação da hermeticidade do silo;
- Vedação e preparação do silo;
- Injeção da fosfina líquida e monitoramento da aplicação, que assegura a concentração correta e, consequentemente, a letalidade das pragas existentes;
- Monitoramento remoto dos níveis de concentração de fosfina dentro do silo;
- Pulverizações em áreas externas, diminuindo os riscos de reinfestação pós-tratamento.
“Os benefícios da fosfina líquida podem se estender, com as devidas regulamentações, para os mercados em que hoje não é possível utilizá-la, como o de frutas. Afinal, ela não contém amônia em sua fórmulação. Assim, temos mais possibilidades de uso dentro da indústria alimentícia”, complementa Montagner.
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