O Porto Ponta do Félix, localizado em Antonina, litoral do Paraná, concluiu nesta quarta-feira (08) uma operação inédita: a sua primeira navegação por cabotagem para a expedição do transporte de trigo. O cereal – produzido no Paraná e comercializado pela Coamo Agroindustrial Cooperativa – tem como destino os moinhos do Ceará. No total, foram embarcadas 15 mil toneladas do produto.
A cabotagem é uma modalidade de transporte marítimo que acontece pela costa litorânea, de um porto a outro dentro do próprio país.
Segundo o presidente do Porto Ponta do Félix, Gilberto Birkhan, a operação abre espaço para o aumento na movimentação de grãos e cereais pelo terminal. “A navegação de cabotagem ainda é pouco explorada no Brasil, e é uma forma de movimentar as riquezas produzidas pelo agronegócio pelo transporte marítimo. Esta é uma ótima opção quando a distância entre a origem e o destino ultrapassa 1500 quilômetros”, explica Birkhan.
Navegação de cabotagem – Até o ano passado, a modalidade era realizada apenas por navios de bandeira brasileira. A Lei da Cabotagem derrubou esta exigência e liberou progressivamente o uso de navios estrangeiros no país. “As novas regras devem estimular a navegação na costa brasileira, elevando a oferta de embarcações e reduzindo os custos do setor”, destaca Birkhan.
Para realizar a operação, o Porto Ponta do Félix possui a liberação, emitida pelo governo federal, para operar mercadorias em tráfego de cabotagem.
Neste ano, o Porto Ponta do Félix prevê aumentar em 65% a movimentação de cargas. O terminal é multipropósito, com capacidade para movimentar e armazenar diferentes tipos de cargas, como fertilizantes, açúcar ensacado, sal, malte, trigo, pellet de madeira e alimentos. “Investimos cada vez mais na customização do serviço, para atender a demanda dos clientes e assim aumentamos também a diversidade dos itens movimentados”, afirma o presidente do Porto Ponta do Félix, Gilberto Birkhan.
Novos investimentos – Ao longo dos próximos meses, o Porto Ponta do Félix também contará com novos armazéns, que possibilitam o aumento de 85% da capacidade de armazenagem, passando de 280 mil toneladas para 520 mil toneladas, de forma gradativa.
“O incremento da capacidade estática abre mercados em novos segmentos. Temos também no cronograma das operações, por exemplo, além da cabotagem de trigo, a importação de barrilha, que é um produto a base de sódio usado pela indústria para a produção de alimentos”, ressalta Birkhan.
Neste início de ano, o Porto também completou os investimentos em novas defensas marítimas, equipamentos que proporcionam mais segurança durante a atracação dos navios. As defensas servem para amortecer o impacto resultante do encontro entre um navio e a estrutura de atracação, reduzindo os riscos de avarias.
“Primamos pela segurança e, com relação às embarcações, não pode ser diferente. As melhorias devem atrair ainda mais navios para Antonina, por seguir rigorosamente os padrões de instalações portuárias seguras a nível mundial”, finaliza Birkhan.
Na foto, da esquerda para a direita: Caroline Martins, Setor de Qualidade da COAMO, Marcia Cavalcante; Gerente Geral da COAMO Paranaguá, João Ivano Marson e o responsável pelo setor de qualidade do PPF, Giovanni Araujo.
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