IHARA alerta produtores de tomate e de batata para o manejo preventivo e monitoramento de sintomas da doença, que se multiplica rapidamente e causa danos severos
Em grande parte do Brasil, o início do outono traz temperaturas mais amenas e alta umidade. Comemorada por muitos, a trégua no calor acende sinal de alerta para produtores de HF: é hora de intensificar o monitoramento da lavoura, de olho nos sinais da requeima.
Doença fúngica causada pelo Phytophthora infestans, a requeima encontra condições propícias para se desenvolver mais rapidamente em climas úmidos e temperaturas entre 18°C e 24°C. Além das condições de umidade favoráveis ao crescimento do fungo, a doença também costuma se alastrar mais rapidamente em áreas onde as plantações são densas. Um único foco de requeima pode rapidamente se espalhar para toda a plantação, causando perdas significativas, em qualidade e em quantidade.
Tomates e batatas estão entre as culturas mais suscetíveis. Dados da Embrapa apontam que as perdas por requeima na batata podem variar de 10% a 50% da produção, dependendo da gravidade da infecção. Já o impacto da doença no cultivo do tomate pode representar recuo produtivo de 20% a 70%, dependendo das condições de clima e manejo. Sem o manejo, as perdas podem facilmente chegar a 100% em ambos os casos.
Os primeiros sintomas perceptíveis são pequenas manchas escuras nas folhas das plantas infectadas e que podem se espalhar rapidamente para as folhas adjacentes. À medida que a doença progride, as folhas ficam amareladas e murchas, e eventualmente morrem. Em casos graves, a doença também pode afetar os tubérculos de batatas e os frutos de tomates. Infectados, os frutos do tomateiro apresentam manchas irregulares, escuras, de coloração marrom-pardo, de aspecto oleoso e consistência firme, podendo aumentar de tamanho e estender-se por toda a superfície do fruto, causando podridão dura, sem causar sua queda. Nos tubérculos de batata as lesões são castanhas, superficiais, irregulares e com bordos definidos. No interior dos mesmos, a necrose é irregular, de coloração marrom, aparência granular e mesclada.
Segundo o engenheiro agrônomo e gerente de Marketing Regional da IHARA para os cultivos de HF, Marcos Vilhena, a doença requer atenção dos produtores durante todo o ano. “Ainda que as condições climáticas deste período favoreçam maior incidência e a proliferação destes fungos, é uma doença muito séria e que pode ocorrer em qualquer estação”. Ele alerta ainda que, para prevenir o problema, os agricultores precisam adotar medidas preventivas de manejo integrado e usar fungicidas preventivos. “A requeima é uma infestação silenciosa, que costuma só dar sinais quando já está bastante disseminada. Muitas vezes, quando é identificada, a doença já está bastante avançada e pode ser difícil controlá-la. Por isso é tão importante que o produtor mantenha sempre o manejo preventivo”, conta Vilhena.
Com amplo portfólio para HF, a IHARA se destaca em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para o manejo das principais doenças e pragas dos cultivos. A requeima tem atenção especial da empresa, que conta com soluções para diferentes etapas do manejo da doença.
Vilhena explica que os três principais produtos do portfólio para requeima têm indicação para o controle em diferentes níveis de incidência, do manejo preventivo ao combate de focos em severidade. “Para o manejo preventivo, constante e ao longo de todo o ano, o produtor conta com o fungicida de proteção ABSOLUTO FIX, que apresenta ação multissítio e forte fixação nas folhas. Quando o clima começa a ficar mais fresco e chuvoso, o produtor deve recorrer a um produto mais específico, de alerta, neste caso o TOTALIT, pois nesse período há maior risco de requeima. Mas se o produtor identifica algum sintoma, ele irá recorrer a um produto de combate imediato, que é o COMPLETTO. Ele irá garantir alto potencial de controle e efeito curativo, além de uma importantíssima ação sistêmica antiesporulante — o que significa que essa tecnologia é capaz de inibir a disseminação dos esporos do fungo na plantação”.
Além da aplicação bem posicionada de fungicidas, Vilhena destaca que o combate à requeima passa ainda pela adoção de práticas de manejo integrado de pragas e doenças, como a rotação de culturas, plantio em áreas bem drenadas e em épocas adequadas, o espaçamento entre plantas, o uso de variedades resistentes, a nutrição adequada das plantas e eliminação de restos culturais. “É importante que os horticultores se mantenham alertas à prevenção e ao controle da doença, de forma a preservar o potencial produtivo, a qualidade e a rentabilidade do seu cultivo”.
Essas e muitas outras orientações estão disponíveis em uma ficha técnica sobre a requeima no site da IHARA
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