Com investimentos de mais de R$ 100 milhões, a mais moderna biofábrica da América Latina tem a capacidade tecnológica e estrutural para produzir microrganismos que atuam em segmentos como alimentício e cosmético, e até em indústrias petroquímicas e de saneamento

Pluralidade está entre as definições de biotecnologia. Ela está no iogurte que consumimos, na vacina que tomamos, no perfume que passamos e até no milho que comemos. Essencialmente, trata-se da ciência que estuda e desenvolve microrganismos para aplicá-los em processos produtivos. É a atuação das ‘bactérias do bem’ contribuindo com as ações humanas, de forma sustentável.

O potencial de soluções e aplicações é incontável. E fica no Sul do Brasil, na pequena Mandaguari (PR), a mais moderna biofábrica da América Latina para a geração desses microrganismos versáteis. É no Superbac Innovation Center, onde mais de 70 pesquisadores atuam em projetos que podem ser comparados aos desenvolvidos em polos de inovação de países como Alemanha, Dinamarca e Canadá, onde estão alguns dos principais players globais da biotecnologia.

“Criamos blends específicos com conjuntos de microrganismos para solucionar cada demanda, em escala industrial, com capacidade anual de bioprospecção de 4 mil cepas”, explica Giuliano Pauli, diretor de inovação da Superbac, empresa líder em bioinovação no Brasil.

O Superbac Innovation Center oferece consultoria em biotecnologia, criando bioprocessos e bioinsumos sob medida, para cada tipo de desafio – BaaS, Bioprocesses as a Service. Nele, fecham-se projetos com ciclo completo que vai da bioprospecção, aos processos de desenvolvimento, escalonamento em planta-piloto e elaboração do produto final. É um combo pronto para atender às necessidades mais específicas das indústrias.

No Brasil, o uso mais disseminado é no agribusiness. As inovações são aplicadas em nutrição de plantas e regeneração do solo, por meio de fertilizantes biotecnológicos, ricos em bactérias, com macro e micronutrientes. O resultado gera benefícios, como melhor enraizamento, maior disponibilidade de nutrientes para as plantas e para o solo, além de reduzir o uso de químicos, pois funciona como uma alternativa parcial a eles. É, portanto, uma escolha sustentável.

Essa substituição também ocorre na indústria alimentícia, na qual a biotecnologia é alternativa aos conservantes químicos. O produto se torna mais natural e, em alguns casos, tem seu tempo de validade estendido.

Dentro das casas há também produtos como o Odor Out – um eliminador biológico de manchas e odores causados pelos pets, que é seguro e ecologicamente correto. A mesma linha residencial também elimina odores de ralos, limpando a gordura acumulada e tratando a água que está sendo descartada.

A aplicação em efluentes é outro setor com forte atuação da biotecnologia, na qual os microrganismos agem em sistemas de tratamento (ETEs, lagoas e tanques), e efluentes gerados pelos processos de limpeza de equipamentos e intervenções específicas. É possível tratar até rios como, por exemplo, o Pinheiros (SP), além de lagos, em qualquer cidade do país.

Já nas indústrias de óleo e gás ela age como um biorremediador de áreas contaminadas e em resíduos de óleos. “Temos nesses segmentos um resultado de ganho sustentável significativo, por tratarmos potenciais passivos ambientais com microrganismos vivos. É a escolha mais amigável ao meio ambiente que uma empresa ou governo pode adotar”, lembra o diretor da Superbac.

 

Infinitas possibilidades – Um dos setores em que a biofábrica da Superbac tem pesquisado potenciais soluções é na indústria de cosméticos. Os microrganismos ”constróem” fragrâncias, corantes e emulsificantes sustentáveis. Eles entram como substitutos de químicos, por exemplo, em produtos utilizados para limpeza de pele.

Quando o assunto é vacina, sempre há biotechs envolvidas nos projetos. A biotecnologia é usada na produção dos chamados IFA’s – Insumos Farmacêuticos Ativos. É um mercado que recebeu relevantes investimentos no mundo todo após o surgimento da Covid-19.

De acordo com um estudo elaborado pela Business Research Company, o mercado global de biotecnologia deverá crescer 11,5% em 2023, passando de US$ 146.85 bilhões para US$ 163.71 bilhões. A versatilidade multifacetada do uso de microrganismos é característica intrínseca dessa constante ampliação. “A biotecnologia só irá crescer pois haverá a dilatação e consolidação dela em áreas já tradicionais, além do surgimento de inovações em novos setores, sempre com caráter surpreendente e sustentável. E a biofábrica da Superbac está pronta para esse boom que já está em curso”, ressalta Pauli.

Fundada em 1995, a SUPERBAC é pioneira no mercado brasileiro de soluções em biotecnologia. Com a crescente preocupação ambiental e o iminente aumento da população, uma das principais necessidades da economia no século XXI é a criação de processos que permitam o aumento da produtividade, sem abrir mão da sustentabilidade.

Amanajé Comunicação