Mercado começou a se movimentar após semanas de retração com produtores adiando planejamento para a safra de grãos 2023/2024.

Enquanto as colheitadeiras avançam no campo para a retirada do milho segunda safra, os produtores rurais já se preparam para a safra de verão, daqui a menos de dois meses. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita do milho segunda safra já ultrapassa 51% da área plantada em Mato Grosso. Na primeira quinzena de julho, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, o IMEA, mostra que a comercialização do milho segunda safra atingiu a marca de 53,47% no estado.

O clima está favorável e a colheita do milho avança, mas há duas semanas a compra de sementes para a safra 2023/2024 estava indefinida, com muitos produtores querendo “investir menos” na tentativa de reduzir custos. O mesmo ocorreu com a compra de fertilizantes, apesar do preço estar mais favorável este ano em relação ao ano passado, com as preocupações trazidas pela guerra entre Rússia e Ucrânia.

A semeadura da próxima temporada de soja em Mato Grosso inicia em 16 de setembro, após o fim do vazio sanitário. O engenheiro agrônomo Antonio Henrique Botelho (foto), sócio-diretor da Agrológica, uma das maiores empresas de distribuição de sementes e insumos do estado, explica o atual cenário. “O produtor está retraído nas compras, mas o momento do plantio da soja se aproxima e o planejamento de compras da safra não pode ser deixado para última hora. A relação insumos x preço da soja atingiu níveis históricos, garantindo rentabilidade no negócio. E a postergação do produtor pode lhe custar caro pela logística”, orienta o especialista.

Um dos motivos da espera dos produtores é a decepção dos preços da soja e do milho. A cotação da soja no Porto de Paranaguá, por exemplo, caiu 24% entre junho de 2022 e abril deste ano, de acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP). No final de junho, o preço da saca de 60 kg do grão chegou a R$ 135, mas começou a melhorar agora em julho, com a saca fechando a R$ 143 neste última segunda-feira (10/07). “Agora é hora de absorver a safra 22/23 e garantir a 23/24, uma vez que o mercado começou a andar e as vendas se movimentaram nas últimas semanas .”, finaliza Botelho.

Com oito revendas de insumos agrícolas em Mato Grosso, a Agrológica aposta no contínuo crescimento da produção de grãos no Estado para manter seu forte ritmo de expansão e dobrar de tamanho até a safra 2025/26. Na temporada 2021/22, o faturamento da empresa alcançou R$512 milhões. No ciclo 2022/23, o valor deverá superar R$700 milhões no fechamento, e a meta traçada é de avanço até R$1 bilhão nas próximas safras.

Em junho a empresa reuniu todos os colaboradores para a reunião anual na Convenção de Vendas. E o momento difícil de vendas, com o mercado travado na ocasião, foi um dos destaques. No encontro, a empresa focou na importância de se trabalhar com excelência operacional, reforçar valores e cultura, e o fechamento da safra passada em busca de melhores margens daqui para frente.

A Agrológica é uma empresa de distribuição de sementes e defensivos agrícolas com oito unidades em Mato Grosso: Primavera do Leste, Rondonópolis e Campo Verde, no sul mato-grossense, em Confresa, no nordeste do Estado, e em Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e Sorriso ao longo da BR 163, importante via de escoamento dos grãos e Canarana. A empresa acompanhou o desenvolvimento do agronegócio de Mato Grosso com 50% de cobertura de área plantada do estado e 5 mm hectares atendidos. Atualmente segue na missão de oferecer suporte ao produtor mato-grossense.

Por Lilian Munhoz
Comunicativas