O Brasil pode chegar a 50 milhões de toneladas exportadas e superar pela primeira vez os Estados Unidos
A Segunda safra de milho de 2023 caminha para novo avanço. A safra deve ultrapassar 120 milhões de toneladas e bater novo recorde, segundo a apresentação do projeto Mais Milho, que reuniu especialistas e autoridades do agronegócio brasileiro para debater as oportunidades e desafios do plantio do cereal.
A Primeira safra está na reta final da colheita e apresenta um aumento de 1 milhão de toneladas, totalizando 26,4 milhões. “A área de produção brasileira vem crescendo ao longo dos anos, resultando em novos recordes a cada ciclo. Internamente, os Estados vêm protagonizando suas especialidades e técnicas, gerando resultados que impactam na nossa visibilidade agronômica no mercado mundial”, avalia Leonardo Sodré, CEO da GIROAgro, uma das maiores empresas de fertilizantes do país.
Nos Estados Unidos, a produção tem se mantido próxima a 350 milhões de toneladas, mas devido à safra passada que passou por dificuldades climáticas, a produção recuou em quase 40 milhões e as exportações previstas para este ano são de 48 milhões de toneladas, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Se confirmado, o Brasil pode chegar a 50 milhões de toneladas exportadas e superar pela primeira vez o país americano.
A demanda nacional também vem apresentando crescimento significativo, destaque da expansão da produção de etanol de milho. Em 2022, foram produzidos 4,5 bilhões de litros do biocombustível e a expectativa é de 6 bilhões de litros para este ano, aponta a União Nacional do Etanol de Milho (UNEM).
“É necessário manter pesquisas no radar para que especialistas e suas equipes possam se adaptar às condições climáticas. Se mantivermos o ritmo de investimentos novos recordes serão batidos nas próximas safras”, finaliza Sodré.
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