Retorno dos altos investimentos em genética depende muito da alimentação balanceada dos animais, especialmente após o desmame
Janeiro marca o início do desmame de algumas raças de cavalos, entre elas a Quarto de Milha. “Os proprietários investem altos valores em genética, compram garanhões importados e embriões de éguas caras, mas esses potros, quando nascem, têm 50% da genética e o restante depende do ambiente onde são criados, o que inclui a parte nutricional”, explica a médica veterinária Cláudia Ceola, supervisora técnica de Equinos da Guabi Nutrição Animal. “A alimentação balanceada é essencial para que esses genes sejam ativados e os animais expressem seu potencial genético”, destaca.
O calendário hípico da raça Quarto de Milha começa em 1º de julho, quando os animais começam a nascer. Isso significa que, a partir de janeiro, começam a ser desmamados, com seis meses de idade. “Essa fase é extremamente importante para eles, porque deixam de receber a alimentação das éguas”, detalha Cláudia. Ela ressalta que, até o terceiro mês de vida, 99% da alimentação dos potros vêm do leite materno, mas a partir desse momento a qualidade do leite começa a cair, por isso já se recomenda a introdução do fornecimento de ração. “Já no período entre 6 meses e um ano de idade, 80% da nutrição dos potros vêm da ração”, compara.
A supervisora técnica de Equinos da Guabi observa que o desmame é um processo que gera um pouco de estresse, devido à mudança de manejo e alimentação dos animais. “Quando desmamam, os potros começam a ingerir ração e pasto, mas eles ainda não têm maturidade no trato gastrointestinal. Comem capim, mas não absorvem todos os nutrientes”, aponta a especialista. No primeiro ano de vida, os cavalos atingem 85% da altura final deles e, de um a dois anos, crescem mais 15%. “Se não tiver alimentação adequada e balanceada, o cavalo pode ficar menor que o potencial genético dele e está sujeito a doenças ortopédicas do desenvolvimento”, salienta Cláudia.
A médica veterinária enfatiza que os potros precisam de todos os nutrientes. “O mais importante é o alto nível de proteína da ração, que é essencial para que eles cresçam, e a energia, que faz os animais engordarem e ficarem com o pêlo bonito. Se receberem ração com muita energia e pouca proteína, ficarão lindos mas podem não crescer, pois o que importa é o nível de proteína e a qualidade dos aminoácidos que vêm a partir da proteína, e também os macro e microminerais, importantíssimos para o seu desenvolvimento”.
Desenvolvimento – De acordo com a veterinária da Guabi, é importante o proprietário entender que o primeiro ano de vida é crucial para o potro ter o desenvolvimento adequado: “não dá para perder esse timing, pois depois não consegue mais recuperar”. A orientação para a fase do desmame é começar com uma quantidade menor de ração e aumentar gradativamente de acordo com o crescimento do animal. “O ideal é que recebam ração de potro até 2 anos e algumas raças, como Puro Sangue Lusitano e cavalos de salto, como o Brasileiro de Hipismo, que são maiores e mais altos, recebam até 3 anos”, indica.
A Guabi oferece quatro tipos de rações para potros, todas contendo 100% dos microminerais orgânicos: duas peletizadas, uma multipartícula e outra 100% extrusada. “Somos uma das poucas empresas que fabricam esse tipo de produto para potros. Por ser uma ração 100% cozida, permite uma absorção muito maior dos nutrientes pelo trato gastrointestinal do animal”, comenta Cláudia. Além das rações, ela considera essencial fornecer sal mineral à parte. Na fase após o desmame, é recomendável usar probiótico e prebiótico para os potros conseguirem manter o equilíbrio da flora intestinal.
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